O legado do OpenOffice.org
Posted by Paulo em 11/11/2010
Tradução livre de Rui Ogawa do original em inglês disponível em http://www.robweir.com/blog/2010/11/the-legacy-of-openoffice-org.html
O legado do OpenOffice
Quando ouço a palavra “fork”, eu pego minha arma. Ok, talvez não seja tão ruim assim. Mas, no mundo open source, “fork” é um termo pesado. Pode, claro, ser uma expressão de uma liberdade básica do open source. Mas também pode representar “as palavras de luta”. É como a maneira que usamos o termo “regime” para um governo que não gostamos, ou “culto” para uma religião que desaprovamos. Chamar algo de “fork” raramente é concebido como um elogio.Então eu vou evitar o termo “fork” no resto deste post e no lugar disso vou falar sobre o legado de um projeto de código aberto notável – o OpenOffice.org, que na última década gerou inúmeros produtos derivados, alguns de código fonte aberto, alguns proprietários, alguns dos quais totalmente alinhados com o projeto principal, outros que têm divergido, alguns dos quais prosperaram e foram suportados por muitos anos, outros que não, alguns dos quais tentaram oferecer mais do que o OpenOffice, e outros que tentaram, de forma intencional, oferecer menos, alguns que alteraram o código do núcleo e outros que simplesmente adicionaram extensões.Se alguém simplesmente lesse as manchetes do mês passado, teria a noção equivocada de que LibreOffice foi a primeira tentativa de pegar o código fonte aberto do OpenOffice.org e fazer um produto diferente dele, ou mesmo um projeto de código aberto separado. Isso está longe de ser verdade. Houveram muitas derivações de produtos/projetos, incluindo:
- StarOffice (com uma história que remonta ainda mais longe, pré-Sun, na StarDivision
- Symphony
- EuroOffice
- RedOffice
- NeoOffice
- PlusOffice
- OxygenOffice
- PlusOffice
- Go-OO
- Portable OpenOffice
e claro, o LibreOffice. Eu tenho acompanhado algumas datas de lançamentos de vários desses projetos e os coloquei na linha do tempo acima. Você pode clicar para ver uma versão maior resolução.Então, antes de tocar o sino da morte para o OpenOffice, vamos reconhecer a potência desta base de código, considerando a sua capacidade de gerar novos projetos. O LibreOffice é o mais recente, mas provavelmente não será o último exemplo que vamos ver. Este é um mercado onde “um tamanho serve pra todos” não soa verdadeiro. Eu esperaria ver diferentes variações desses editores, assim como há diferentes tipos de usuários e diferentes mercados que utilizam esses tipos de ferramentas. Se você chamá-lo de uma “distribuição” ou de um “fork”, eu realmente não me importo. Mas eu acredito que o único tipo de projeto open source que não resulte em outros projetos como este é um projeto morto.
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