O Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e o Governo Federal consideram que o campo das Finanças Solidárias no Brasil é formado por 03 segmentos: Fundos Solidários, Cooperativas de Crédito e Bancos Comunitários. Neste texto vamos refletir apenas sobre os Bancos Comunitários e a participação dos jovens no desenvolvimento deste novo modelo de banco. Por uma questão pedagógica, focaremos nossa reflexão no Banco Palmas.
Origem dos Bancos Comunitários
O primeiro Banco Comunitário do Brasil foi o Banco Palmas, surgido em 1998 na periferia de Fortaleza-CE, nos grotões do nordeste, criado pelo povo simples da favela do Conjunto Palmeira. Como morador e líder comunitário do bairro, tive o privilégio de participar dessa construção. Continue lendo »
Aconteceu hoje a primeira edição do Fórum Permanente em Prol do Software Livre no Paraná, evento organizado pela Comunidade Curitiba Livre com o apoio do Fórum Ambientalista do Paraná.
O Debate ocorreu com a presença do Deputado Estadual Pastor Edson Pratzik, do Professor Marcos Castilho do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná e do Empresário e Ativista Juliano Araújo.
O tema dessa primeira edição do fórum foi a situação atual do software livre no Paraná. Uma deliberação deste evento foi a articulação de uma reunião com o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná para a discussão de uma possível audiência pública relativa à adoção e fomento do Software Livre no Paraná.
A equipe legal de Megaupload não está restringindo a sua luta com o governo dos EUA só nos tribunais. Hoje, eles publicaram um documento detalhado acusando a Casa Branca de se vender aos interesses corporativos, principalmente de Hollywood. “A mensagem é clara. A Casa Branca está à venda. Cada vez mais de nossos direitos estão sendo minados em favor de proteger os interesses de grandes corporações e de seus acionistas bilionários “, Dotcom resume.
Intitulado “The United States vs You (and Kim Dotcom)” e escrito pelos advogados do Megaupload Ira Rothken e Robert Amsterdam, o documento acusa a administração Obama de ser um peão de grandes corporações. Ele ainda descreve em detalhes como as autoridades têm obliterado o Megaupload por motivos legais esquisitos.
“A mensagem é clara. A Casa Branca está à venda. O devido processo legal e do Estado de direito têm pouco valor para a atual administração. Cada vez mais, nossos direitos estão sendo minados em favor de proteger os interesses de grandes corporações e de seus acionistas bilionários”, diz Dotcom TorrentFreak.
De acordo com Dotcom seu caso é apenas um exemplo de como os interesses corporativos ameaçam os direitos das pessoas e da liberdade na Internet em geral.
“O Vale do Silício foi transformado em Vale de Vigilância. Crianças com teclados são os novos terroristas. Copyright é agora uma questão de segurança nacional. Isso tudo é muito anti-americano. Leia o documento e acorde. “
O sistema de patentes deveria ser abolido, porque sufoca a inovação, e a vantagem de chegar primeiro ao mercado com uma nova tecnologia já é suficiente para garantir ao inventor o retorno de seu investimento.
A afirmação está no artigo de autoria de dois economistas do FED, o banco central dos Estados Unidos, publicado na edição de inverno de 2013 do periódico Journal of Economic Perspectives.
De acordo com Michele Boldrin e David Levine, que também são autores do livro Against Intellectual Monopoly (Contra o Monopólio Intelectual), publicado em 2008 e que põe em questão o valor social não só das patentes, mas também dos direitos de propriedade intelectual como ocopyright de músicas e filmes, “não existe evidência empírica de que as patentes sirvam para aumentar a inovação ou a produtividade, a menos que se identifique produtividade com o número de patentes concedidas”.
Eles afirmam que não há correlação entre o número de patentes e a produtividade real da economia.
Agenda legislativa brasileira avança sobre coleta e uso não supervisionado de dados pessoais
A agenda legislativa brasileira abraçou, nos últimos anos, a demanda dos órgãos de investigação de que é preciso legislação para obrigar setores econômicos a recolher de maneira sistemática dados pessoais de usuários e consumidores para que essas informações estejam disponíveis para investigação policial. Outro conjunto de projetos de lei busca dar poderes para as forças policiais e o Ministério Público terem acesso a esses dados sem autorização judicial. A ação combinada do recolhimento sistemático de dados pessoais e o acesso não regulado e não supervisionado destes dados pelas forças policiais e pelo Ministério Público ameaça não apenas a privacidade dos cidadãos, mas também as liberdades políticas que só podem ser exercidas num ambiente em que o Estado não tem o poder legal de monitorar as atividades dos seus cidadãos.Continue lendo »
Julian Assange, em entrevista ao Russia Today, explica como a CIA e o governo dos EUA monitoram e gravam cada passo, de cada internauta no mundo. Não acredita? Ouça a entrevista (Em Inglês) ou leia a tradução transcrita (via Google Translate).
Vivo dizendo que não existem teorias conspiratórias. Você é que ainda não acordou pra realidade.
Estou terminando minha pós-graduação em Docência no Ensino Superior na FAE de Curitiba. Nosso Trabalho de Conclusão de Curso é uma pesquisa sobre conhecimentos de professores e alunos a respeito de padrões e recursos tecnológicos que podem ser aplicados à educação.
Se você é estudante universitário (graduação e pós-graduação), ou professor (principalmente de áreas NÃO relacionadas à tecnologia de informação), e puder nos ajudar respondendo a um pequeno questionário que tomará cerca e 5 minutos do seu tempo, ficaremos muito agradecidos, e sua colaboração será muito importante para o nosso trabalho.
Assim que estiver pronto, o trabalho será disponibilizado para download neste blog e poderá ser útil para definir programas de treinamento e capacitação tecnológica para docentes.
O mundo está mudando e cada um de nós tem a responsabilidade de agir, dentro das nossas possibilidades, para garantir que essas mudanças sejam boas para todos, não apenas para alguns. A Internet aumentou muito o poder que cada um de nós possui para fazer com que a voz da maioria seja ouvida pela minoria que nos governa e que dita as regras do sistema. Essa é uma batalha de alcance mundial. Lutas semelhantes são travadas nos EUA, Europa e Ásia.
Portanto, leia atentamente o texto abaixo e contribua participando das movimentações públicas na Internet, como o Mega Não.
Reproduzo abaixo um texto do Jomar Silva, publicado no Blog 300.
O que é neutralidade da rede e porque você precisa se preocupar com isso.
Participei na semana passada do I Fórum da Internet do Brasil, e me surpreendi ao ver um representante do SindiTelebrasil ler em uma das salas de debate (Trilha 5, onde Neutralidade era um dos temas), um comunicado do Sindicato defendendo a flexibilização na definição de Neutralidade da rede no Brasil. O conteúdo do texto (ou parte dele) pode ser encontrado no site da instituição aqui.
Basicamente o que eles pedem é que o conceito de neutralidade a ser adotado no Brasil (por regulamentação da ANATEL, brecha já introduzida por eles no projeto de lei do Marco Civil), seja expandido para que permita “…às prestadoras ofertar serviços customizados que atendam a perfis de consumo específicos e adotar medidas para gestão e diferenciação de tráfego, inclusive aquelas que envolvam diferenciação de custos, preços e priorização por tipo de trafego.”
Pode parecer algo simples, mas impacta e muito a vida e o bolso de todos os internautas brasileiros, e vou explicar o motivo.
O que você faria se tivesse uma ideia capaz de criar quatro milhões de novos empregos de tecnologia, reduzir a quantidade de energia utilizada pelos computadores, fazer os sistemas mais fáceis de serem usados, reduzir a quantidade de lixo despejada no ambiente, oferecer redes sem fio gratuitamente para as pessoas e criar um enorme supercomputador para universidades e negócios, de graça ou quase de graça, para projetos que precisam de uma grande quantidade de processamento de CPU, fazendo tudo isso com dinheiro do setor privado de uma forma que seja autossustentável?
Em tempos de grande desemprego e tensões governamentais, você manteria essa ideia para si mesmo no desejo de ganhar dinheiro, ou a divulgaria publicamente de qualquer maneira?
Esclarecedor artigo de Jomar Silva, um dos representantes brasileiros no OASIS, sobre as revelações do Wikileaks a respeito das manobras da empresa para evitar que a ABNT adotasse o padrão ODF como norma para um padrão aberto de documentos.
Há alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano !
Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.
Crowdsourcing é uma nomenclatura recente para algo que todos conhecemos bem. A construção colaborativa através da rede já vem sendo feita a muito tempo. Vários projetos de código aberto foram produzidos e se tornaram o que são justamente por causa da construção coletiva de vários entes, vários nós, pontos interligados em uma grande teia. E o que antes era um passatempo nerd, se tornou o motor de muitos projetos.
Alguém aí já pensou em como seria as nossas vidas sem a construção coletiva, responsável por exemplo, pela criação, manutenção e crescimento da Wikipédia? E as mobilizações que hoje são feitas através das redes sociais com os mais diversos propósitos? Projetos são criados, mantidos, remunerados e atingem maturidade através de vários pares de mãos, dezenas de dedos, milhares de IPs, espalhados mundo a fora. Compartilhar e constribuir com o outro são valores que aprendemos desde criança. “Reparta o seu lanche com o seu coleguinha”, ou “divida o seu biscoito com seu amigo”; você certamente já ouviu estas frases proferidas por entes queridos, pessoas que se importavam com você. Uma pena que tais valores, com o passar do tempo foram sendo esquecidos. Em uma sociedade como a nossa, o inteligente não é quem compartilha, mas sim aquele que esconde. Convido-o a reflitir os novos valores da sociedade…
Onde erramos?! Erramos? Ou tudo não passa de uma evolução (ou regressão)? Devaneios que esta edição apresenta em diversos artigos, ora técnicos, hora reflexivos e que nos leva a pensar, tentar entender o que hoje vivemos. E para nos ajudar a entender um pouco mais sobre este tema conversamos com Carl Esposti, criador do site Crowsdsourcing.org. Esposti clarifica o termo, com exemplos reais e palpáveis. Outros colaboradores como Alexandre Oliva, João Carlos Caribé, Ana Brambilla, entre outros, igualmente tratam o tema, com rigor e foco. Além do tema em questão, contribuições diversas e que merecem destaque!
A partir desta edição a Revista Espírito Livre também incluirá uma seção exclusiva sobre LibreOffice, a suíte de escritório líder e que certamente você utiliza. Se ainda não a instalou, não perca tempo. Existem versões para GNU/Linux e outros sistemas operacionais disponíveis no mercado. Diversas distribuições GNU/Linux, como Ubuntu, Fedora, OpenSuSE, Linux Mint, Debian e tantas outras já trazem o LibreOffice ou em suas mídias de instalação ou repositórios, bem como várias empresas que também sinalizaram positivamente quanto a suas migrações para o LibreOffice, logo, nada mais natural acompanharmos tal ascensão.
Partimos rumo ao terceiro ano, com a ajuda de muitos colaboradores dedicados, parceiros que nos ajudam de alguma forma e dos leitores que sempre estão nos acompanhando. Um abraço a todos que ajudam a construir esta incrível publicação.
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João Fernando Costa Júnior
Coordenador GUBrO-ES – Grupo de Usuários de BrOffice.org do ES / Iniciativa Espírito Livre / Equipe Bestlinux
Linux User #422133
Ubuntu User #16167
A defesa de uma Internet livre e combativa é um dos principais pontos da entrevista de Sérgio Amadeu da Silveira, um dos grandes nomes na luta nacional pela inclusão digital e software livre no país, e para quem “Internet é um direito humano à comunicação”.
Amadeu expõe temas na ordem do dia do universo digital como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a pressão do mercado e das operadoras de Telecom e a lei de copyright – esta última, o estopim que colocou o Ministério da Cultura (MinC) recentemente no centro de grandes polêmicas.
A intenção do projeto é economizar no pagamento de licenças de programas de computador. Segundo Erundina, o governo gasta cerca de 2 bilhões de dólares por ano com essas licenças.
Arquivo – J. Batista
Luiza Erundina: um dos objetivos é diminuir o gasto público com programas de computador.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou hoje proposta que garante preferência para softwares livres na contratação de bens e serviços de informática pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. A medida consta de substitutivo da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ao Projeto de Lei 2269/99, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), e outros seis apensados
Tramitação em conjunto. Quando uma proposta apresentada é semelhante a outra que já está tramitando, a Mesa da Câmara determina que a mais recente seja apensada à mais antiga. Se um dos projetos já tiver sido aprovado pelo Senado, este encabeça a lista, tendo prioridade. O relator dá um parecer único, mas precisa se pronunciar sobre todos. Quando aprova mais de um projeto apensado, o relator faz um texto substitutivo ao projeto original. O relator pode também recomendar a aprovação de um projeto apensado e a rejeição dos demais..
Pelo texto, software livre é aquele que garante a qualquer usuário, sem custos adicionais: a execução do programa para qualquer fim; a redistribuição de cópias; o estudo de seu funcionamento, permitindo a sua adaptação às necessidades do usuário, seu melhoramento e a publicação dessas melhorias; e o acesso ao código fonte.
Para a relatora, a adoção de software livre possui três objetivos: aumentar a competitividade da indústria nacional de software, oferecer condições de capacitação para trabalhadores do setor e diminuir o gasto público com o licenciamento de programas de computador. “Estima-se que o Estado, em todos os seus níveis, gaste cerca de 2 bilhões de dólares por ano com pagamento de aluguel de licenças de programas-proprietários”, afirma Erundina.
Uma guerra sem tiros está acontecendo, neste exato momento, no mundo todo, e definirá o futuro da humanidade. Batalhas acontecem, bem ao seu lado, e você não toma conhecimento. Em alguns locais, o campo de batalha são as ruas. Em outros, a Internet. Mais cedo ou mais tarde, você estará envolvido nessa guerra, portanto, procure entendê-la o quanto antes.
A Comunidade BrOffice publica um abaixo assinado de repúdio às ações arbitrárias do Conselho Administrativo da ONG BrOffice e de apoio a Cláudio F. Filho. A Comunidade convida a todos os amantes do Software Livre e, aos que, de alguma forma estejam envolvidos com iniciativas Open Source, que assinem o documento.
A semana começou com uma notícia que beira o absurdo: O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro anunciou que gastará 4 milhões de reais do meu, do seu, do nosso dinheiro, para comprar licenças do Microsoft Office 2010, e substituir as cópias gratuitas do BrOffice instaladas nos computadores da organização. A alegação é que o BrOffice tem “problemas de compatibilidade” e a compra dos pacotes da Microsoft “melhoraria a produtividade”.
Sobre esse assunto, Jomar Silva, Diretor Executivo da ODF Alliance no Brasil, um consórcio internacional formado por representantes de governos, bem como das maiores empresas do mundo inteiro, escreveu o artigo que transcrevo abaixo. O original está em http://www.trezentos.blog.br/?p=5484
Carta aberta ao TRT/RJ sobre a troca de suíte de escritório
Foi com perplexidade e tristeza que li hoje a notícia de que o TRT/RJ está trocando a suíte de escritório em software livre BrOffice pelo software proprietário MSOffice, alegando “…limitações, principalmente em relação ao intercâmbio de informações e arquivos com órgãos do Poder Judiciário e instituições públicas…” e ainda que “ …O MS Office é um padrão mundial…”.
Não vou comentar aqui sobre a decisão de não utilizar um Software Livre, desrespeitando a atual política definida pelo Governo Federal de utilização prioritária de Software Livre, mas faço questão de registrar meu questionamento sobre a alegada “falta de compatibilidade” dos arquivos gerados pelo BrOffice.
Gostaria de iniciar esclarecendo aos responsáveis por tal decisão no TRT/RJ de que os documentos gerados pelo BrOffice são gerados no padrão ODF (OpenDocument Format), que além de ser um Padrão Aberto, é ainda uma Norma Internacional – ISO/IEC 26.300 (portanto um VERDADEIRO “Padrão Internacional”) e uma Norma Brasileira, a NBR ISO/IEC 26.300:2008.
O ODF está sendo adotado cada vez mais por governos do mundo todo como o padrão de armazenamento de informações governamentais, principalmente por garantir a longevidade no armazenamento das informações e por não ser dependente de uma única Suíte de Escritório, sendo suportado atualmente por uma extensa lista de soluções em software incluindo softwares livres e proprietários.
O ODF é desenvolvido de forma totalmente aberta e transparente por um consórcio internacional (OASIS ODF TC) e seu desenvolvimento conta atualmente com inúmeras empresas como Adobe, Boeing , Google, IBM, Intel, Microsoft, Nokia, Novell e Oracle, entre outras, além de especialistas do mundo todo, como este brasileiro que lhes escreve.
A adoção crescente do ODF no Brasil pode ser vista pela lista de signatários do Protocolo Brasília, um documento publicado em Diário Oficial onde empresas e organizações se comprometem publicamente com a adoção e promoção do padrão ODF. A lista de signatários do Protocolo Brasília, que atualmente envolve mais de 2 milhões de usuários no Brasil, é composta por empresas e órgãos públicos como SERPRO, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Marinha, Exército, Aeronáutica, DATAPREV, Correios, INPE, INPI, Itaipu Binacional, ITI, SLTI, CELEPAR, Petrobrás e Cobra Tecnologia, entre outras.
O Governo do Estado do Paraná sancionou em 2007 uma lei que trata da utilização de ODF como formato de armazenamento de informações de documentos governamentais e um projeto de lei semelhante está em análise atualmente no Congresso Nacional (PL-3070/2008).
A arquitetura e-Ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), documento que “…define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral…“, em sua versão mais recente, descreve o Padrão ODF como “ADOTADO”, enquanto sequer cita os formatos proprietários .DOC, .PPT e .XLS e seus sucessores .DOCX, .PPTX e .XLSX, indicando de forma clara à todo o governo e sociedade que a recomendação oficial do Governo Federal é a utilização do ODF. Os formatos .DOC, .XLS e .PPT já foram citados em versões anteriores da e-Ping e sua utilização foi substituída pelo padrão ODF.
Gostaria ainda de sugerir aos membros do TRT/RJ que entrem em contato com o TRT da 13° região, pois eles utilizam com sucesso o BrOffice e o padrão ODF e até onde sei é o único TRT onde 100% dos processos são eletrônicos no Brasil. Lembro-lhes ainda que nova versão do padrão ODF (ODF 1.2) tem suporte a assinaturas digitais compatível com a ICP-Brasil, funcionalidade extremamente importante para o Judiciário Brasileiro.
Tendo em vista o exposto, gostaria de solicitar aos responsáveis no TRT/RJ a revisão de tal decisão, pois considero que a decisão é retrógrada e deixa, mesmo que de forma involuntária, a mensagem de que as Normas Brasileiras não devem ser respeitadas por todos, o que torna desnecessário o intenso trabalho de normalização que nós brasileiros realizamos no Brasil e no cenário Internacional.
Coloco-me desde já á disposição do TRT/RJ para esclarecer os benefícios da adoção do Padrão ODF e quaisquer outras dúvidas que tiverem sobre este assunto.
Teste sua conexão e ao mesmo tempo ajude a melhorar toda a Internet
Colaboração: Antonio Marcos Moreiras
Data de Publicação: 30 de dezembro de 2010
Um acordo entre o NIC.br e a revista INFO permitiu o surgimento de uma ferramenta poderosa, para a medição da qualidade da Internet no Brasil, que pode ser encontrada no seguinte endereço:
OK, você me diz, há várias destas por aí… Algumas até mais bonitas e rápidas, e que não ficam pedindo tantas informações antes de rodar o teste.
Acontece que o NIC.br é o braço executivo do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), responsável, em última instância, pela governança da Internet no Brasil. Os dados da ferramenta dão subsídios para as ações do Comitê em benefício da própria Internet. A ferramenta usa Java e é uma das mais precisas que podem ser feitas, utilizando-se a Web, pois os servidores contra os quais são feitos os testes estão nos diversos Pontos de Troca de Tráfego espalhados pelo país (são como grandes hubs, onde diversos provedores se conectam para trocar informações entre si).
Além disso a Info divulgará os resultados dos testes, o que permitirá que os internautas brasileiros tenham uma boa idéia de como anda a qualidade do serviço de cada provedor.
Vale a pena testar, e divulgar!
Antonio M. Moreiras é engenheiro e trabalha no NIC.br, é responsável por projetos como a disseminação do IPv6, e o fornecimento da hora correta via Internet com o NTP.br.
Venho confirmar o pedido de ampla divulgação IMEDIATA de uma sugestão importante, proveniente de um profundo conhecedor do tema, para tornar nosso regime de direito autoral mais útil e justo, construída sobre a proposta lançada no site http://www.compartilhamentolegal.org/
Ao que tudo indica, o projeto de lei de direito autoral do Ministério da Cultura, em processo de revisão após consulta pública, para envio ao Congresso em futuro próximo, não contemplará essas melhorias. Segundo fontes próximas ao MinC, porém, há possibilidade de que essa proposta venha a ser encaminha em projeto de lei subsequente, havendo demanda da sociedade. Há uma petição on-line com manifestações nesse sentido: http://www.compartilhamentolegal.org/compartilhamento/article/peticao-compartilhamento-legal
A carta, enviada por Richard M. Stallman à presidenta eleita e aos cidadãos brasileiros, está disponível em seu site pessoal http://stallman.org/ mais especificamente nos seguintes endereços:
Seguem informações a respeito do remetente e a versão em português da carta.
Richard Stallman, autor da carta, é criador do Projeto GNU, sistema operacional que muita gente conhece incorretamente como Linux; do movimento social mundial pelo Software Livre, que promove, com fundamentação ética e social, o respeito às liberdades essenciais dos usuários de software como direitos humanos; da Free Software Foundation, organização que patrocina o projeto GNU e, junto a suas organizações irmãs ao redor do mundo, defendem direitos e liberdades de usuários e desenvolvedores de software.
É autor principal da licença GNU GPL, a primeira licença copyleft: um modelo de licenciamento de direitos autorais que ele inventou, que não apenas respeita, mas também defende as liberdades essenciais dos usuários, valendo-se do poder conferido pelas leis de direito autoral não para cercear liberdades, mas para exigir respeito às liberdades do próximo.
Já veio ao Brasil diversas vezes, inclusive para se dirigir aos integrantes do Congresso Nacional e para se reunir com Lula e Dilma, e já se reuniu com chefes de estado e ministros de diversos países, com papel crucial na definição de políticas de tecnologia de países latino-americanos como Brasil, Equador e Venezuela.
Suas muitas contribuições à sociedade têm lhe valido reconhecimento internacional, prêmios e títulos honorários de doutor. Suas ideias têm sido adaptadas a outros campos do conhecimento que não o software: movimentos de grande visibilidade no meio cultural, como o Creative Commons, reconhecidamente se basearam em suas ideias. É também ativista político em diversas outras questões relacionadas à liberdade, como se pode verificar em seu site pessoal, http://stallman.org.
Por essas e outras razões, quando ele escreve sobre temas como o direito autoral, muita gente lhe dá atenção.
Cara presidenta eleita Rousseff e cidadãos do Brasil
“”Esta é uma grande notícia para a Mandriva! O MEC (Ministério da Educação e Cultura), autoridade de educação do governo brasileiro, selecionou os computadores Classmate com processadores Intel operando com o sistema Mandriva Linux para uso educacional a nível nacional.
A Mandriva está trabalhando em parceria com a Positivo, fabricante do hardware, para oferecer esta solução de código aberto a qual auxiliará os professores a melhorarem a formação dos estudantes. Além disso, esta será uma das maiores implantações organizadas de Linux do mundo, com potencial para atingir 1,5 Milhões de unidades, e confirma o Linux como uma solução rentável, como um sistema operacional alternativo para computadores.
A decisão do governo brasileiro de escolher as soluções da Intel Learning Series (Linha de Aprendizagem da Intel) com o Mandriva Linux nos classmates reafirma o Linux como o sistema operacional preferível para o mercado global de educação, com o Mandriva sendo o líder no mercado Linux orientado à educação.
A edição brasileira do Mandriva é baseada na versão mais recente do Mandriva Linux para mini notebooks, a versão 2010, e foi adaptado para os computadores com processadores Intel com um lançador de aplicações exclusivo, que torna mais fácil o acesso às mais comumente necessárias aplicações de código aberto. A Positivo fabricará computadores classmate com processador Intel, que serão usados por professores, pais e alunos nas escolas brasileiras.”” [referência: blog.mandriva.com]
Eu tenho mais ou menos 25 anos de profissão. Sou técnico em eletrônica, e trabalhei metade da minha carreira na área de telecomunicações e a outra metade na área de TI, e por vezes, trabalhei na linha divisória entre as duas áreas. Eu tive meus primeiros contatos com computadores por volta de 1984, rodando simuladores de vôo em computadores TK-82 (processadores Z80 com 4kbytes de memória), que vinham em fitas k7, ou em DGT1000, nos laboratórios do CEFET-MG, programando Z80 em Assembler. Pouco depois, eu era um dos raros profissionais de BH que tinha um curso do Intel 8086/8088, e isso me garantiu a oportunidade de ser um dos poucos, na época, com a competência técnica para reparar computadores PC-XT a nível de componente. Sim, eu consertava placas mãe e controladoras com um multímetro e um osciloscópio, além de vários disquetes de teste. Eu também fazia alinhamento de drivers de disquete, consertava impressoras e todo tipo de equipamento que quase ninguém conhecia, como terminais VT-100, cujo maior problema eram as portas seriais RS-232 que queimavam com frequência. Na época em que me formei, não existiam cursos de informática, cursos de graduação em “TI” e coisas assim. Nós aprendemos tudo na prática.
Outro dia, almoçava com um amigo que me perguntou:- Como vão as coisas com o ODF aqui no Brasil? Parece que estão meio paradas…
Realmente, o assunto “padrão aberto de documentos” saiu do noticiário da mídia especializada, embora continue muito importante.
A cada dia, geramos mais e mais documentos eletrônicos. Provavelmente, nos próximos cinco anos geraremos tantos documentos digitais quantos foram gerados nos últimos 25 ou 30 anos. Adotar um padrão aberto para documentos é essencial para governos. Governos precisam compartilhar informações entre os seus diversos órgãos sem ter que se preocupar com incompatibilidades entre os formatos de documentos. Os governos tem que garantir a integridade e perpetuidade dos seus documentos, que são a memória da nação, mesmo após o software que o criou ter desaparecido do mercado. Documentos podem existir por dezenas ou centenas de anos. O mesmo não deverá acontecer com os softwares que compõem uma suíte de escritório. A adoção de um padrão aberto, baseado em XML, garante que mesmo sem o software original, o documento continuará sendo acessado. Além disso, os governos também tem que garantir que uma informação pública seja acessada por qualquer produto de software, sem impor aos cidadãos a obrigatoriedade de uso de um determinado software.
Mas o que é um padrão aberto? É um padrão independente de fornecedor (não pode ser controlado por nenhuma empresa ou pessoa), publicado de forma aberta, sem restrições de licenciamento e pagamentos de royalties, não aprisionando o usuário a uma única plataforma.
Um padrão aberto é fundamental para o nosso mundo globalizado e interligado. Os países, empresas e os cidadãos interoperam uns com os outros e, para que esta interoperabilidade aconteça. é absolutamente necessário que todos estejam de acordo com a forma desta interoperabilidade ocorrer. Ou seja, quanto mais padronizados forem os mecanismos de interoperabilidade, menos esforço vai demandar para criarmos interfaces de interoperação e mais rápida e ágil ocorrerá a comunicação. Simples assim. Aliás, sem padrões abertos simplesmente não teríamos a Internet!
Padrões abertos tornam possível que quaisquer empresas, cidadãos e países se plugem no mundo globalizado. Com padrões abertos, produtores podem colaborar e cooperar nos interfaces e inovar e competir em outras funcionalidades. Por outro lado, padrões proprietários criam barreiras econômicas, pois exigindo pagamento de royalties (e muitas vezes um padrão proprietário embute diversas tecnologias patenteadas, com royalties acumulados), encarecem os produtos e dificultam a competitividade.
Neste contexto, muitos governos já adotaram ou estão em via de adotar o ODF (Open Document Format) como seu padrão aberto de documentos. Mas ainda vemos muita confusão e desinformação sobre esta questão, principalmente pelo surgimento de um padrão alternativo, o OpenXML, proposto pela Microsoft.
Este padrão foi proposto inicialmente como uma forma de preservar o espaço criado pelos formatos proprietários da suite Office, diante das demandas dos governos por padrões abertos, que começavam a voltar sua atenção ao ODF. Para tornar o OpenXML aberto, seria fundamental que ele fosse aceito pela ISO (Organização Internacional de Padrões). Depois de muitos debates e discussões, cujo histórico pode ser visto na coletânea de posts sobre o assunto em http://www.smashwords.com/books/view/2969, a Microsoft concordou em criar duas classes de conformidade. Uma delas, chamada de “Transitional”, incluia componentes que dependiam diretamente de recursos disponíveis exclusivamente no sistema Windows, e que seria adotada como meio de facilitar a transição dos documentos legados, em formato proprietário, para o padrão aberto. Esta classe de conformidade deveria ser usada, portanto, apenas para a migração e não para a criação de novos documentos. A outra classe, “Strict”, satisfazia as demandas da ISO e o OpenXML, foi então aprovada como padrão aberto pela entidade, como ISO/IEC 29500, em março de 2008.
Mas como estão as coisas agora, em 2010? O ODF está sendo adotado por governos de vários países do mundo, inclusive Brasil. O OpenXML, por sua vez, é implementado por um conjunto de versões diferentes, o que gera incompatibilidade e riscos de preservação e acessos futuros aos documentos. Vejamos:
a) A versão originalmente proposta do OpenXML, chamada de Ecma 376, foi rejeitada pela ISO. É uma versão que contém muitos componentes altamente dependentes do Windows e portanto não pôde se considerada um padrão aberto. O usuário desta versão está preso ao Office da Microsoft.
b) A versão “Transitional” não deve ser usada para gerar novos documentos e é interessante que nem mesmo os produtos Office 2007 e 2010 da Microsoft conseguiram implementar todas as especificações desta versão. Aliás, o Office 2010 implementa uma versão extendida do “Transitional”, com extensões proprietárias que não estão incluídas nas especificações aprovadas pela ISO.
c) A “Strict” é a que deve ser usada para gerar novos documentos. Mas nem mesmo o Office 2010 consegue gravar arquivos nesta versão. Na prática, ao não implementar a “Strict” e criar extensões proprietárias à “Transitional”, a Microsoft mantém sua estratégia de padrão fechado, embora agora com uma camada de verniz para ser chamado de “aberto”.
Muito bem, voltando à pergunta original, minha recomendação é que as empresas e governos continuem adotando o padrão ODF e fiquem alertas para não adotarem o OpenXML em uma versão que não seja a “Strict”.
Comissão aprova prioridade para software livre na administração pública
A intenção do projeto é economizar no pagamento de licenças de programas de computador. Segundo Erundina, o governo gasta cerca de 2 bilhões de dólares por ano com essas licenças.
Arquivo – J. Batista
Luiza Erundina: um dos objetivos é diminuir o gasto público com programas de computador.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou hoje proposta que garante preferência para softwares livres na contratação de bens e serviços de informática pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. A medida consta de substitutivo da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ao Projeto de Lei 2269/99, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), e outros seis apensados.
Pelo texto, software livre é aquele que garante a qualquer usuário, sem custos adicionais: a execução do programa para qualquer fim; a redistribuição de cópias; o estudo de seu funcionamento, permitindo a sua adaptação às necessidades do usuário, seu melhoramento e a publicação dessas melhorias; e o acesso ao código fonte.
Para a relatora, a adoção de software livre possui três objetivos: aumentar a competitividade da indústria nacional de software, oferecer condições de capacitação para trabalhadores do setor e diminuir o gasto público com o licenciamento de programas de computador. “Estima-se que o Estado, em todos os seus níveis, gaste cerca de 2 bilhões de dólares por ano com pagamento de aluguel de licenças de programas-proprietários”, afirma Erundina.
Licitações
O substitutivo altera a Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Segundo a lei, para a contratação de bens e serviços de informática, a administração deve adotar obrigatoriamente a licitação do tipo “técnica e preço”. A proposta estabelece que, adicionalmente, a administração deverá observar a preferência a programas de computador livres e com formatos abertos de arquivos.
Conforme o texto, formato aberto de arquivo é aquele que: possibilita a comunicação entre aplicativos e plataformas; pode ser adotado sem quaisquer restrições ou pagamento de direitos; pode ser implementado de forma plena e independente por distintos fornecedores de programas de computador, em múltiplas plataformas, sem qualquer remuneração relativa à propriedade intelectual.
A contratação de programas-proprietários só ocorrerá no caso de “justificada inadequação” do software livre. Neste caso, a avaliação das propostas deverá considerar os custos totais, incluindo instalação, licenciamento, instalação e suporte.
Programa do governo
Desde 2003, o governo já promove ações para estimular o uso do software livre pela administração pública. Assim, deixou de gastar R$ 370 milhões com a compra de softwares. Levantamento realizado pelo Comitê de Implementação do Software Livre no Governo Federal em cerca de 130 órgãos da administração pública mostrou que, até maio, 56% deles já utilizavam software livre em seus servidores e 48% implementavam software livre em sistemas de informação. Os dados estão disponíveis no Portal do Software Público Brasileiro (www.softwarelivre.gov.br), mantido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão desde 2007.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será apreciada ainda pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Esse post não é meu. É de um blogueiro indiano chamado Narendra Sisodiya http://blog.narendrasisodiya.com/. O post abaixo retrata as dificuldades de várias entidades e de muitos usuários comuns quando tentam migrar para o GNU/Linux e o FOSS, e mostra algumas das iniciativas indianas para promover a sua adoção.
Deixem-me falar sobre a maior dificuldade na adoção do Software Livre.
Esse obstáculo são os “Drivers Proprietários de Hardware“.
Na Índia recenttemente aprovamos uma “Política de Padrões Abertos”. É uma grande vitória para as comunidades de Software Livre e nossos líderes.
Da mesma forma, precisamos de uma política de venda de Hardware. Essa política deve especificar que “Qualquer hardware que o governo compre deve ter uma especificação de drivers aberta.”
Por que isso é importante ?
Deixem-me explicar através de um exemplo.
Uma escola da minha cidade comprou um hardware a um ano atrás. Na época da compra, eles não conheciam o Linux. Agora, mesmo que queiram migrar para o Linux, ele precisam contratar uma consultoria para isso. Isso porque muitos dos dispositivos de hardware têm uma certa dificuldade de funcionar com o GNU?Linux, isso porque o GNU/Linux não possui os drivers proprietários desses dispositivos. Por exemplo, algumas webcams não funcionam no GNU/Linux, ou a maioria dos lousas interativas, que são uma tendência nas escolas, etc.
Estimados defensores do Software Livre, vocês precisam se lembrar que vocês podem visitar uma escola, ou universidade, e tentar instalar o GNU/Linux, MAS, vocês não podem alterar o hardware de um sistema. Temos de ter uma política clara que especifique que diga: “todo dispositivo deve ter uma especificação ou drivers disponíveis para todos os sistemas operacionais do mercado”.
Precisamos seriamente criar uma lista negra de drivers proprietários e de hardware e impedir sua comercialização.
Hardware proprietário é um monopólio tão perigoso quanto, ou mais do que o software proprietário.Aqui está uma lista das coisas perigosas e antiéticas:
Patentes de software (O maior perigo)
Drivers e Hardware proprietário
Padrões proprietários
Software proprietário (o menor perigo dessa lista)
O motivo de pelo qual dei uma classificação de perigo menor para o software proprietário é porque é fácil obter uma equivalente (por exemplo, um software livre). Por exemplo, o Firefox e o Chrome podem substituir o IE, porque ambos funcionam com o HTML.
Mas é complicado conseguir uma adaptação equivalente de um padrão proprietário largamente adotado. Por exemplo, doc x odt.
De maneira parecida, será difícil difundir o GNU/Linux por toda a Índia por causa do perfil de hardware e dos hardwares e dos seus drivers proprietários.
Por – Narendra Sisodiya
Isso me faz lembrar nossas dificuldades discutidas infinitamente nos fórums e listas de discução do SL em nosso país. Nossa dificuldade não é só nossa. Nossa dificuldade não é “proprietária”.
Existe uma situação interessante acontecendo no mundo, hoje em dia, em particular, no Brasil: o acesso à informação, à Internet está, cada dia, mais popularizado. As vendas de PCs para as classes C e D aumentam todos os anos (http://www.opovo.com.br/www/opovo/economia/894675.html). A inclusão digital está atingindo grandes parcelas da população.
O lado oculto dessa moeda é que os crimes digitais também aumentaram, mas de maneira desproporcional (http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/11/10/brasil-e-3-o-em-hospedagem-de-sites-com-malware-criminoso-diz-websense/). A matéria traz duas informações alarmantes: em um ano, o número de sites maliciosos mais que dobraram e, hoje, sites com algum tipo de código malicioso representam 20% dos sites da internet. Isso significa que você tem uma chance em cinco de entrar num site que coloque um vírus na sua máquina, sem que você saiba.
Existe um ciclo vicioso nessa história. Vejamos como explicar isso de maneira bem didática:
A internet aproxima pessoas, reduz distâncias, dá acesso à informação, ao exercício da cidadania e à liberdade de expressão. Movimentar-se livremente num ambiente que oferece tantas possibilidades exige bom senso, cuidados e alguma objetividade para não se perder em meio à enorme quantidade de links. O Guia para o Uso Responsável da Internet pretende ser uma bússola de navegação para crianças, pais e professores interessados em tirar o melhor de suas experiências na web. Reúne dicas, orientações, sugestões de links, vídeos, reportagens, histórias em quadrinhos e algumas reflexões sempre atualizadas com o que há de mais novo no mundo virtual. Um dos objetivos desse Guia é aproximar quem nasceu antes e quem nasceu depois do surgimento da internet para que a tecnologia seja usada de forma saudável e participativa por crianças e adultos. Afinal, a rede de computadores é, antes de tudo, uma rede de pessoas de todas as idades trocando informações e experiências.
Se nosso grande Paulo Freire estivesse ainda entre nós diria com certeza que este vídeo é um grande exemplo de Pedagogia da Libertação.
Noite passada, após assistir mais um capítulo do grande teatro eleitoreiro na mídia e nas ruas é um alento e um sopro de esperança receber da minha amiga Marise Brandão este vídeo! Não haverá mudança se não houver consciência de que nossa luta vai muito mais além do simples ato de votar. De que nossa luta vai muito mais além de supostas promessas e de mudanças bruscas de partidos e lados. Tivemos sim, algumas melhoras e precisamos continuar na luta, com qualquer partido, qualquer liderança que continue não dando o REAL VALOR que necessita uma NAÇÃO que precisa ser educada e incluída, respeitada e consciente de seus direitos. Há muito o que ser feito e confiar em promessas milagrosas não vai resolver, o futuro não depende de nenhum deles, depende da mudança em cada cidadão, somente quando cada um passar a perceber o real valor das coisas, das pessoas e das instituições, poderemos obter algum êxito enquanto um país soberano e efetivamente livre.
Hoje em dia é normal que a maioria das pessoas adquira computadores usados. Lamentavelmente, eles vêm com Windows pré-instalado. Muitas lojas vendem esses computadores sem o sistema instalado e sem a etiqueta de autenticidade do Windows (Em outras palavras: Sem a licença ou “chave”).
Evidentemente, por ignorância, as pessoas as compram e procuram seu “técnico em informática” para que ele instale o Windows e todo o resto das aplicações, sem licença, como de costume.
Essa ignorância das licenças que vêm nos sistemas pré-instalados em computadores como Dell, Compaq, etc., pode acarretar problemas legais, quando se trata de uma empresa, e também para usuários domésticos. De fato, esta é uma das coisas que se deve exigir das lojas que vendem computadores usados, porque isso é ilegal. Vejam o que diz a Microsoft a respeito dessas licenças:
Uma vez que uma licença de software OEM tenha sido instalada em um PC, não se pode instalá-la em outro PC ou transferi-la. Em poucas palavras, o software OEM está “casado” com o computador original no qual foi instalado. O contrato de licença de usuário final, que é um contrato entre o fabricante do computador e o usuário final, declara que a licença OEM System Builder não pode ser transferida da máquina original para outro PC. O fabricante (ou integrador de sistemas) está obrigado a oferecer suporte técnico para a licença do Windows. O fabricante não pode dar suporte a uma licença que tenha sido transferida de um PC de sua fabricação para outro de outro fabricante; esta é uma das principais razões do porque das licenças OEM System Builder não poderem ser transferidas. O que, sim, se pode fazer é transferir o computador completo para outro usuário final, junto com os direitos de licenciamento do software. Ao fazê-lo, deve-se incluir os suportes físicos do software, os manuais (se os tiver) e a etiqueta do Certificado de Autenticidade (COA). Também é recomendável incluir a nota fiscal ou a fatura da compra original. O usuário original não pode conservar cópias do software.
Além disso, olhem o conceito que ele têm a respeito dos computadores usados:
Um PC usado é um computador que sofreu poucas ou nenhuma mudança no hardware. A licença do software OEM instalado em um PC usado não pode ser transferida para um PC novo ou diferente. O que se pode fazer é transferir a outro usuário o PC inteiro, incluindo os suportes físicos do software, os manuais e o Certificado de Autenticidade, junto com os direitos da licença do software.
Conclusão: Não importa o preço, as lojas de equipamentos usados são obrigadas a entregar, com cada computador usado, as licenças OEM do sistema instalado e sua etiqueta de autenticidade.
Nota do tradutor: Se você quer ter um sistema usado e legalizado, você tem três opções: 1 – exija do vendedor uma descrição detalhada do que está comprando e dos valores na nota fiscal de compra. Isso inclui sistema operacional, softwares adicionais como anti-vírus, programas de escritório, etc., incluindo a versão (Microsoft Windows XP SP3 Starter edition, ou Microsoft Office 2003 Standard, por exemplo). 2 – Compre o que precisa nas lojas especializadas (o que, com toda certeza vai custar muito mais do que o valor pago pelo PC usado). 3 – Use software livre, como Linux, LibreOffice, etc. Você não pagará nada de licença, terá uma máquina totalmente funcional e a prova de vírus.
Um burburinho apareceu hoje no mundo do Software Livre. A Microsoft publicou um vídeo, no qual coloca opiniões de supostos clientes que migraram para o OpenOffice, o software de escritório em código aberto, concorrente do Microsoft Office, e depois se arrependeram e retornaram a utilizar o pacote da empresa.
Pessoalmente, eu acho isso ótimo. Antes, quando o domínio era total, a empresa nem tomava conhecimento da concorrência, ditava as regras e impunha padrões fechados. Agora, a empresa começa a estratégia de FUD (Fear, Uncertainty and Doubt – Medo, Incerteza e Dúvida), o que indica claramente que eles reconheceram que a concorrência existe, e não é desprezível.
Como de costume, segue-se a cartilha do marketing, da qual temos exemplos durante os últimos anos, que começa com não tomar conhecimento da concorrência, quando a domínio é absoluto. O segundo passo da cartilha, é quando a concorrência já não é tão desprezível assim, e recomenda a implantação do medo, da incerteza e da dúvida, como uma ameaça aos que ousarem a se aventurar para fora do seu domínio. O terceiro passo, envolve a difamação escancarada do concorrente e, por fim, o quarto passo a utilização de métodos “não ortodoxos” de convencimento, também conhecido como “a mala”.
Se o OpenOffice, doravante conhecido como LibreOffice, já chama a atenção da, antes onipresente, empresa, significa que seu conceito aumentou na empresa, e isso deve ser um motivo de alegria e orgulho para a comunidade. No artigo publicado no IDG Now!, Por que a Microsoft está tão assustada com o OpenOffice?, Katherine Noyes mostra que minha opinião não é a única, e que as coisas estão mudando no mundo do software livre… Pra melhor.
Muitas vezes pensamos que reclamar e denunciar não adianta nada e que nossas vozes nunca são ouvidas. Pois bem, no caso abaixo minhas reclamações foram atendidas. O caso foi o seguinte:
Recebi um (falso) e-mail do Banco do Brasil dizendo que eu teria de recadastrar minha senha de acesso ao Internet Banking. Para isso deveria clicar no link do e-mail e, no site, digitar o número da minha conta, a senha do Internet Banking e a senha do cartão. Eu já sabia que se tratava de um “fishing”, tipo de e-mail que tenta “fisgar” os menos atentos, mas, como uso Linux e minha máquina é imune a vírus, resolvi clicar no link para saber se ainda estava ativo. E estava. A página era idêntica à página original do Banco do Brasil, apenas o endereço não começava por https, e o domínio do site não era o do Banco do Brasil.
Com apoio de gigantes da Tecnologia da Informação, líderes mundiais do projeto OpenOffice.org passam a desenvolver a suíte de forma independente. BrOffice.org – Projeto Brasil faz parte da fundação.
A comunidade de voluntários que desenvolve e promove o OpenOffice.org, a suíte de escritório livre líder do mercado, anuncia uma grande mudança na estrutura do projeto. Depois de 10 anos de sucesso com a Sun Microsystems como fundadora e principal patrocinadora, o projeto lança uma fundação independente chamada “The Document Foundation” (TDF). A Fundação escolheu a marca LibreOffice, internacionalmente, como uma alternativa ao OpenOffice.org e vai coordenar e supervisionar o desenvolvimento do software.
O objetivo é ter maior independência na decisão sobre os rumos do projeto internacional, alinhando-o às necessidades de instituições e pessoas que já usam o aplicativo. Já os usuários brasileiros continuarão utilizando o BrOffice.org, cuja marca permanecerá a mesma. Ao integrar-se no esforço de desenvolvimento da The Document Foundation, o projeto brasileiro continua com o mesmo foco: desenvolver o melhor pacote de aplicativos livre para o Brasil.
Uma versão beta, baseada no OpenOffice.org 3.3, com alguns acréscimos, já está disponível para download no site: http://www.libreoffice.org. Desenvolvedores serão convidados a participar do projeto e a contribuir com desenvolvimento do código fonte, bem como tradução, teste, documentação e suporte.
A Oracle, que permaneceu com os ativos do OpenOffice.org, em consequência da compra da Sun Microsystems, foi convidada a participar da nova Fundação, e a doar a marca para a comunidade. Enquanto a The Document Foundation aguarda essa decisão, a marca a ser adotada é “LibreOffice”. A fundação contará com apoios de gigantes mundiais de TI, como a Canonical, Google, Novell, Red Hat e Open Source Initiative.
Há dois dias atrás, o Ricardo Lima, instrutor de informática da Unilehu – Universidade Livre para a Eficiência Humana (http://www.unilehu.org.br/), fez um pedido de ajuda na lista de usuários Ubuntu-br (https://lists.ubuntu.com/archives/ubuntu-br/2010-September/079350.html). Normalmente, a lista dá apenas ajuda online, mas, como moro em Curitiba e o problema dele parecia ser relativamente simples de resolver, pedi para entrar em contato comigo e combinarmos uma hora para eu dar uma olhada no problema. De antemão, fiz uma rápida pesquisa na internet sobre o problema que ele descreveu e, visitei a escola onde ele dá aulas de informática para pessoas com deficiência visual.
Devo dizer que foi uma experiência muito boa. O Ricardo utiliza em suas aulas duas remasterizações do Ubuntu, o F123.org e o Linux Acessível em pendrives, ambas utilizando o software Orca como base para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência visual a recursos de informática.A ideia é que cada pessoa leve seu pendrive no bolso. Quando precisar utilizar computadores, seja em lan-houses, na escola, ou em qualquer outro local, coloca o pendrive na máquina (ou um CD, já que também é possível instalar o sistema nesse tipo de mídia), inicializa a máquina por ele e tem uma máquina totalmente funcional em questão de segundos.
Mas, nem tudo são flores. “Shit happens”, como dizia o filósofo Murphy. Justamente nas máquinas destinadas ao ensino de informática para deficientes visuais, foram instaladas placas de vídeo com sérios problemas de compatibilidade, pelo fabricante, a Positivo Informática.
Nesta terça-feira, 14 de setembro de 2010, o presidente da Microsoft para América Latina, Hernán Rincón, criticou a decisão de alguns governos da região, incluindo, e especialmente o Brasil, de incentivar– ou mesmo obrigar – a adoção de software livre em seus serviços públicos e sistemas educacionais.
Comentou: “Com todo respeito ao Brasil, mas qual deveria ser o papel do governo? Desenvolver software ou melhorar a vida da pessoas?”
Cometeu diversos enganos, aparentemente de forma intencional, haja visto que trata-se do principal executivo da Microsoft na região que de forma previsível defende o modelo de negócio desta, o software fechado.
Cometeu engano quando vinculou o uso de software livre pelo governo brasileiro à uma hipotética necessidade de desenvolvimento interno de software.
Esqueceu-se de maneira proposital, que software livre, pronto, está disponível livremente por ai. Na maior parte dos casos, nenhum desenvolvimento adicional é necessário.
Muito do que é feito simplesmente, é se escolher o software necessário (livre) e se não houver pessoal interno do serviço público habilitado à instalá-lo e mantê-lo, contrata-se uma empresa especializada para fornecer o devido suporte. Só que neste caso, não entra a Microsoft já que até hoje esta não fornece suporte à software livre.
E apesar de tudo isso, desenvolvimento de software ainda é uma tarefa corriqueira em todos os governos do mundo. Por que isso haveria de ser uma aberração aqui no Brasil?
O governo brasileiro prefere e muitas vezes obriga a apresentação de software livre em suas licitações por diversos motivos, destacando-se:
Muitas empresas brasileiras podem prover suporte e desenvolvimento sob software livre, criando empregos, capacitando mão-de-obra em tecnologias de ponta e criando tecnologia de ponta;
Possibilidade de auditoria imparcial e total sobre o que setores estratégicos do governo estão rodando em seus computadores, impossibilitando espionagem via back-doors nos programas, por exemplo;
Independência tecnológica e independência de fornecedor;
Garantia de interoperabilidade entre sistemas diferentes que usem protocolos abertos;
São ótimos motivos para qualquer governo no mundo preferir software aberto e livre.
A NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA especializada em espionagem eletrônica) roda Linux nas estações de trabalho internas, para que tenham acesso ao código de todo programa que usam.
O DoD (Departamento de Defesa dos EUA) segue linha parecida.
O governo da França também e pelos mesmos motivos do Brasil.
Aparentemente a Microsoft vem atacando a iniciativa brasileira pró open source, pois o Brasil perfaz 45% do faturamento deles na América Latina, sendo esta a região com a melhor curva de lucratividade para a empresa atualmente.
Estão defendendo a galinha dos ovos de ouro. às custas de espalhamento de desinformação e medo.
E justo nesses dias em que a Microsoft vem ventilando para todo mundo ouvir, que coexiste bem com o software livre e que até “ama o software livre”.
Palavras ao vento não valem nada. O que funciona de verdade, são ações concretas.
Musopen é uma biblioteca de música livre de direitos autorais (domínio público). A intenção é oferecer acesso a musicas sem as barreiras legais tão comuns hoje em dia. Existe um grande acervo de músicas cujos direitos autorais expiraram, mas quase não se acham gravações delas sob domínio público. O objetivo é obter gravações que estejam livres de direitos autorais para que os visitantes do blog possam escutá-las, reutilizá-las ou apreciá-las de algum modo. Resumindo: A missão é libertar a música.
Passei a semana toda acompanhando remotamente a conferência mundial do OpenOffice (OO.o conf) que foi realizada em Budapeste para poder publicar aqui as novidades por lá.
Como todos sabem, a Oracle ainda não havia se pronunciado sobre o futuro do projeto OpenOffice e adivinha o que eles fizeram durante o evento…. nada !
Eu fiquei tão irritado com mais esta demonstração pública de descaso deles, que tomei a liberdade de escrever um singelo Obituário para Larry Ellison, para ver se ao ler o texto (e tenho convicção que este texto chegará até ele), ele reflita um pouco mais sobre o que tem feito (ou deixado de fazer) nos últimos meses.
Ainda que nenhum anúncio significativo tenha sido feito durante o evento, pelo que acompanhei foram anunciadas algumas melhorias no OpenOffice (principalmente para os desenvolvedores e contribuidores do projeto) e fiquei feliz em ver que parte substancial do evento foi dedicada ao ODF.
Além de diversas palestras técnicas prá lá de interessantes sobre ODF, tivemos ainda uma demonstração muito boa da interoperabilidade do padrão, que chegou a ser televisionada na Hungria.
Um dos exemplos apresentados foi a utilização de RDF para armazenar o número de telefone de um autor de documento em um documento texto ODF feito com o OpenOffice. Ao abrir o documento em um visualizador de celular, o número de telefone foi reconhecido e com apenas um toque na tela o celular do autor do documento (que estava na mesma sala) começou a tocar…
Espero que dias melhores cheguem para o OpenOffice e espero ainda que nosso amigo Ellison “acorde” de verdade. Não dá mais prá ficar brincando com todo mundo como ele está fazendo: Não decidir é uma decisão !
“Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece”, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega:
“Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos”. Tardiamente. Na velhice.
Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei: “O povo unido jamais será vencido”, é disso que eu tenho medo. Continue lendo »
Em poucas semanas, o Linux vai completar 19 anos de vida. Para quem nunca ouviu falar do Linux, ele é um sistema operacional concorrente do Microsoft Windows e do MacOS da Apple. Diferentemente deles, é gratuito e não foi criado por uma empresa, mas sim a partir de um trabalho de faculdade de um estudante finlandês de Ciências da Computação, em 1991. E a coisa mais inusitada é que desde o momento da sua criação, foi (e ainda é) encarado como diversão pelo seu criador: Linus Torvalds. “Criei o Linux para ter algo com que me divertir quando estivesse trabalhando com computadores” informou Linus durante sua palestra na Linuxcon, que aconteceu em São Paulo nos dias 31 de agosto e 1 de outubro.
O Linux cresceu à medida que ele divulgou em comunidades de Usenet e listas de e-mail. As pessoas viram o projeto, gostaram e começaram a sugerir melhorias. Elas foram implementadas e o projeto foi crescendo com a chegada de mais voluntários para ajudá-lo. A consequência disso é que deu início a uma tendência de aplicações gratuitas que viabilizaram o crescimento da Internet.
Enquanto grupos religiosos se privam de modernidades por sua escolha, países emergentes fa zem uma opção semelhante ao comprar produtos de tecnologia de ponta no formato de “pacotes” prontos de outros países. A opinião é corrente entre analistas do tema, que criticam o pouco investimento que se faz no desenvolvimento de conhecimento próprio.
Um exemplo foi a escolha do padrão de tevê digital brasileiro, há quase três anos. Havia uma pesquisa inédita nacional, do Centro de Pesquisa e Desenvolvi mento (CPqD), de um modelo aberto do equipamento que se ria compatível com outros sistemas de tevê digital.
Na recém lançada revista Espírito Livre, edição 17, publiquei um artigo onde expresso minha opinião a respeito do pânico que tomou conta da comunidade do software livre, com respeito ao tratamento que a Oracle vem dando às comunidades. Basicamente, eu disse que a Oracle apoiará aqueles projetos de código aberto que estiverem de acordo com a estratégia de negócios da empresa.
A confirmação das minhas suspeitas veio no dia seguinte à publicação da revista. Vejam o que o Vice-presidente da Oracle, Michael Bemmer, disse ontem no Congresso Internacional do OpenOffice.org, edição do décimo aniversário do projeto, em Budapeste, Hungria:
O OpenOffice.org, o Open Document Format e os seus clientes são igualmente importantes”, disse nesta quarta-feira 01 de setembro, o Vice-Presidente e Gerente Geral da Oracle, Michael Bemmer durante a OpenOffice.org Conference, um evento internacional realizado anualmente. Embora Bemmer não divulgue detalhes da futura estratégia de sua empresa, ele deixou claro que o crescimento inexorável do OpenOffice.org continuará nos próximos anos, num discurso intitulado “Uma Década de Sucesso” na sessão da plenária da OpenOffice.org Conference, no edifício do Parlamento Húngaro.
O evento deste ano foi visto como o mais importante até o momento, pois a comunidade internacional de TI aguardava a primeira declaração da gigante norte americana Oracle, sobre o futuro do OpenOffice.org desde a aquisição da Sun Microsystems no início do ano. Continue lendo »
A rápida expansão industrial vivida pela Alemanha no século 19 ocorreu por causa da ausência de lei de direitos autorais? Um historiador alemão argumenta que a imensa proliferação de livros e, portanto, de conhecimento, levou à fundação do poderio industrial do país.
O país inteiro parecia estar obcecado pela leitura. A paixão repentina pelos livros foi considerada estranha até mesmos pelos vendedores de livros e, em 1836, levou o crítico literário Wolfgang Menzel a declarar os alemães “um povo de poetas e pensadores”.
“Essa frase famosa está completamente mal interpretada”, declara o historiador econômico Eckhard Höffner, 44 anos. “Ela não se refere a gigantes literários como Goethe e Schiller”, ele explica, “mas ao fato de que uma massa incomparável de material de leitura estava sendo produzida na Alemanha”.
Höffner tem pesquisado aquele auge inicial do material impresso na Alemanha e chegou a uma conclusão surpreendente – diferente das vizinhas Inglaterra e França, a Alemanha experimentou uma explosão sem paralelo de conhecimento no século 19.
Durante esse período, os autores alemães escreviam incessantemente. Cerca de 14 mil novas publicações foram lançadas em um único ano, em 1843. Em comparação ao número da população na época, isso chega aproximadamente ao nível atual. E apesar de romances também serem publicados, grande parte das obras era de trabalhos acadêmicos.
A situação na Inglaterra era muito diferente. “Pelo período do Iluminismo e da emancipação burguesa, nós vemos um progresso deplorável no Reino Unido”, declara Höffner.
Brasil é líder em vírus que roubam dados bancários, diz pesquisa
Por Renato Rodrigues, do IDG Now! – Publicada em 24 de agosto de 2010 às 17h52
Dados da empresa de segurança Kaspersky Lab apontam que cibercriminosos nacionais são responsáveis por 36% dos trojans bankers no mundo.
O Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário mundial do cibercrime. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça (24) pela empresa de segurança online Kaspersky Lab, o país é um dos líderes em produção de vírus especializados no roubo de dados bancários – conhecidos como trojan bankers.
Isso não me parece uma novidade e não surpreende.
Além disso, o Brasil é responsável por algo entre 3% a 8% dos cerca de 3 500 novos vírus criados no mundo diariamente – o pico de participação é na época do Natal, devido ao crescimento das compras na web.Já entre os trojans bankers a fatia é muito maior – quase quatro de cada 10 vírus do tipo são criados aqui.
Já isso é interessante: 40% dos vírus para roubo de senhas bancárias são feitos aqui.
A adoção de softwares livres, programas de computador que podem ser usados gratuitamente, possibilitou uma economia de R$ 380 milhões ao governo federal até 2008.
Segundo o coordenador do Programa de Software Livre do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Paulo Pastore, nos últimos dois anos, essa economia pode ter dobrado.
“É um dinheiro que pode ser investido em outras áreas, na construção de hospitais, escolas, ou também pode ser reinvestido na contratação de mais gente para as áreas de tecnologia do governo”, avalia.
O tema começou a ser discutido hoje no 3º Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico, que reúne mais de 5 mil pessoas em Brasília. O evento vai até a esta sexta-feira (20).
Computação em nuvem
Outra forma de o governo economizar com tecnologia da informação é a computação em nuvem, ou cloud computing, que permite o acesso de arquivos e programas remotamente, por meio de uma rede. Segundo Pastore, um dos usos possíveis dessa tecnologia ocorre no recebimento das declarações do imposto de renda pela Receita Federal.
Linuxacessivel.org é uma versão customizada do Ubuntu, voltada para pessoas com deficiência visual.
O principal objetivo do projeto linuxacessivel.org é adicionar, corrigir e configurar recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual poderem utilizar o Ubuntu desde o momento de inicialização do sistema, durante a instalação e principalmente, depois de instalado.
Ele possui as seguintes características:
Última versão do Orca: 2.31.6.
Sistema configurado para carregar em português e com o leitor de telas Orca ativo desde o login.
Ajustes para o uso do leitor de telas Orca em tarefas administrativas.
Teclas de atalhos definidas para diversas funcionalidades do sistema.
Tema feito pelos desenvolvedores do linuxacessivel.org para ser usado especificamente por pessoas com visão reduzida.
Recursos de acessibilidade do Compiz pré-configurados para ampliar a tela.
Ampliador de tela para a janela de login.
O linuxacessivel.org é distribuído no formato de um Live CD que contém todos os aplicativos que você precisa – um navegador web, programas de apresentação, edição de texto, planilha eletrônica, comunicador instantâneo e muito mais. Sendo que todos estes aplicativos já estão ajustados para um melhor uso através do leitor de telas Orca.
Na construção do linuxacessivel.org a introdução de pacotes foi feita visando criteriosamente a acessibilidade para o leitor de telas e funcionalidades para o usuário. Em seu conjunto os seguintes pacotes em destaque:
Gnome 2.30.2.
Kernel 2.6.32-24-generic #39-Ubuntu.
Leitor de telas Orca 2.31.6.
Programa gráfico para o Firewall e já ativado por padrão.
Gerenciador de conexões de rede Wicd.
Script para conexões 3g através do Wvdial.
Navegador Firefox com o plugin Flash 10.1 já instalado.
Leitor de emails e “feeds” Thunderbird.
Comunicador de mensagens instantâneas Pidgin (msn, gtalk, yahoo, jabber, …)
Reprodutor de filmes e tocador de músicas Totem.
Codecs para diversos formatos populares já instalados (mp3, mpeg, mms, …).
Suíte de escritório OpenOffice.org.
Conversor de PDF para TXT.
Gravador de mídias GnomeBaker.
Compartilhador virtual de desktop Vinagre.
Visualizador de desktop virtual Vino.
Aplicativo para escanear documentos.
Interface gráfica para controlar canais de som pelo alsa mixer.
Gerenciador da área de transferência Parcellite.
Gerenciador de fotos Fspot.
Instalador fácil para Java, Fontes True Types, Codecs proprietários, entre outros.
Para fazer o download do linuxacessivel.orgacesse aqui.
Proposta da agência reguladora foi realizada durante audiência pública em São Paulo para discussão do serviço.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) propôs a implantação de um indicador específico de avaliação de qualidade para banda larga móvel.
Essa foi uma das propostas apresentadas durante audiência pública realizada ontem (11) na sede da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio). O objetivo foi debater a revisão da regulamentação da gestão de qualidade do serviço móvel pessoal (SMP).
Segundo a proposta da Anatel, a velocidade de conexão poderá cair, no máximo, até a metade da capacidade contratada nos horários de pico e até 70% durante o restante do dia.
Está previsto ainda um período de adaptação de 12 meses, nos quais será tolerada a oferta de 30% da velocidade nos períodos de maior movimento.
A agência também pretende que seja feita uma pesquisa com os usuários para medir o grau de satisfação.
Além disso, a relação entre o número total de reclamações recebidas na Anatel contra as prestadoras de serviço e o número total de reclamações recebidas em todos os canais de atendimento da empresa, no mês, não deve ser superior a dois por cento.
O Paraná saiu na frente do Brasil e já começou a concretizar seu programa estadual de banda larga, para universalizar o acesso da população à internet por meio de conexões em alta velocidade.
O programa foi instituído, nesta terça-feira (10), pelo governador Orlando Pessuti com a assinatura do decreto instituindo o Plano Estadual de Banda Larga, para ampliar serviços, aproveitando a estrutura da rede de fibras ópticas da Copel e concedendo tratamento tributário especial às pequenas provedoras de acesso, que repassarão tais vantagens aos seus clientes sob a forma de serviços de baixo custo.
O presidente da Associação Paranaense de Provedores de Internet, Marcelo Siena, elogiou o esforço do Governo do Paraná de buscar solução ao alto custo de acesso à internet por banda larga, que prestigiasse as empresas de pequeno porte. “A instituição desse Plano Estadual de Banda Larga faz do Paraná o primeiro estado a ter um programa de tal magnitude, e por suas características, promove não só a inclusão digital mas, também, a interiorização e a integração regional por prestigiar as empresas de pequeno porte”.
ESCOLAS – Para a Copel, o Plano Estadual de Banda Larga significa ampliar o alcance e a utilidade social de sua infraestrutura de telecomunicações. “Temos 2.100 escolas públicas interligadas ao nosso sistema de telecomunicações pelo programa Paraná Digital”, disse o presidente Ronald Ravedutti. “Onde houver fibra óptica da Copel, haverá internet popular a baixo custo”. O sistema da Copel alcança 227 dos 399 municípios paranaenses. Até 2013, a Companhia quer estar presente em todos eles.
O Plano Estadual de Banda Larga propicia a inclusão digital dos paranaenses vai aproveitar os mais de 16 mil quilômetros de fibras óticas instalados pela Copel Telecomunicações, oferecendo conexões em banda larga no atacado – a preços menores e com isenção de ICMS – a provedores de acesso à internet. Como contrapartida ao menor custo de conexão à rede mundial, os provedores locais se comprometerão a oferecer o serviço de internet de banda larga aos cidadãos de sua área de cobertura a preços a partir de R$ 15.
PREFEITURAS – O plano também alcançará as prefeituras, abrindo condição financeira às administrações municipais para implantarem as chamadas “cidades digitais”, que leva aos cidadãos a infraestrutura de serviços para acesso público a partir das novas tecnologias e redes telemáticas. “A viabilização deste plano só é possível, porque boa parte da infraestrutura de rede já existe pela Copel”, informou Ravedutti. “No Brasil, não há outro Estado com condições tão favoráveis para a implantação de um programa de universalização do serviço de banda larga ao cidadão, a instituições e a empresas, o que certamente se constituirá num diferencial competitivo insuperável para o desenvolvimento do Paraná”.
O presidente da Copel também destacou a finalidade social do Plano e a sua vinculação com os princípios da sustentabilidade que norteiam as ações da empresa. “Estamos possibilitando a inclusão digital de um contingente significativo de cidadãos paranaenses, que em razão das prioridades sociais defendidas pelo governador Pessuti e dos compromissos que uma empresa pública como a Copel deve ter, passarão a dispor de todos os recursos e informações existentes na rede mundial de computadores”.
Empresa de segurança descobriu base de endereços IP vulneráveis após penetrar em servidores da botnet, que rouba dados bancários.
Criminosos do Leste Europeu conseguiram infectar até 100 mil PCs do Reino Unido com o temido malware Zeus para roubar senhas bancárias, segundo a empresa de segurança Trusteer.
A empresa descobriu detalhes de endereços IP recentemente vulneráveis depois de penetrar nos servidores de controle da botnet, usada pela gangue para colher dados das máquinas infectadas.
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… até 1,5% dos usuários de PC no Reino Unido poderão ter sido infectados…