Em primeiro lugar, quero dizer que o que vou descrever abaixo é a minha visão e, não necessariamente, reflete o pensamento da comunidade ou dos demais envolvidos. É a minha visão dos fatos.
Há alguns dias, as comunidades de software livre observam com atenção, e com uma certa angústia, os acontecimentos que criaram um cisma na comunidade BrOffice. A própria comunidade está dividida entre os que estão no olho do furacão e os que estão tentando entender o que está acontecendo.
Outro dia, almoçava com um amigo que me perguntou:- Como vão as coisas com o ODF aqui no Brasil? Parece que estão meio paradas…
Realmente, o assunto “padrão aberto de documentos” saiu do noticiário da mídia especializada, embora continue muito importante.
A cada dia, geramos mais e mais documentos eletrônicos. Provavelmente, nos próximos cinco anos geraremos tantos documentos digitais quantos foram gerados nos últimos 25 ou 30 anos. Adotar um padrão aberto para documentos é essencial para governos. Governos precisam compartilhar informações entre os seus diversos órgãos sem ter que se preocupar com incompatibilidades entre os formatos de documentos. Os governos tem que garantir a integridade e perpetuidade dos seus documentos, que são a memória da nação, mesmo após o software que o criou ter desaparecido do mercado. Documentos podem existir por dezenas ou centenas de anos. O mesmo não deverá acontecer com os softwares que compõem uma suíte de escritório. A adoção de um padrão aberto, baseado em XML, garante que mesmo sem o software original, o documento continuará sendo acessado. Além disso, os governos também tem que garantir que uma informação pública seja acessada por qualquer produto de software, sem impor aos cidadãos a obrigatoriedade de uso de um determinado software.
Mas o que é um padrão aberto? É um padrão independente de fornecedor (não pode ser controlado por nenhuma empresa ou pessoa), publicado de forma aberta, sem restrições de licenciamento e pagamentos de royalties, não aprisionando o usuário a uma única plataforma.
Um padrão aberto é fundamental para o nosso mundo globalizado e interligado. Os países, empresas e os cidadãos interoperam uns com os outros e, para que esta interoperabilidade aconteça. é absolutamente necessário que todos estejam de acordo com a forma desta interoperabilidade ocorrer. Ou seja, quanto mais padronizados forem os mecanismos de interoperabilidade, menos esforço vai demandar para criarmos interfaces de interoperação e mais rápida e ágil ocorrerá a comunicação. Simples assim. Aliás, sem padrões abertos simplesmente não teríamos a Internet!
Padrões abertos tornam possível que quaisquer empresas, cidadãos e países se plugem no mundo globalizado. Com padrões abertos, produtores podem colaborar e cooperar nos interfaces e inovar e competir em outras funcionalidades. Por outro lado, padrões proprietários criam barreiras econômicas, pois exigindo pagamento de royalties (e muitas vezes um padrão proprietário embute diversas tecnologias patenteadas, com royalties acumulados), encarecem os produtos e dificultam a competitividade.
Neste contexto, muitos governos já adotaram ou estão em via de adotar o ODF (Open Document Format) como seu padrão aberto de documentos. Mas ainda vemos muita confusão e desinformação sobre esta questão, principalmente pelo surgimento de um padrão alternativo, o OpenXML, proposto pela Microsoft.
Este padrão foi proposto inicialmente como uma forma de preservar o espaço criado pelos formatos proprietários da suite Office, diante das demandas dos governos por padrões abertos, que começavam a voltar sua atenção ao ODF. Para tornar o OpenXML aberto, seria fundamental que ele fosse aceito pela ISO (Organização Internacional de Padrões). Depois de muitos debates e discussões, cujo histórico pode ser visto na coletânea de posts sobre o assunto em http://www.smashwords.com/books/view/2969, a Microsoft concordou em criar duas classes de conformidade. Uma delas, chamada de “Transitional”, incluia componentes que dependiam diretamente de recursos disponíveis exclusivamente no sistema Windows, e que seria adotada como meio de facilitar a transição dos documentos legados, em formato proprietário, para o padrão aberto. Esta classe de conformidade deveria ser usada, portanto, apenas para a migração e não para a criação de novos documentos. A outra classe, “Strict”, satisfazia as demandas da ISO e o OpenXML, foi então aprovada como padrão aberto pela entidade, como ISO/IEC 29500, em março de 2008.
Mas como estão as coisas agora, em 2010? O ODF está sendo adotado por governos de vários países do mundo, inclusive Brasil. O OpenXML, por sua vez, é implementado por um conjunto de versões diferentes, o que gera incompatibilidade e riscos de preservação e acessos futuros aos documentos. Vejamos:
a) A versão originalmente proposta do OpenXML, chamada de Ecma 376, foi rejeitada pela ISO. É uma versão que contém muitos componentes altamente dependentes do Windows e portanto não pôde se considerada um padrão aberto. O usuário desta versão está preso ao Office da Microsoft.
b) A versão “Transitional” não deve ser usada para gerar novos documentos e é interessante que nem mesmo os produtos Office 2007 e 2010 da Microsoft conseguiram implementar todas as especificações desta versão. Aliás, o Office 2010 implementa uma versão extendida do “Transitional”, com extensões proprietárias que não estão incluídas nas especificações aprovadas pela ISO.
c) A “Strict” é a que deve ser usada para gerar novos documentos. Mas nem mesmo o Office 2010 consegue gravar arquivos nesta versão. Na prática, ao não implementar a “Strict” e criar extensões proprietárias à “Transitional”, a Microsoft mantém sua estratégia de padrão fechado, embora agora com uma camada de verniz para ser chamado de “aberto”.
Muito bem, voltando à pergunta original, minha recomendação é que as empresas e governos continuem adotando o padrão ODF e fiquem alertas para não adotarem o OpenXML em uma versão que não seja a “Strict”.
Assim que foi anunciada a criação da Document Foundation e a criação do LibreOffice, começaram a pipocar nas listas relacionadas ao OpenOffice.org/BrOffice.org links para download dos pacotes para a instalação do LibreOffice 3.3 Beta, que seria a versão 3.3 do OpenOffice.org, com o novo nome.
A Oracle deseja o melhor para o LibreOffice, mas não vai cooperar diretamente
A Oracle disse que não trabalhará diretamente com a Document Foundation e o LibreOffice, fork do pacote OpenOffice.org. Em um e-mail do responsável pelas relações públicas da Oracle para Steven J. Vaughn-Nichols da ComputerWorld, a emprsa disse que acredita que o OpenOffice.org é a implementação mais avançada e com recursos mais ricos e incentiva a comunidade do OpenOffice a contribuir diretamente com ele.
A Oracle disse que a capacidade de qualquer um fazer um fork do código constiui-se na “beleza do código aberto” e acrescentou que se a Document Foundation “ajudará no avanço do OpenOffice e do Open Document Format (ODF), nós lhes desejamos o melhor”. A não participação da Oracle na Document Foundation significa que a marca OpenOffice ficará com a versão da Oracle do pacote de escritório. Também parece inevitável que o LibreOffice comece a se diferenciar do OpenOffice da Oracle tão logo o desenvolvimento comece.
Passei a semana toda acompanhando remotamente a conferência mundial do OpenOffice (OO.o conf) que foi realizada em Budapeste para poder publicar aqui as novidades por lá.
Como todos sabem, a Oracle ainda não havia se pronunciado sobre o futuro do projeto OpenOffice e adivinha o que eles fizeram durante o evento…. nada !
Eu fiquei tão irritado com mais esta demonstração pública de descaso deles, que tomei a liberdade de escrever um singelo Obituário para Larry Ellison, para ver se ao ler o texto (e tenho convicção que este texto chegará até ele), ele reflita um pouco mais sobre o que tem feito (ou deixado de fazer) nos últimos meses.
Ainda que nenhum anúncio significativo tenha sido feito durante o evento, pelo que acompanhei foram anunciadas algumas melhorias no OpenOffice (principalmente para os desenvolvedores e contribuidores do projeto) e fiquei feliz em ver que parte substancial do evento foi dedicada ao ODF.
Além de diversas palestras técnicas prá lá de interessantes sobre ODF, tivemos ainda uma demonstração muito boa da interoperabilidade do padrão, que chegou a ser televisionada na Hungria.
Um dos exemplos apresentados foi a utilização de RDF para armazenar o número de telefone de um autor de documento em um documento texto ODF feito com o OpenOffice. Ao abrir o documento em um visualizador de celular, o número de telefone foi reconhecido e com apenas um toque na tela o celular do autor do documento (que estava na mesma sala) começou a tocar…
Espero que dias melhores cheguem para o OpenOffice e espero ainda que nosso amigo Ellison “acorde” de verdade. Não dá mais prá ficar brincando com todo mundo como ele está fazendo: Não decidir é uma decisão !
Na recém lançada revista Espírito Livre, edição 17, publiquei um artigo onde expresso minha opinião a respeito do pânico que tomou conta da comunidade do software livre, com respeito ao tratamento que a Oracle vem dando às comunidades. Basicamente, eu disse que a Oracle apoiará aqueles projetos de código aberto que estiverem de acordo com a estratégia de negócios da empresa.
A confirmação das minhas suspeitas veio no dia seguinte à publicação da revista. Vejam o que o Vice-presidente da Oracle, Michael Bemmer, disse ontem no Congresso Internacional do OpenOffice.org, edição do décimo aniversário do projeto, em Budapeste, Hungria:
O OpenOffice.org, o Open Document Format e os seus clientes são igualmente importantes”, disse nesta quarta-feira 01 de setembro, o Vice-Presidente e Gerente Geral da Oracle, Michael Bemmer durante a OpenOffice.org Conference, um evento internacional realizado anualmente. Embora Bemmer não divulgue detalhes da futura estratégia de sua empresa, ele deixou claro que o crescimento inexorável do OpenOffice.org continuará nos próximos anos, num discurso intitulado “Uma Década de Sucesso” na sessão da plenária da OpenOffice.org Conference, no edifício do Parlamento Húngaro.
O evento deste ano foi visto como o mais importante até o momento, pois a comunidade internacional de TI aguardava a primeira declaração da gigante norte americana Oracle, sobre o futuro do OpenOffice.org desde a aquisição da Sun Microsystems no início do ano. Continue lendo »
A revista aborda no tema de capa a exigência de conhecimentos sobre BrOffice.org em concursos públicos. Reportagem traz a visão de especialistas sobre a construção de uma carreira no setor público e mostra como os candidatos podem se preparar para as provas, com dicas de estudos e análise de questões que já caíram em concurso. Além disso, para auxiliar os leitores que procuram uma colocação no mercado de trabalho, a seção “Escritório Aberto” disponibiliza para download, gratuitamente, uma série de modelos de documentos. Além de muitas dicas e tutoriais feitas por quem entende do assunto. Boa leitura! Participe: envie críticas e sugestões para revista(a)broffice.org.
Hoje tive a oportunidade de ver o poder da comunidade de Software Livre e da postura concomitante com essa comunidade.
No meu trabalho na SMEC de Rio Grande tive de criar algumas planilhas enormes usando o Calc do OpenOffice. São arquivos com cerca de 70 planilhas, e cada um deles tem umas 37 lâminas A4. Acontece que ao gerar o PDF, que é realmente o que vai ser usado, apareciam quase 2000 páginas em branco que não deviam estar lá. Ou seja, além do que deveria aparecer, aparecia mais coisa ainda, inútil.
Esse era um dos problemas que me tiravam o sono. O outro era criar gráficos de barras com as porcentagens aparecendo na ponta da barra. Quem usa Excel faz isso facilmente. Mas eu não sabia como fazer no Calc.
É muito ruim não saber como resolver alguma coisa. E é pior ouvir de quem usa Excel que nele é tão fácil…
Bom, pra encurtar o assunto, eu tinha esses dois problemas REAIS que tiravam a qualidade do meu TRABALHO na SMEC de Rio Grande. Isso me causava quase dor física. É muito, mas muito chato mesmo não entregar algo tão bom quanto os outros esperam. Principalmente se os OUTROS são os teus chefes ou chefas
Esse texto foi extraído da Intranet da empresa onde trabalho e foi enviado por Roberson Cesar Alves de Araujo [roberson] em 28/07/2010 – 14:49. O texto teve algumas linhas modificadas para atualização e correção ortográfica e gramatical.
Dicas IMPORTANTES BrOffice / MSOffice
Em minha empresa, sempre surgem problemas com formatos de arquivos do MS-Office e do BrOffice. Qual a forma correta de tratar essa questão ?
Esta questão requer um embasamento conceitual, afim de evitar o simples “adestramento”, infelizmente, tão comum entre os usuários de sistemas informatizados. Todos os conceitos abaixo se referem ao Microsoft Office até a versão 2003. A versão 2007 mudou completamente o seu formato de arquivos, como é de praxe ocorrer entre as diferentes versões deste software por questões mercadológicas (forçar o usuário a mudar de versão).
Formato de arquivos BrOffice.org x MS-Office
Um formato de arquivo eletrônico especifica como são organizados internamente os dados (texto, figuras, tabelas, etc) e as instruções de como recuperá-las, afim de possibilitar sua exibição em um monitor de vídeo, ou enviar para uma impressora.
Padrões fechados x padrões abertos
Este formato pode ser exclusivo e considerado “segredo” de um fornecedor, ou pode ser aberto, seguindo padrões internacionais, como as normas da ISO. Continue lendo »
Mas você já pode dar uma olhada nas novas funcionalidades. Repare que o vídeo é mostrado em Windows, mas o OpenOffice.org/BrOffice.org suporta as mesmas funcionalidades em Windows, Linux e Mac.
Também incluí este vídeo mostrando as transições do OpenOffice.org Presentation com suporte a OpenGL:
A edição número 13 da Revista BrOffice.org foi lançada nesta terça-feira, 13. O assunto que é o centro das atenções do universo tecnológico é também tema central da publicação: O Fórum Internacional do Software Livre, o fisl11, que acontece de 21 a 24 de julho em Porto Alegre. A Revista BrOffice.org também inaugura, nesta edição, a modalidade de dicas curtas. Com um formato de texto reduzido, o objetivo é levar aos leitores pequenas doses de conhecimento sobre as funcionalidades da suíte de escritório, a fim de tornar o dia a dia dos usuários mais produtivo. Faça download aqui do arquivo em *.pdf
“Destacamos o fisl, através de uma reportagem vasta sobre o evento e o signficado do software livre, porque o fórum é um marco importante na história da comunidade BrOffice.org”, dizem os editores da Revista, ao explicar que durante o fisl6 foi assinada a ata de fundação da ONG brasileira que dá apoio ao projeto internacional da suíte de escritórios de código aberto.
Além de várias dicas e tutoriais voltados para as dúvidas mais comuns dos usuários, a Revista BrOffice.org 13 faz uma viagem no tempo para falar sobre os padrões de teclado. A sociedade moderna se acostumou a consumir e a produzir conteúdo de distribuição em massa. Porém, por trás da democratização do conhecimento e facilidade, dada em grande parte pelas suítes de escritório, existe uma evolução tecnológica e muitas heranças.
Promoção:
A edição 13 também traz uma promoção aos leitores, que são incentivados a colaborar com a publicação. As primeiras cinco pessoas que enviarem dicas curtas sobre o aplicativo para a revista podem ganhar uma camiseta do fisl11. O brinde deve ser retirado durante o evento no estande do BrOffice.org na Mostra de Soluções e Negócios Livres do fórum. As regras estão publicadas na seção Carta do Leitor da Revista BrOffice.org
A comunidade BrOffice.org lançou nesta segunda-feira, 14, a edição bimestral da Revista BrOffice.org. A matéria de capa fala sobre a Escola do Futuro, instituição paulista que atua na formação de monitores que trabalham em espaços de inclusão digital. Trata-se de mais um caso em que a adoção da suíte de escritório, que pode ser instalada sem custos de licença por usuários domésticos e grandes empresas, permite que a população tenha acesso à inclusão social por meio da Tecnologia da Informação.
A Revista BrOffice.org apresenta aos leitores também várias dicas e tutoriais para que os usuários da suíte de escritório tirem o máximo proveito da ferramenta. Quem deseja personalizar as teclas de atalho do software encontra nesta edição uma dica completa de como fazer as configurações. Recomendável para textos longos, como monografias e trabalhos de conclusão de curso, a automatização de sumários no editor de textos é outro recurso poderoso, mostrado passo a passo. Para usuários que trabalham com imagens, a Revista apresenta tutorial que mostra como transformar uma imagem comum em uma imagem vetorizada.
Dentro do contexto da Copa do Mundo, a edição traz a Seção Escritório Aberto, com modelos de arquivos para o torcedor acompanhar o mundial. Além de uma tabela do esquema dos jogos, listas de compras e planilha para calcular os gastos com o mundial, fazem parte do kit BrOffice.org para a Copa do Mundo.
E para aqueles que ainda enfrentam resistências para se adaptar a novos softwares, uma abordagem sob o ponto de vista da neurociência mostra que as dificuldades podem ser contornadas, através do entendimento sobre os mecanismos de funcionamento do cérebro.
A Revista BrOffice.org é uma publicação institucional da comunidade OpenOffice.org do Brasil. Com periodicidade bimestral, o veículo traz aos leitores dicas e tutoriais sobre a ferramenta, além de novidades sobre a comunidade e o BrOffice.org. A produção é feita de forma colaborativa por usuários da suíte de escritório. A editoração gráfica é feita na ferramenta de desenho do pacote, o Draw.
Total de downloads desde que o OpenOffice.org 3.2 foi anunciado
O OpenOffice.org 3.2 foi anunciado em 11 de Fevereiro de 2010 e esta é a versão estável atual.
30.061.864
Total de downloads do OpenOffice.org 3.1
Este contador mostra todos os downloads do sítio OpenOffice.org entre o lançamento do OpenOffice.org 3.1 em 7 de Maio de 2009 e o lançamento do OpenOffice.org 3.2 em 11de Fevereiro de 2010.
64.835.560
Total de downloads do OpenOffice.org 3.0
Este contador mostra todos os downloads do sítio OpenOffice.org entre o lançamento do OpenOffice.org 3.0 em 13 de Outubro de 2008 e o lançamento do OpenOffice.org 3.1 em 7 de Maio de 2009.
59.903.711
Tendência dos downloads nos últimos 28 dias
Downloads por plataforma nos últimos 28 dias
Faça seus próprios gráficos!
Se você não gostou desses gráficos, você pode gerar os seus próprios utilizando o Query Generator hospedado pela Good-Day Inc.
Analisando o histórico das suítes (conjunto de programas) de escritórios disponíveis hoje no mercado mundial, o BrOffice.org vem se destacando nos últimos 10 anos como uma das alternativas eficientes no mercado, e com um grande diferencial, sem custo para o usuário. BrOffice.org, a versão nacional do OpenOffice.org, em sua última versão 3.2, que pode ser descarregado através do site http://www.broffice.org, tem evoluído em forma, conteúdo, importando documentos do Microsoft Office e possibilitando um ganho de produtividade. Tem a inicialização mais rápida entre as suítes existentes, suporta o formato de documento totalmente aberto (ODF) e lida com a maioria dos formatos proprietários com facilidade. Segundo análise estatística, sobre visitantes de 20 países, o OpenOffice.org possui uma fatia superior a 20% na Alemanha, Polônia e República Tcheca, e acima de 15% em Espanha, Itália e França. No Brasil fica em torno de 8%, com o BrOffice. Nos Estados Unidos, com apenas 9%. Canadá tem 11% de participação. Com o BrOffice.org 3.2, lançado em fevereiro, outro número surpreende: mais de 50% desses registros foram contabilizados a partir da disponibilização da versão 3.0, em outubro de 2008. De lá para cá, foram 2,6 milhões de downloads do aplicativo. Nos dias de hoje, já superou a casa dos 5 milhões de downloads.
A Petrobras deu mais um importante passo na adoção de software livre com a assinatura do Protocolo Público de Intenção Para Adoção de Formatos Abertos de Documentos.
O documento, conhecido como Protocolo de Brasília, tem o intuito de firmar compromisso entre as organizações ligadas ao Governo Federal para a utilização do formato ODF (Formato Aberto de Documentos) como padrão de documentos internos e para a troca com demais signatários do protocolo. Para a TIC (Tecnologia da Informação e Telecomunicações), foi a confirmação do caminho que vem sendo trilhado com as adoções do Firefox e BrOffice.org.
”Um dos vetores é termos uma alternativa robusta para seguir por um caminho livre, com menor dependência de fornecedores. Essa iniciativa deveria abranger não apenas as empresas ligadas ao Governo, mas a própria iniciativa privada brasileira”, acredita o Gerente Executivo José Carlos da Fonseca.
Também já assinaram o protocolo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, os Correios e o SERPRO, entre outros. “Estiveram presentes à assinatura do protocolo (da esquerda para direita): Marcelo Estellita, Gerente Geral de Infraestrutura de TIC; José Carlos da Fonseca, Gerente Executivo de TIC; Paulo Maia da Costa, da Caixa Econômica Federal; e Antonio Carlos de Faria, Gerente de Serviços de Computação Distribuída.”
Colaboração: Rubens Queiroz de Almeida
Data de Publicação: 06 de abril de 2010
Fazendo uma pesquisa sobre o formato RTF, descobri diversas coisas interessantes. Na disputa entre a Novell e a Microsoft, relativa às práticas desleais adotadas pela Microsoft para tirar o Wordperfect da liderança no mercado de editores de texto, é bastante educativo aprender como, através do uso de um formato supostamente aberto, o RTF, a Microsoft conseguiu desbancar o Wordperfect da liderança de mercado.
Essa novela parece que nunca acaba. Atualmente a Microsoft vem sofrendo fortes críticas por seu papel no processo de normalização para seu padrão OOXML (Office Open XML), junto a ISO (International Organisation for Standardisation). No segundo aniversário da adoção do OOXML como padrão pela ISO, Alex Brown, anfitrião da Ballot Resolution Meeting do OOXML na ISO, afirmou que a Microsoft não está respeitando os compromissos em transformar o OOXML em um padrão ISO aberto. Ele resume toda a situação com a seguinte frase: “Me parece que sem uma mudança na atual direção, é garantido que todo o projeto OOXML rume ao fracasso”.
O lançamento da edição 11 é um verdadeiro presente neste domingo de páscoa para a Comunidade BrOffice.org, que trabalha em equipe na elaboração da Revista BrOffice.org. Já disponível para leitura , a publicação tem mais uma novidade: será impressa e distribuída durante o IV Encontro Nacional BrOffice.org, tema central desta edição.
O planejamento desta edição da Revista BrOffice.org, que tem como premissa ser uma publicação temática, iniciou com um foco: dar ao leitor uma visão abrangente sobre o IV EnBrO. Mas, uma boa notícia impactou a comunidade: a Petrobras iniciou a implantação do BrOffice.org em 90 mil máquinas da entidade, contemplando cerca de 100 mil usuários. O assunto é tema de reportagem que a Revista BrOffice.org traz com exclusividade aos leitores.
Um júri federal no Texas ordenou que a Microsoft pague US$ 105,75 milhões à VirnetX por infringir duas patentes de comunicação via internet. São US$ 71,75 milhões pela violação de uma patente que cobre um método de criação de rede virtual privada entre dois computadores e US$ 34 milhões sobre o estabelecimento dessa rede usando um serviço de nome de domínio seguro.
O júri considerou que a violação foi intencional. O juiz ainda pode triplicar a pena contra a Microsoft.
“Acreditamos que a evidência mostrou que não infringimos nada e que as patentes são inválidas”, disse o porta-voz da Microsoft, Kevin Kutz, que classificou a reparação de danos ordenada de “legalmente e factualmente insustentável” e afirmou que a Microsoft pedirá ao tribunal que reveja a decisão.
A VirnetX acusou a Microsoft de violação de patentes em um processo aberto em abril de 2007, segundo os registros do tribunal.
SÃO PAULO – A Petrobras iniciou o processo de instalação do software de código aberto BrOffice em 90 mil computadores.
A estimativa da BrOffice.org é que o processo permita uma redução de pelo menos 40% nos gastos com aquisição de licenças de software proprietário. Segundo a Petrobras, o principal motivo da mudança foi econômico. A empresa também adotará o ODF como padrão interno de documentos. Como navegador, a Petrobras passou a usar o Firefox recentemente.
Cada setor terá a chance de avaliar se o software atende as suas necessidades e decidir se fica ou não com o BrOffice.
O programa de código aberto já é utilizado por outras grandes empresas como Banco do Brasil, Metrô de São Paulo, Itaipu e Serpro.
Seguindo a política de adoção de softwares livres do Banco do Brasil, a suíte de escritório BrOffice.org, que possui funções equivalentes ao MS Office, foi instalada em mais de 16 mil estações do Banco Nossa Caixa (BNC), possibilitando a abertura e edição de documentos no padrão aberto ODF. Agora, os funcionários das duas instituições podem transitar documentos e planilhas utilizando este formato, com 100% de interoperabilidade, independente do sistema operacional utilizado. Assim, o conglomerado BB inicia 2010 com mais de 125 mil instalações do BrOffice.org em suas estações de trabalho.
Além do BrOffice.org, o software livre ‘Squid’ está sendo utilizado para prover infraestrutura às impressões de documentos do Sistema de Informações do Banco do Brasil (SISBB), que está disponível nas estações de trabalho do BNC. Também já há na rede BB/BNC aproximadamente 1.000 terminais híbridos – que atendem clientes das duas instituições, rodando o sistema operacional GNU/Linux. A previsão é de que até junho sejam cerca de 4 mil terminais.
O trabalho de implantação de software livre no BNC está sendo realizado em conjunto pelas áreas de tecnologia do BB e do BNC. A implantação do software livre é um movimento estratégico para o Banco e alinhado com a política de uso de software livre do Governo Federal e com o Protocolo Brasília – documento assinado pelo BB e por vários outros órgãos em 2007 que sela o compromisso de promover e adotar o formato de documentos abertos ODF. A economia estimada em licenças com o uso de software livre pelo BB já ultrapassa R$ 100 milhões.
Foram disponibilizados links para novas apostilas do BrOffice.org e Guias do OpenOffice.org, nas versões 3.0 e 3.2. As apostilas são do Metrô de São Paulo e da OOo Authors.
31 Março 2010: DFD 2010 – Dia Mundial da Liberdade dos Documentos
Horário
15:00h às 18:00h
Local
Auditório da Celepar – Companhia de Informática do Paraná – Rua Mateus Leme, 1561 – Centro Cívico – Curitiba – PR
Vagas e Inscrições
200 vagas
Programação
Palestra: ODF OpenDocument Format: Padrão Aberto de Documento. Adotado pelo Governo do Paraná, Lei estadual 15742 ODF. Legislação, Projeto de Lei 3070/2008 Congresso Nacional. Protocolo Brasília ODF. Norma Brasileira NBR ISO 26300. Norma Internacional ISO 26300
Aos participantes serão distribuídos: Bóton, Adesivos, Guia Rápido BrOffice.org 3.2, Guia Rápido Firefox 3.6, Folder ODF, Folder Protocolo Brasília ODF e CD BrOffice.org 3.2
Sorteios de Camisetas do “Document Freedom Day”
Inscreva-se! É Grátis!
Para se inscrever, envie um e-mail para furusho(a)openoffice.org, com as seguites informações: assunto: DFD 2010, nome completo, empresa, e-mail, telefone, cidade, UF
O caminho continua a ser percorrido com naturalidade. Sim, porque é natural que o caminho seja tortuoso, inóspito, e muitas vezes, nos pareça intransponível. Aprendemos que sempre há uma saída. É o que demonstra o excelente artigo de Wallace Souza: uma saída para que possamos incluir o BrOffice.org nos planejamentos de cursos nas empresas estatais, públicas ou privadas.
Na seção Como Nós o destaque vai para o Grupo de Usuários BrOffice.org São Paulo com saídas para organizar Encontros Estaduais e mobilizar um grande número de usuários e instituições. Na reportagem de capa, boas notícias para o mercado de TI no Brasil e no mundo em 2010. Boa leitura!