Esclarecedor artigo de Jomar Silva, um dos representantes brasileiros no OASIS, sobre as revelações do Wikileaks a respeito das manobras da empresa para evitar que a ABNT adotasse o padrão ODF como norma para um padrão aberto de documentos.
Há alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano !
Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.
Demorou, mas saiu! A Revista BrOffice número 21 está disponível para download. Tivemos muitos problemas na comunidade, muitas mudanças bruscas de rumo que se refletiram na maneira como os textos deveriam sair. Alguns tiveram de ser refeitos do zero, alguns excluídos, mas finalmente, estamos com a edição saindo do forno hoje.
Essa edição traz algumas novidades. A primeira é que esta será a última edição sob o nome Revista BrOffice. A partir da próxima edição, a revista adotará a denominação de LibreOffice Magazine Brasil, com um novo projeto gráfico desenvolvido pelo nosso colega Hélio Ferreira. A segunda é a periodicidade, que retornará a ser bimestral. Fazer uma revista mensal demanda um grande trabalho e assumir um compromisso mensal com nossos leitores é uma responsabilidade muito grande. Para evitar problemas e honrar nosso compromisso, decidimos por essa medida de segurança.
A revista tem artigos interessantes: Um artigo de Fátima Conti comemorando os 20 anos do Linux. Cláudio Filho mostrando como a comunidade enfrentou o desafio de migrar do BrOffice para o LibreOffice. Wilkens Lenon fez uma reportagem completa sobre o Linux Libre, o Linux totalmente de acordo com as especificações da Free Software Foundation. Continuando a série sobre macros em Python, Julio César Melanda mostra como empacotá-las para distribuição. Bruno Gurgel nos dá uma aula sobre certificação digital. Também temos entrevistas com Paulo José e Florian Effenberger. Paulo José é designer no interior de Minas Gerais, e tem oferecido belas contribuições à Interface do Usuário (IU) e para a identidade visual do LibreOffice. Florian é membro fundador da TDF e membro do Comitê Gestor.
E temos uma grande novidade, que ainda não foi abordada: Nossa equipe teve o reconhecimento da TDF que utilizará nosso know-how como ponto de partida para a International LibreOffice Magazine, uma publicação em inglês, com moldes semelhantes ao da nossa revista brasileira, e que poderá tornar-se o embrião de diversas revistas regionais da comunidade LibreOffice.
Este é um momento especial e muito propício para iniciar sua participação na comunidade. Não seja tímido! Junte-se a nós nessa aventura. Mostre seus talentos e habilidades!, Contribua, faça amizades com pessoas do mundo todo. Colabore na maior comunidade internacional de software livre do planeta e desenvolva suas habilidades de trabalho em equipe, liderança, voluntariado, empreendedorismo e companheirismo. Por isso, essa edição também contém um roteiro de como você pode iniciar sua participação na comunidade e encontrar seu lugar.
É com muita satisfação que anunciamos o lançamento da nova versão do CoGrOO Comunidade, o portal colaborativo para aprimorar o CoGrOO!
O principal responsável pelo sucesso do projeto é a comunidade de usuários, pois, em cinco meses de existência, já superamos 90 membros cadastrados e mais de 200 amostras de textos enviadas. Esses textos são muito importantes para a melhoria do corretor gramatical.
Entre as novidades dessa versão, temos:
Uma interface mais fácil de usar, voltada à usabilidade
A possibilidade de mudança da senha
Um novo favicon
O envio de notificações de mudanças por e-mail
Feed RSS e um novo Twitter (@CoGrCom) para acompanhar o envio de textos e comentários
Um sistema de permissões de usuários, para que linguistas, desenvolvedores e demais usuários possam exercer suas habilidades plenamente
Diversas outras melhorias foram divulgadas nas redes sociais:
Movimentação do CoGrOO Comunidade no Twitter (@CoGrCom)
O CoGrOO Comunidade é um projeto de software livre, cujo desenvolvimento é conduzido por voluntários com o apoio do Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do IME/USP e da comunidade brasileira do LibreOffice.
Para essa versão, ainda, não podemos deixar de agradecer:
à Ana Paula Oliveira dos Santos, pela avaliação heurística de usabilidade, que nos conduziu aos diversos aprimoramentos que foram então desenvolvidos pelo Michel Oleynik;
ao CCSL, pelo apoio e infraestrutura, especialmente ao Beraldo Leal pela configuração do servidor; e
aos familiares, amigos e namoradas dos desenvolvedores, pela compreensão e paciência pelas muitas horas “livres” que eles dedicam a projetos de software livre.
Depois de um mês e meio de tanto sacrifício, luta, noites sem dormir, conflitos pessoais, porque acabamos assumindo, momentaneamente, responsabilidades muito além das nossas possibilidades por uma causa maior que acabam por afetar nossas famílias, nossas relações e nossa saúde, é com orgulho que informamos o lançamento da Edição 20 da Revista BrOffice.
Essa edição é histórica e marca a redenção e a completa renovação da Comunidade BrOffice.
Devido aos vários desentendimentos entre a comunidade BrOffice e a ONG BrOffice, e também, por causa das disputas internas da ONG, a comunidade decidiu criar um blog independente, desvinculado da ONG e de qualquer outra instituição.
O blog é aberto e a participação é opcional para qualquer integrante da comunidade BrOffice. Os atuais integrantes da comunidade podem, assim, ser contados e identificados para fins de mérito. cada participante cadastrado também pode deixar suas opiniões e impressões no blog, de forma que o espaço seja moderado apenas pela comunidade que o mantém.
Em primeiro lugar, quero dizer que o que vou descrever abaixo é a minha visão e, não necessariamente, reflete o pensamento da comunidade ou dos demais envolvidos. É a minha visão dos fatos.
Há alguns dias, as comunidades de software livre observam com atenção, e com uma certa angústia, os acontecimentos que criaram um cisma na comunidade BrOffice. A própria comunidade está dividida entre os que estão no olho do furacão e os que estão tentando entender o que está acontecendo.
Abaixo transcrevo o Press Release que, modestamente, fui eu quem traduzi para o portal oficial do BrOffice 😀
TDF lança o BrOffice 3.3
A primeira versão estável do pacote de programas de escritório livre está disponível para download
A The Document Foundation lança o BrOffice 3.3, a primeira versão estável do pacote de programas para escritório livre desenvolvido pela comunidade. Em menos de quatro meses, o número de desenvolvedores trabalhando no BrOffice cresceu de menos de vinte no final de Setembro de 2010, para bem mais de uma centena hoje. A chegada de novos colaboradores, vindos de toda parte do mundo, acelerou o processo, apesar da agressiva agenda definida para o projeto.
O BrOffice 3.3 traz várias funcionalidades novas e originais, mas não é só isso; trata-se de uma conquista significativa por várias razões:
– a comunidade de desenvolvedores foi capaz de construir seu próprio processo de maneira independente, se estabelecer e começar a funcionar em um espaço de tempo muito curto (no que diz respeito ao tamanho do código básico e às fortes ambições do projeto);
– graças ao grande número de novas contribuições, através de desenvolvedores atraídos para o projeto, o código fonte sofreu uma limpeza rápida para oferecer uma base melhor para o futuro desenvolvimento do BrOffice;
– o instalador do Windows, que atinge a maior e mais diversificada base de usuários, foi integrada num pacote simples contendo todos os idiomas, reduzindo, assim, o tamanho do download de 75 para 11GB, tornando mais fácil para nós disponibilizar novas versões mais rapidamente e reduzindo a pegada de carbono de toda a infraestrutura.
Caolán McNamara da RedHat, um dos líderes da comunidade de desenvolvedores, disse: “Estamos animados: é nossa primeira versão estável, e portanto estamos ansiosos pelo retorno dos usuários, que será integrado tão logo seja possível, dentro do código, com as primeiras melhorias sendo liberadas em Fevereiro. A partir de Março, migraremos para uma agenda de versões baseada em tempo real, previsível transparente e pública, de acordo com o desejo do Comitê Gestor de Engenharia e com as solicitações dos usuários”. O roteiro de desenvolvimento do BrOffice está disponível em http://wiki.documentfoundation.org/ReleasePlan.
O BrOffice 3.3 traz várias funcionalidades exclusivas. As 10 mais populares entre os membros da comunidade são, não necessariamente nessa ordem: a capacidade de importar e manipular arquivos SVG; Facilidade para formatar páginas de título e a paginação no Writer; Uma ferramenta de navegação mais útil para o Writer; ergonomia melhorada no Calc para o gerenciamento de planilhas e células; e filtros de importação para documentos do Microsoft Works e do Lotus Word Pro. Além disso, várias ótimas extensões estão agora incorporadas, oferecendo importação de arquivos PDF, um painel de apresentação de slides, um assistente de relatório melhorado e muito mais. Uma lista mais completa e detalhada de todas as novas funcionalidades oferecidas pelo LibreOffice 3.3 está disponível na seguinte página da internet: http://www.libreoffice.org/download/new-features-and-fixes/.
O BrOffice 3.3 também oferece todas as novas funcionalidades do OpenOffice.org 3.3, tais como manipulação de novas propriedades personalizadas; incorporação de fontes PDF padrão em documentos PDF; nova fonte Liberation Narrow; proteção melhorada em documentos do Writer e do Calc; dígitos decimais automáticos para o formato “Geral” no Calc; 1 milhão de linhas em uma planilha; novas opções para a importação de arquivos CSV no Calc; inserção de objetos nas planilhas; rótulos hierárquicos para o eixo de rótulos nos gráficos; manipulação do layout dos slides melhorado no Impress; uma nova interface de impressão fácil de usar; mais opções para alteração de capitalização; e abas coloridas para as planilhas no Calc. Muitas dessas novas funcionalidades foram contribuições de membros da equipe do BrOffice anteriores à formação da TDF.
Os desenvolvedores do BrOffice se encontrarão na FOSDEM, em Bruxelas, em 5 e 6 de fevereiro, e apresentarão seus trabalhos em um workshop de um dia, em 6 de fevereiro, com palestras e seções de desenvolvimento de código coordenadas por vários membros do projeto.
O site da TDF está em http://documentfoundation.org. O site do BrOffice está em http://pt-br.libreoffice.org/, onde a página de download foi redesenhada pela comunidade para ser mais amigável.
*** Sobre a The Document Foundation
A TDF tem a missão de facilitar a evolução da Comunidade do OOo em uma organização nova, aberta, independente, e meritocrática nos próximos meses. Uma Fundação Independente é um reflexo melhor dos valores dos nossos contribuidores, usuários e apoiadores, e permitirá uma comunidade mais efetiva, eficiente e transparente. A TDF protegerá os investimentos já feitos através do aproveitamento das conquistas da primeira década, incentivará a larga participação dentro da comunidade, e coordenará as atividades na comunidade.
*** Contato com a TDF no Brasil
Olivier Hallot (Brasil)
Celular: +55 21 88228812 – E-mail: olivier.hallot@documentfoundation.org
Com apoio de gigantes da Tecnologia da Informação, líderes mundiais do projeto OpenOffice.org passam a desenvolver a suíte de forma independente. BrOffice.org – Projeto Brasil faz parte da fundação.
A comunidade de voluntários que desenvolve e promove o OpenOffice.org, a suíte de escritório livre líder do mercado, anuncia uma grande mudança na estrutura do projeto. Depois de 10 anos de sucesso com a Sun Microsystems como fundadora e principal patrocinadora, o projeto lança uma fundação independente chamada “The Document Foundation” (TDF). A Fundação escolheu a marca LibreOffice, internacionalmente, como uma alternativa ao OpenOffice.org e vai coordenar e supervisionar o desenvolvimento do software.
O objetivo é ter maior independência na decisão sobre os rumos do projeto internacional, alinhando-o às necessidades de instituições e pessoas que já usam o aplicativo. Já os usuários brasileiros continuarão utilizando o BrOffice.org, cuja marca permanecerá a mesma. Ao integrar-se no esforço de desenvolvimento da The Document Foundation, o projeto brasileiro continua com o mesmo foco: desenvolver o melhor pacote de aplicativos livre para o Brasil.
Uma versão beta, baseada no OpenOffice.org 3.3, com alguns acréscimos, já está disponível para download no site: http://www.libreoffice.org. Desenvolvedores serão convidados a participar do projeto e a contribuir com desenvolvimento do código fonte, bem como tradução, teste, documentação e suporte.
A Oracle, que permaneceu com os ativos do OpenOffice.org, em consequência da compra da Sun Microsystems, foi convidada a participar da nova Fundação, e a doar a marca para a comunidade. Enquanto a The Document Foundation aguarda essa decisão, a marca a ser adotada é “LibreOffice”. A fundação contará com apoios de gigantes mundiais de TI, como a Canonical, Google, Novell, Red Hat e Open Source Initiative.
Analisando o histórico das suítes (conjunto de programas) de escritórios disponíveis hoje no mercado mundial, o BrOffice.org vem se destacando nos últimos 10 anos como uma das alternativas eficientes no mercado, e com um grande diferencial, sem custo para o usuário. BrOffice.org, a versão nacional do OpenOffice.org, em sua última versão 3.2, que pode ser descarregado através do site http://www.broffice.org, tem evoluído em forma, conteúdo, importando documentos do Microsoft Office e possibilitando um ganho de produtividade. Tem a inicialização mais rápida entre as suítes existentes, suporta o formato de documento totalmente aberto (ODF) e lida com a maioria dos formatos proprietários com facilidade. Segundo análise estatística, sobre visitantes de 20 países, o OpenOffice.org possui uma fatia superior a 20% na Alemanha, Polônia e República Tcheca, e acima de 15% em Espanha, Itália e França. No Brasil fica em torno de 8%, com o BrOffice. Nos Estados Unidos, com apenas 9%. Canadá tem 11% de participação. Com o BrOffice.org 3.2, lançado em fevereiro, outro número surpreende: mais de 50% desses registros foram contabilizados a partir da disponibilização da versão 3.0, em outubro de 2008. De lá para cá, foram 2,6 milhões de downloads do aplicativo. Nos dias de hoje, já superou a casa dos 5 milhões de downloads.
Muitas pessoas têm a ilusão de que a Microsoft está na liderança do mercado porque é competente e tem bons produtos. Essa é uma visão distorcida, típica das pessoas que “pegaram o bonde da tecnologia andando”, e que desconhecem a história. Pessoas que, como eu, estão na área de TI há mais de 20 anos, viveram a história e viram como e por que certas coisas aconteceram, e o mercado de informática tem a cara que tem hoje. Não temos essa ilusão, e vemos o software livre de uma forma muito simpática… Pelo menos a maioria de nós.
O texto abaixo de Rob Wier, lança um pouco de luz na história das aplicações e dos sistemas operacionais, que pode ajudar, a quem esteja interessado em saber, a entender porque os defensores do software livre são tão apaixonados pela sua causa. Como se diz popularmente: “gato escaldado tem medo de água fria”.
Há exatamente cinco anos atrás, em 1 de maio de 2005, o OASIS aprovou o formato aberto de documentos 1.0 (Open Document Format – ODF 1.0) como padrão OASIS. Eu gostaria de dedicar uns poucos e breves minutos para refletir sobre esse marco, mas apenas isso. Estamos ocupados no trabalho no OASIS fazendo os últimos ajustes no ODF 1.2. Estamos nas últimas semanas da revisão que tem “todas as mãos na massa” para que possamos entregar as questões pendentes, dessa forma, podemos enviá-la para a revisão pública final. Mas espero que eu possa ser desculpado por um pequeno desvio para comemorar esse aniversário.
A Petrobras deu mais um importante passo na adoção de software livre com a assinatura do Protocolo Público de Intenção Para Adoção de Formatos Abertos de Documentos.
O documento, conhecido como Protocolo de Brasília, tem o intuito de firmar compromisso entre as organizações ligadas ao Governo Federal para a utilização do formato ODF (Formato Aberto de Documentos) como padrão de documentos internos e para a troca com demais signatários do protocolo. Para a TIC (Tecnologia da Informação e Telecomunicações), foi a confirmação do caminho que vem sendo trilhado com as adoções do Firefox e BrOffice.org.
”Um dos vetores é termos uma alternativa robusta para seguir por um caminho livre, com menor dependência de fornecedores. Essa iniciativa deveria abranger não apenas as empresas ligadas ao Governo, mas a própria iniciativa privada brasileira”, acredita o Gerente Executivo José Carlos da Fonseca.
Também já assinaram o protocolo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, os Correios e o SERPRO, entre outros. “Estiveram presentes à assinatura do protocolo (da esquerda para direita): Marcelo Estellita, Gerente Geral de Infraestrutura de TIC; José Carlos da Fonseca, Gerente Executivo de TIC; Paulo Maia da Costa, da Caixa Econômica Federal; e Antonio Carlos de Faria, Gerente de Serviços de Computação Distribuída.”
Colaboração: Rubens Queiroz de Almeida
Data de Publicação: 06 de abril de 2010
Fazendo uma pesquisa sobre o formato RTF, descobri diversas coisas interessantes. Na disputa entre a Novell e a Microsoft, relativa às práticas desleais adotadas pela Microsoft para tirar o Wordperfect da liderança no mercado de editores de texto, é bastante educativo aprender como, através do uso de um formato supostamente aberto, o RTF, a Microsoft conseguiu desbancar o Wordperfect da liderança de mercado.
Um júri federal no Texas ordenou que a Microsoft pague US$ 105,75 milhões à VirnetX por infringir duas patentes de comunicação via internet. São US$ 71,75 milhões pela violação de uma patente que cobre um método de criação de rede virtual privada entre dois computadores e US$ 34 milhões sobre o estabelecimento dessa rede usando um serviço de nome de domínio seguro.
O júri considerou que a violação foi intencional. O juiz ainda pode triplicar a pena contra a Microsoft.
“Acreditamos que a evidência mostrou que não infringimos nada e que as patentes são inválidas”, disse o porta-voz da Microsoft, Kevin Kutz, que classificou a reparação de danos ordenada de “legalmente e factualmente insustentável” e afirmou que a Microsoft pedirá ao tribunal que reveja a decisão.
A VirnetX acusou a Microsoft de violação de patentes em um processo aberto em abril de 2007, segundo os registros do tribunal.
SÃO PAULO – A Petrobras iniciou o processo de instalação do software de código aberto BrOffice em 90 mil computadores.
A estimativa da BrOffice.org é que o processo permita uma redução de pelo menos 40% nos gastos com aquisição de licenças de software proprietário. Segundo a Petrobras, o principal motivo da mudança foi econômico. A empresa também adotará o ODF como padrão interno de documentos. Como navegador, a Petrobras passou a usar o Firefox recentemente.
Cada setor terá a chance de avaliar se o software atende as suas necessidades e decidir se fica ou não com o BrOffice.
O programa de código aberto já é utilizado por outras grandes empresas como Banco do Brasil, Metrô de São Paulo, Itaipu e Serpro.
Seguindo a política de adoção de softwares livres do Banco do Brasil, a suíte de escritório BrOffice.org, que possui funções equivalentes ao MS Office, foi instalada em mais de 16 mil estações do Banco Nossa Caixa (BNC), possibilitando a abertura e edição de documentos no padrão aberto ODF. Agora, os funcionários das duas instituições podem transitar documentos e planilhas utilizando este formato, com 100% de interoperabilidade, independente do sistema operacional utilizado. Assim, o conglomerado BB inicia 2010 com mais de 125 mil instalações do BrOffice.org em suas estações de trabalho.
Além do BrOffice.org, o software livre ‘Squid’ está sendo utilizado para prover infraestrutura às impressões de documentos do Sistema de Informações do Banco do Brasil (SISBB), que está disponível nas estações de trabalho do BNC. Também já há na rede BB/BNC aproximadamente 1.000 terminais híbridos – que atendem clientes das duas instituições, rodando o sistema operacional GNU/Linux. A previsão é de que até junho sejam cerca de 4 mil terminais.
O trabalho de implantação de software livre no BNC está sendo realizado em conjunto pelas áreas de tecnologia do BB e do BNC. A implantação do software livre é um movimento estratégico para o Banco e alinhado com a política de uso de software livre do Governo Federal e com o Protocolo Brasília – documento assinado pelo BB e por vários outros órgãos em 2007 que sela o compromisso de promover e adotar o formato de documentos abertos ODF. A economia estimada em licenças com o uso de software livre pelo BB já ultrapassa R$ 100 milhões.
::Da redação* ::Convergência Digital:: 22/02/2010Ao completar 10 anos de projeto nacional, o primeiro levantamento estatístico entusiasma a comunidade de usuários e desenvolvedores do aplicativo brasileiro: Cinco milhões de downloads. O número de usuários BrOffice.org no Brasil, entretanto, é bem maior, já que a equipe iniciou a contagem de pacotes baixados de seu servidor e espelhos oficiais em 2006, quando foi lançada a versão 2.0.
Com o BrOffice.org 3.2 lançado em fevereiro, outro número surpreende: mais de 50% desses registros foram contabilizados a partir da disponibilização da versão 3.0, em outubro de 2008. De lá para cá, foram 2,6 milhões de downloads do aplicativo.
O líder da comunidade e presidente da Oscip BrOffice.org, Claudio Ferreira Filho, explica que os números de usuários são ainda mais impressionantes, já que muitas pessoas utilizam o mesmo arquivo para instalar a suíte de escritório em mais de um computador. Além disso, não entram na estatística downloads feitos a partir de sites que não apontam para o servidor do BrOffice.org, de instalações feita por integradores (atacadistas de informática), de espelhos não oficiais, e a partir de CDs de instalação.
“É praticamente impossível mensurar o número exato de usuários, mas estimamos que seja pelo menos três vezes maior”, diz.
Ao creditar o mérito a toda equipe que trabalha no desenvolvimento e aperfeiçoamento do aplicativo, Ferreira Filho enfatiza: “Isso demonstra a consolidação do projeto no País e a credibilidade construída junto aos usuários e empresas que adotam o BrOffice.org”. Para ele, a estatística reforça também a tendência mundial no que se refere à adoção de Software Livre por usuários domésticos e empresas.
O Go-OO é uma customização da suíte de aplicativos OpenOffice feita pela Novell (parece que o pacto com o cape… digo Microsoft deu certos frutos) que faz com que os aplicativos suportem várias funções do Microsoft Office.
O Go-oo tem filtros de importação do formato OpenXML e vai importar seus arquivos do Microsoft Works. Comparado com o OpenOffice.org, ele tem um suporte ao formato de arquivos binários da Microsoft (com suporte a campos), e importará perfeitamente gráficos do WordPerfect. Se você precisar executar macros em VBA do Excel, o Go-OO oferece a melhor fidelidade às macros também. Se você espera que suas planilhas de cálculo sejam compatíveis, ou possam conter diagramas feitos no Visio, você vai querer usar o Go-OO.
É um mistério. Depois da Microsoft ter empurrado goela abaixo das comissões normalizadoras dos países o OOXML, através de práticas, no mínimo suspeitas, de “convencimento” de certas autoridades da ISO, aprovando a norma ISO/IEC 29500:2008, a empresa é obrigada a não vender o editor de textos Word nos EUA porque infringiu patentes de uma outra empresa (o feitiço começa a se voltar contra os feiticeiros). Estou imaginando o que será do OOXML se a Microsoft perder em definitivo o direito de utilizar o formato em seus produtos.
Jolicloud tem forte integração com redes sociais e aplicativos da “Web 2.0”
Geek
Por Antonio Blanc
Após meses de silêncio, a Jolicloud (jolicloud.com) começou a divulgar mais detalhes sobre o Jolicloud OS, um sistema operacional baseado em Linux otimizado para netbooks. Assim como o Moblin ou o Ubuntu Netbook Remix, o objetivo do Jolicloud é facilitar as tarefas do dia-a-dia na máquina, através de uma interface gráfica projetada para tirar melhor proveito de telas pequenas e forte integração com a web e redes sociais.
É com satisfação que finalizamos a edição 09 da nossa revista que traz além das dicas e tutorial, um momento de reflexão com o artigo de Fernando H. Leme mostrando as vantagens da migração para software livre e BrOffice.org em órgãos públicos. Na reportagem principal, Rochele Prass nos traz informações precisas e atuais dos municípios brasileiros que passaram por migração recente para software livre e BrOffice.org, além de análises, gráficos e entrevista que não deixam dúvidas sobre a importância e aceitação da suite BrOffice.org nas instituições brasileiras que em muitos casos passam primeiro pelo BrOffice.org antes de fazer uma migração total. Na seção Como Nós, Willian Colen faz um breve relato histórico e atualiza o processo de produção do CoGroo.
Gostaria de agradecer imensamente o esforço de todos para que conseguissemos manter os prazos e espero continuar contando com a prestimosa ajuda nas edições seguintes.
Experimente um momento de reflexão com o excelente artigo de Fernando H. Leme mostrando as vantagens da migração para software livre e BrOffice.org em órgãos públicos. Na reportagem principal, Rochele Prass nos traz informações precisas e atuais dos municípios brasileiros que passaram por migração recente para software livre e BrOffice.org, além de análises, gráficos e entrevista que não deixam dúvidas sobre a importância e aceitação da suite BrOffice.org nas instituições brasileiras que em muitos casos passam primeiro pelo BrOffice.org antes de fazer uma migração total. Na seção Como Nós, Willian Colen faz um breve relato histórico e atualiza o processo de produção do CoGroo. E ainda, dicas e tutorial para o leitor que quer se aprofundar no uso diário do BrOffice.org. Boa leitura!
Já participei de vários projetos de utilização do BrOffice é um dos principais
problemas é a questão do suporte.
Muitas instituições apenas instalam o programa e deixam o usuário
abandonado. Outras dão algum tipo de treinamento, mas depois deixam os
usuários sem nenhum auxílio, achando que ter treinado resolve tudo. Algumas
poucas se preocupam com o suporte por algum tempo e depois também deixam os
usuários de lado.
Como sofro muito ao ver esta situação, tomei a iniciativa de criar uma Barra
de Ferramentas Comunitária que possui uma série de recursos podem auxiliar em
muito os administradores de sistemas que estão vivenciando o uso do BrOffice
em suas instituições. O propósito não é substituir o suporte, mas dar aos
usuários mais uma fonte de ajuda num caso de necessidade.
Ela funciona nos principais navegadores utilizados (IE, Firefox e Safari)
e possui recursos como:
– Twitters sobre OpenOffice e BrOffice
– Links úteis de sites com informações, apostilas e sites com dicas
– Notícias sobre tecnologia
– Chat Online com A comunidade BrOffice para tirar dúvidas online
Outros recursos podem ser adicionados e os que já estão podem ser
modificados. Espero que dêem suas sugestões.
Espero muito ver toda a comunidade participando. Sempre que a comunidade se
engaja as coisas vão para frente.
Instalem a barra em todo os computadores de sua instituição e incentivem os
usuários a recorrerem a ela caso precisem.
O Chat Online é o principal recurso disponível e espero que todos ajudem.
Esse post é para aqueles que insistem em agir como a “turma do deixa disso”, sempre entrando em discussões com expressões do tipo “não entendo todo esse ódio à Microsoft” ou “o melhor software é aquele que mais gostamos”. Isso é pra mostrar que nenhuma grande empresa, principalmente se for monopolista no seu ramo de atividades, é boazinha ou está preocupada com seus clientes, aos quais chama de “consumidores”. O objetivo de todas elas, sem excessão, é o lucro a qualquer preço e ilude-se quem defende essas empresas apaixonadamente, sem conhecimento dos fatos.
Este também é um post para os que lutam por uma sociedade mais justa e mais humana, que tenha por objetivo o desenvolvimento humano e a valorização das pessoas, em detrimento do poder econômico.