Esclarecedor artigo de Jomar Silva, um dos representantes brasileiros no OASIS, sobre as revelações do Wikileaks a respeito das manobras da empresa para evitar que a ABNT adotasse o padrão ODF como norma para um padrão aberto de documentos.
Há alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano !
Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.
Wikileaks: Microsoft recorreu à diplomacia americana para barrar a adoção do ODF no Brasil.
06/09/2011
Entre 2007 e 2008 houve uma disputa, no Brasil, em torno de qual formato de documentos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) iria adotar como norma para os documentos eletrônicos no país. De um lado da disputa estava o padrão ODF (Open Document Format), um formato aberto e público. Do outro, o padrão OXML, proposto pela Microsoft para garantir a compatibilidade com os formatos anteriores usados por seus programas, como o Word e o Excel.
A ABNT escolheu o ODF e a versão final da tradução da norma ISO/IEC 26300 foi aprovada em 2008. Esta aprovação era o último passo para a adoção do ODF como Norma Brasileira. Antes disso, porém houve uma enorme briga de bastidores na qual a Microsoft tentou fazer prevalecer seu padrão. Um dos 251 mil despachos das embaixadas americanas em todo o mundo, vazados pelo Wikileaks, mostra como o presidente da Microsoft, Michel Levy, recorreu ao embaixador americano no Brasil e argumentou em favor de sua posição, acusando o governo brasileiro de ser “anti-americano” e contrário à propriedade intelectual e os royalties.
Outro dia, almoçava com um amigo que me perguntou:- Como vão as coisas com o ODF aqui no Brasil? Parece que estão meio paradas…
Realmente, o assunto “padrão aberto de documentos” saiu do noticiário da mídia especializada, embora continue muito importante.
A cada dia, geramos mais e mais documentos eletrônicos. Provavelmente, nos próximos cinco anos geraremos tantos documentos digitais quantos foram gerados nos últimos 25 ou 30 anos. Adotar um padrão aberto para documentos é essencial para governos. Governos precisam compartilhar informações entre os seus diversos órgãos sem ter que se preocupar com incompatibilidades entre os formatos de documentos. Os governos tem que garantir a integridade e perpetuidade dos seus documentos, que são a memória da nação, mesmo após o software que o criou ter desaparecido do mercado. Documentos podem existir por dezenas ou centenas de anos. O mesmo não deverá acontecer com os softwares que compõem uma suíte de escritório. A adoção de um padrão aberto, baseado em XML, garante que mesmo sem o software original, o documento continuará sendo acessado. Além disso, os governos também tem que garantir que uma informação pública seja acessada por qualquer produto de software, sem impor aos cidadãos a obrigatoriedade de uso de um determinado software.
Mas o que é um padrão aberto? É um padrão independente de fornecedor (não pode ser controlado por nenhuma empresa ou pessoa), publicado de forma aberta, sem restrições de licenciamento e pagamentos de royalties, não aprisionando o usuário a uma única plataforma.
Um padrão aberto é fundamental para o nosso mundo globalizado e interligado. Os países, empresas e os cidadãos interoperam uns com os outros e, para que esta interoperabilidade aconteça. é absolutamente necessário que todos estejam de acordo com a forma desta interoperabilidade ocorrer. Ou seja, quanto mais padronizados forem os mecanismos de interoperabilidade, menos esforço vai demandar para criarmos interfaces de interoperação e mais rápida e ágil ocorrerá a comunicação. Simples assim. Aliás, sem padrões abertos simplesmente não teríamos a Internet!
Padrões abertos tornam possível que quaisquer empresas, cidadãos e países se plugem no mundo globalizado. Com padrões abertos, produtores podem colaborar e cooperar nos interfaces e inovar e competir em outras funcionalidades. Por outro lado, padrões proprietários criam barreiras econômicas, pois exigindo pagamento de royalties (e muitas vezes um padrão proprietário embute diversas tecnologias patenteadas, com royalties acumulados), encarecem os produtos e dificultam a competitividade.
Neste contexto, muitos governos já adotaram ou estão em via de adotar o ODF (Open Document Format) como seu padrão aberto de documentos. Mas ainda vemos muita confusão e desinformação sobre esta questão, principalmente pelo surgimento de um padrão alternativo, o OpenXML, proposto pela Microsoft.
Este padrão foi proposto inicialmente como uma forma de preservar o espaço criado pelos formatos proprietários da suite Office, diante das demandas dos governos por padrões abertos, que começavam a voltar sua atenção ao ODF. Para tornar o OpenXML aberto, seria fundamental que ele fosse aceito pela ISO (Organização Internacional de Padrões). Depois de muitos debates e discussões, cujo histórico pode ser visto na coletânea de posts sobre o assunto em http://www.smashwords.com/books/view/2969, a Microsoft concordou em criar duas classes de conformidade. Uma delas, chamada de “Transitional”, incluia componentes que dependiam diretamente de recursos disponíveis exclusivamente no sistema Windows, e que seria adotada como meio de facilitar a transição dos documentos legados, em formato proprietário, para o padrão aberto. Esta classe de conformidade deveria ser usada, portanto, apenas para a migração e não para a criação de novos documentos. A outra classe, “Strict”, satisfazia as demandas da ISO e o OpenXML, foi então aprovada como padrão aberto pela entidade, como ISO/IEC 29500, em março de 2008.
Mas como estão as coisas agora, em 2010? O ODF está sendo adotado por governos de vários países do mundo, inclusive Brasil. O OpenXML, por sua vez, é implementado por um conjunto de versões diferentes, o que gera incompatibilidade e riscos de preservação e acessos futuros aos documentos. Vejamos:
a) A versão originalmente proposta do OpenXML, chamada de Ecma 376, foi rejeitada pela ISO. É uma versão que contém muitos componentes altamente dependentes do Windows e portanto não pôde se considerada um padrão aberto. O usuário desta versão está preso ao Office da Microsoft.
b) A versão “Transitional” não deve ser usada para gerar novos documentos e é interessante que nem mesmo os produtos Office 2007 e 2010 da Microsoft conseguiram implementar todas as especificações desta versão. Aliás, o Office 2010 implementa uma versão extendida do “Transitional”, com extensões proprietárias que não estão incluídas nas especificações aprovadas pela ISO.
c) A “Strict” é a que deve ser usada para gerar novos documentos. Mas nem mesmo o Office 2010 consegue gravar arquivos nesta versão. Na prática, ao não implementar a “Strict” e criar extensões proprietárias à “Transitional”, a Microsoft mantém sua estratégia de padrão fechado, embora agora com uma camada de verniz para ser chamado de “aberto”.
Muito bem, voltando à pergunta original, minha recomendação é que as empresas e governos continuem adotando o padrão ODF e fiquem alertas para não adotarem o OpenXML em uma versão que não seja a “Strict”.
Tema central, The Document Foundation e LibreOffice
A comunidade BrOffice.org lançou nesta quarta-feira, 13, mais uma edição da publicação institucional. A revista aborda no tema de capa os bastidores do lançamento da The Document Foundation, uma fundação sem fins lucrativos cujo objetivo é continuar o desenvolvimento do OpenOffice.org, agora LibreOffice, norteado pelos princípios de liberdade inicial do projeto.
“Planejamos esta edição com o objetivo de comemorar os 10 anos desta suíte de escritórios líder no mercado entre as opções livres. Entretanto alguns acontecimentos forçaram uma mudança de estratégia e o foco principal da edição passou a ser a The Document Foundation e o LibreOffice”, explica Luiz Oliveira, editor da revista.
A edição 15 da Revista BrOffice.org traz ainda uma tradução do manifesto mundial lançado hoje pela TDF, lançando um olhar para os próximos 10 anos
no desenvolvimento e amadurecimento do LibreOffice. Vários depoimentos de personalidades e empresas ao redor do mundo dão as boas vindas para a TDF. A revista traz também um excelente tutorial de instalação da versão Beta do LibreOffice em ambiente Linux com uma análise das principais novidades da suíte. Não deixe de ler, não deixe de participar da revista. Dúvidas, críticas e sugestões: contato(a)revistabroffice.org
Assim que foi anunciada a criação da Document Foundation e a criação do LibreOffice, começaram a pipocar nas listas relacionadas ao OpenOffice.org/BrOffice.org links para download dos pacotes para a instalação do LibreOffice 3.3 Beta, que seria a versão 3.3 do OpenOffice.org, com o novo nome.
A Oracle deseja o melhor para o LibreOffice, mas não vai cooperar diretamente
A Oracle disse que não trabalhará diretamente com a Document Foundation e o LibreOffice, fork do pacote OpenOffice.org. Em um e-mail do responsável pelas relações públicas da Oracle para Steven J. Vaughn-Nichols da ComputerWorld, a emprsa disse que acredita que o OpenOffice.org é a implementação mais avançada e com recursos mais ricos e incentiva a comunidade do OpenOffice a contribuir diretamente com ele.
A Oracle disse que a capacidade de qualquer um fazer um fork do código constiui-se na “beleza do código aberto” e acrescentou que se a Document Foundation “ajudará no avanço do OpenOffice e do Open Document Format (ODF), nós lhes desejamos o melhor”. A não participação da Oracle na Document Foundation significa que a marca OpenOffice ficará com a versão da Oracle do pacote de escritório. Também parece inevitável que o LibreOffice comece a se diferenciar do OpenOffice da Oracle tão logo o desenvolvimento comece.
A revista aborda no tema de capa a exigência de conhecimentos sobre BrOffice.org em concursos públicos. Reportagem traz a visão de especialistas sobre a construção de uma carreira no setor público e mostra como os candidatos podem se preparar para as provas, com dicas de estudos e análise de questões que já caíram em concurso. Além disso, para auxiliar os leitores que procuram uma colocação no mercado de trabalho, a seção “Escritório Aberto” disponibiliza para download, gratuitamente, uma série de modelos de documentos. Além de muitas dicas e tutoriais feitas por quem entende do assunto. Boa leitura! Participe: envie críticas e sugestões para revista(a)broffice.org.
Hoje tive a oportunidade de ver o poder da comunidade de Software Livre e da postura concomitante com essa comunidade.
No meu trabalho na SMEC de Rio Grande tive de criar algumas planilhas enormes usando o Calc do OpenOffice. São arquivos com cerca de 70 planilhas, e cada um deles tem umas 37 lâminas A4. Acontece que ao gerar o PDF, que é realmente o que vai ser usado, apareciam quase 2000 páginas em branco que não deviam estar lá. Ou seja, além do que deveria aparecer, aparecia mais coisa ainda, inútil.
Esse era um dos problemas que me tiravam o sono. O outro era criar gráficos de barras com as porcentagens aparecendo na ponta da barra. Quem usa Excel faz isso facilmente. Mas eu não sabia como fazer no Calc.
É muito ruim não saber como resolver alguma coisa. E é pior ouvir de quem usa Excel que nele é tão fácil…
Bom, pra encurtar o assunto, eu tinha esses dois problemas REAIS que tiravam a qualidade do meu TRABALHO na SMEC de Rio Grande. Isso me causava quase dor física. É muito, mas muito chato mesmo não entregar algo tão bom quanto os outros esperam. Principalmente se os OUTROS são os teus chefes ou chefas
Esse texto foi extraído da Intranet da empresa onde trabalho e foi enviado por Roberson Cesar Alves de Araujo [roberson] em 28/07/2010 – 14:49. O texto teve algumas linhas modificadas para atualização e correção ortográfica e gramatical.
Dicas IMPORTANTES BrOffice / MSOffice
Em minha empresa, sempre surgem problemas com formatos de arquivos do MS-Office e do BrOffice. Qual a forma correta de tratar essa questão ?
Esta questão requer um embasamento conceitual, afim de evitar o simples “adestramento”, infelizmente, tão comum entre os usuários de sistemas informatizados. Todos os conceitos abaixo se referem ao Microsoft Office até a versão 2003. A versão 2007 mudou completamente o seu formato de arquivos, como é de praxe ocorrer entre as diferentes versões deste software por questões mercadológicas (forçar o usuário a mudar de versão).
Formato de arquivos BrOffice.org x MS-Office
Um formato de arquivo eletrônico especifica como são organizados internamente os dados (texto, figuras, tabelas, etc) e as instruções de como recuperá-las, afim de possibilitar sua exibição em um monitor de vídeo, ou enviar para uma impressora.
Padrões fechados x padrões abertos
Este formato pode ser exclusivo e considerado “segredo” de um fornecedor, ou pode ser aberto, seguindo padrões internacionais, como as normas da ISO. Continue lendo »
A edição número 13 da Revista BrOffice.org foi lançada nesta terça-feira, 13. O assunto que é o centro das atenções do universo tecnológico é também tema central da publicação: O Fórum Internacional do Software Livre, o fisl11, que acontece de 21 a 24 de julho em Porto Alegre. A Revista BrOffice.org também inaugura, nesta edição, a modalidade de dicas curtas. Com um formato de texto reduzido, o objetivo é levar aos leitores pequenas doses de conhecimento sobre as funcionalidades da suíte de escritório, a fim de tornar o dia a dia dos usuários mais produtivo. Faça download aqui do arquivo em *.pdf
“Destacamos o fisl, através de uma reportagem vasta sobre o evento e o signficado do software livre, porque o fórum é um marco importante na história da comunidade BrOffice.org”, dizem os editores da Revista, ao explicar que durante o fisl6 foi assinada a ata de fundação da ONG brasileira que dá apoio ao projeto internacional da suíte de escritórios de código aberto.
Além de várias dicas e tutoriais voltados para as dúvidas mais comuns dos usuários, a Revista BrOffice.org 13 faz uma viagem no tempo para falar sobre os padrões de teclado. A sociedade moderna se acostumou a consumir e a produzir conteúdo de distribuição em massa. Porém, por trás da democratização do conhecimento e facilidade, dada em grande parte pelas suítes de escritório, existe uma evolução tecnológica e muitas heranças.
Promoção:
A edição 13 também traz uma promoção aos leitores, que são incentivados a colaborar com a publicação. As primeiras cinco pessoas que enviarem dicas curtas sobre o aplicativo para a revista podem ganhar uma camiseta do fisl11. O brinde deve ser retirado durante o evento no estande do BrOffice.org na Mostra de Soluções e Negócios Livres do fórum. As regras estão publicadas na seção Carta do Leitor da Revista BrOffice.org
Total de downloads desde que o OpenOffice.org 3.2 foi anunciado
O OpenOffice.org 3.2 foi anunciado em 11 de Fevereiro de 2010 e esta é a versão estável atual.
30.061.864
Total de downloads do OpenOffice.org 3.1
Este contador mostra todos os downloads do sítio OpenOffice.org entre o lançamento do OpenOffice.org 3.1 em 7 de Maio de 2009 e o lançamento do OpenOffice.org 3.2 em 11de Fevereiro de 2010.
64.835.560
Total de downloads do OpenOffice.org 3.0
Este contador mostra todos os downloads do sítio OpenOffice.org entre o lançamento do OpenOffice.org 3.0 em 13 de Outubro de 2008 e o lançamento do OpenOffice.org 3.1 em 7 de Maio de 2009.
59.903.711
Tendência dos downloads nos últimos 28 dias
Downloads por plataforma nos últimos 28 dias
Faça seus próprios gráficos!
Se você não gostou desses gráficos, você pode gerar os seus próprios utilizando o Query Generator hospedado pela Good-Day Inc.
Mais de seis meses após o lançamento do 2.1, os desenvolvedores da suíte open source KOffice anunciaram o lançamento da sua versão 2. 2. KOffice é composto pelo processador de texto KWord, pela planilh a KSpread, pelo gerenciador de apresentações KPresenter, pelo gerenciador de projetos KPlato, pelo editor de gráfico Karbon e ainda conta com um editor de imagens, o Krita. A nova versão apresenta estabilidade no retorno do aplicativo de gerenciamento de dados Kexi, e a adição de novos filtros de importação para formatos MS OOXML que foram introduzidos no Microsoft Office 2007. As atualizações para o editor de gráficos Krita incluem por exemplo um GIF de importação, suporte para PPM, XFC e para JPEG200.
Segundo os desenvolvedores, o KOffice 2,2 contém mais de 4.500 mudanças, e esta é a primeira versão a incluir um número significativo de contribuições de código de empresas e organizações externas. Informações mais detalhadas sobre o lançamento podem ser encontradas em seus Release Notes, e o download do KOffice 2.2 já encontra-se liberado para download.
Muitas pessoas têm a ilusão de que a Microsoft está na liderança do mercado porque é competente e tem bons produtos. Essa é uma visão distorcida, típica das pessoas que “pegaram o bonde da tecnologia andando”, e que desconhecem a história. Pessoas que, como eu, estão na área de TI há mais de 20 anos, viveram a história e viram como e por que certas coisas aconteceram, e o mercado de informática tem a cara que tem hoje. Não temos essa ilusão, e vemos o software livre de uma forma muito simpática… Pelo menos a maioria de nós.
O texto abaixo de Rob Wier, lança um pouco de luz na história das aplicações e dos sistemas operacionais, que pode ajudar, a quem esteja interessado em saber, a entender porque os defensores do software livre são tão apaixonados pela sua causa. Como se diz popularmente: “gato escaldado tem medo de água fria”.
Há exatamente cinco anos atrás, em 1 de maio de 2005, o OASIS aprovou o formato aberto de documentos 1.0 (Open Document Format – ODF 1.0) como padrão OASIS. Eu gostaria de dedicar uns poucos e breves minutos para refletir sobre esse marco, mas apenas isso. Estamos ocupados no trabalho no OASIS fazendo os últimos ajustes no ODF 1.2. Estamos nas últimas semanas da revisão que tem “todas as mãos na massa” para que possamos entregar as questões pendentes, dessa forma, podemos enviá-la para a revisão pública final. Mas espero que eu possa ser desculpado por um pequeno desvio para comemorar esse aniversário.
A Petrobras deu mais um importante passo na adoção de software livre com a assinatura do Protocolo Público de Intenção Para Adoção de Formatos Abertos de Documentos.
O documento, conhecido como Protocolo de Brasília, tem o intuito de firmar compromisso entre as organizações ligadas ao Governo Federal para a utilização do formato ODF (Formato Aberto de Documentos) como padrão de documentos internos e para a troca com demais signatários do protocolo. Para a TIC (Tecnologia da Informação e Telecomunicações), foi a confirmação do caminho que vem sendo trilhado com as adoções do Firefox e BrOffice.org.
”Um dos vetores é termos uma alternativa robusta para seguir por um caminho livre, com menor dependência de fornecedores. Essa iniciativa deveria abranger não apenas as empresas ligadas ao Governo, mas a própria iniciativa privada brasileira”, acredita o Gerente Executivo José Carlos da Fonseca.
Também já assinaram o protocolo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, os Correios e o SERPRO, entre outros. “Estiveram presentes à assinatura do protocolo (da esquerda para direita): Marcelo Estellita, Gerente Geral de Infraestrutura de TIC; José Carlos da Fonseca, Gerente Executivo de TIC; Paulo Maia da Costa, da Caixa Econômica Federal; e Antonio Carlos de Faria, Gerente de Serviços de Computação Distribuída.”
Colaboração: Rubens Queiroz de Almeida
Data de Publicação: 06 de abril de 2010
Fazendo uma pesquisa sobre o formato RTF, descobri diversas coisas interessantes. Na disputa entre a Novell e a Microsoft, relativa às práticas desleais adotadas pela Microsoft para tirar o Wordperfect da liderança no mercado de editores de texto, é bastante educativo aprender como, através do uso de um formato supostamente aberto, o RTF, a Microsoft conseguiu desbancar o Wordperfect da liderança de mercado.
Essa novela parece que nunca acaba. Atualmente a Microsoft vem sofrendo fortes críticas por seu papel no processo de normalização para seu padrão OOXML (Office Open XML), junto a ISO (International Organisation for Standardisation). No segundo aniversário da adoção do OOXML como padrão pela ISO, Alex Brown, anfitrião da Ballot Resolution Meeting do OOXML na ISO, afirmou que a Microsoft não está respeitando os compromissos em transformar o OOXML em um padrão ISO aberto. Ele resume toda a situação com a seguinte frase: “Me parece que sem uma mudança na atual direção, é garantido que todo o projeto OOXML rume ao fracasso”.
O lançamento da edição 11 é um verdadeiro presente neste domingo de páscoa para a Comunidade BrOffice.org, que trabalha em equipe na elaboração da Revista BrOffice.org. Já disponível para leitura , a publicação tem mais uma novidade: será impressa e distribuída durante o IV Encontro Nacional BrOffice.org, tema central desta edição.
O planejamento desta edição da Revista BrOffice.org, que tem como premissa ser uma publicação temática, iniciou com um foco: dar ao leitor uma visão abrangente sobre o IV EnBrO. Mas, uma boa notícia impactou a comunidade: a Petrobras iniciou a implantação do BrOffice.org em 90 mil máquinas da entidade, contemplando cerca de 100 mil usuários. O assunto é tema de reportagem que a Revista BrOffice.org traz com exclusividade aos leitores.
Um júri federal no Texas ordenou que a Microsoft pague US$ 105,75 milhões à VirnetX por infringir duas patentes de comunicação via internet. São US$ 71,75 milhões pela violação de uma patente que cobre um método de criação de rede virtual privada entre dois computadores e US$ 34 milhões sobre o estabelecimento dessa rede usando um serviço de nome de domínio seguro.
O júri considerou que a violação foi intencional. O juiz ainda pode triplicar a pena contra a Microsoft.
“Acreditamos que a evidência mostrou que não infringimos nada e que as patentes são inválidas”, disse o porta-voz da Microsoft, Kevin Kutz, que classificou a reparação de danos ordenada de “legalmente e factualmente insustentável” e afirmou que a Microsoft pedirá ao tribunal que reveja a decisão.
A VirnetX acusou a Microsoft de violação de patentes em um processo aberto em abril de 2007, segundo os registros do tribunal.
SÃO PAULO – A Petrobras iniciou o processo de instalação do software de código aberto BrOffice em 90 mil computadores.
A estimativa da BrOffice.org é que o processo permita uma redução de pelo menos 40% nos gastos com aquisição de licenças de software proprietário. Segundo a Petrobras, o principal motivo da mudança foi econômico. A empresa também adotará o ODF como padrão interno de documentos. Como navegador, a Petrobras passou a usar o Firefox recentemente.
Cada setor terá a chance de avaliar se o software atende as suas necessidades e decidir se fica ou não com o BrOffice.
O programa de código aberto já é utilizado por outras grandes empresas como Banco do Brasil, Metrô de São Paulo, Itaipu e Serpro.
Seguindo a política de adoção de softwares livres do Banco do Brasil, a suíte de escritório BrOffice.org, que possui funções equivalentes ao MS Office, foi instalada em mais de 16 mil estações do Banco Nossa Caixa (BNC), possibilitando a abertura e edição de documentos no padrão aberto ODF. Agora, os funcionários das duas instituições podem transitar documentos e planilhas utilizando este formato, com 100% de interoperabilidade, independente do sistema operacional utilizado. Assim, o conglomerado BB inicia 2010 com mais de 125 mil instalações do BrOffice.org em suas estações de trabalho.
Além do BrOffice.org, o software livre ‘Squid’ está sendo utilizado para prover infraestrutura às impressões de documentos do Sistema de Informações do Banco do Brasil (SISBB), que está disponível nas estações de trabalho do BNC. Também já há na rede BB/BNC aproximadamente 1.000 terminais híbridos – que atendem clientes das duas instituições, rodando o sistema operacional GNU/Linux. A previsão é de que até junho sejam cerca de 4 mil terminais.
O trabalho de implantação de software livre no BNC está sendo realizado em conjunto pelas áreas de tecnologia do BB e do BNC. A implantação do software livre é um movimento estratégico para o Banco e alinhado com a política de uso de software livre do Governo Federal e com o Protocolo Brasília – documento assinado pelo BB e por vários outros órgãos em 2007 que sela o compromisso de promover e adotar o formato de documentos abertos ODF. A economia estimada em licenças com o uso de software livre pelo BB já ultrapassa R$ 100 milhões.
31 Março 2010: DFD 2010 – Dia Mundial da Liberdade dos Documentos
Horário
15:00h às 18:00h
Local
Auditório da Celepar – Companhia de Informática do Paraná – Rua Mateus Leme, 1561 – Centro Cívico – Curitiba – PR
Vagas e Inscrições
200 vagas
Programação
Palestra: ODF OpenDocument Format: Padrão Aberto de Documento. Adotado pelo Governo do Paraná, Lei estadual 15742 ODF. Legislação, Projeto de Lei 3070/2008 Congresso Nacional. Protocolo Brasília ODF. Norma Brasileira NBR ISO 26300. Norma Internacional ISO 26300
Aos participantes serão distribuídos: Bóton, Adesivos, Guia Rápido BrOffice.org 3.2, Guia Rápido Firefox 3.6, Folder ODF, Folder Protocolo Brasília ODF e CD BrOffice.org 3.2
Sorteios de Camisetas do “Document Freedom Day”
Inscreva-se! É Grátis!
Para se inscrever, envie um e-mail para furusho(a)openoffice.org, com as seguites informações: assunto: DFD 2010, nome completo, empresa, e-mail, telefone, cidade, UF
O caminho continua a ser percorrido com naturalidade. Sim, porque é natural que o caminho seja tortuoso, inóspito, e muitas vezes, nos pareça intransponível. Aprendemos que sempre há uma saída. É o que demonstra o excelente artigo de Wallace Souza: uma saída para que possamos incluir o BrOffice.org nos planejamentos de cursos nas empresas estatais, públicas ou privadas.
Na seção Como Nós o destaque vai para o Grupo de Usuários BrOffice.org São Paulo com saídas para organizar Encontros Estaduais e mobilizar um grande número de usuários e instituições. Na reportagem de capa, boas notícias para o mercado de TI no Brasil e no mundo em 2010. Boa leitura!
O Go-OO é uma customização da suíte de aplicativos OpenOffice feita pela Novell (parece que o pacto com o cape… digo Microsoft deu certos frutos) que faz com que os aplicativos suportem várias funções do Microsoft Office.
O Go-oo tem filtros de importação do formato OpenXML e vai importar seus arquivos do Microsoft Works. Comparado com o OpenOffice.org, ele tem um suporte ao formato de arquivos binários da Microsoft (com suporte a campos), e importará perfeitamente gráficos do WordPerfect. Se você precisar executar macros em VBA do Excel, o Go-OO oferece a melhor fidelidade às macros também. Se você espera que suas planilhas de cálculo sejam compatíveis, ou possam conter diagramas feitos no Visio, você vai querer usar o Go-OO.
É um mistério. Depois da Microsoft ter empurrado goela abaixo das comissões normalizadoras dos países o OOXML, através de práticas, no mínimo suspeitas, de “convencimento” de certas autoridades da ISO, aprovando a norma ISO/IEC 29500:2008, a empresa é obrigada a não vender o editor de textos Word nos EUA porque infringiu patentes de uma outra empresa (o feitiço começa a se voltar contra os feiticeiros). Estou imaginando o que será do OOXML se a Microsoft perder em definitivo o direito de utilizar o formato em seus produtos.
É com satisfação que finalizamos a edição 09 da nossa revista que traz além das dicas e tutorial, um momento de reflexão com o artigo de Fernando H. Leme mostrando as vantagens da migração para software livre e BrOffice.org em órgãos públicos. Na reportagem principal, Rochele Prass nos traz informações precisas e atuais dos municípios brasileiros que passaram por migração recente para software livre e BrOffice.org, além de análises, gráficos e entrevista que não deixam dúvidas sobre a importância e aceitação da suite BrOffice.org nas instituições brasileiras que em muitos casos passam primeiro pelo BrOffice.org antes de fazer uma migração total. Na seção Como Nós, Willian Colen faz um breve relato histórico e atualiza o processo de produção do CoGroo.
Gostaria de agradecer imensamente o esforço de todos para que conseguissemos manter os prazos e espero continuar contando com a prestimosa ajuda nas edições seguintes.
Experimente um momento de reflexão com o excelente artigo de Fernando H. Leme mostrando as vantagens da migração para software livre e BrOffice.org em órgãos públicos. Na reportagem principal, Rochele Prass nos traz informações precisas e atuais dos municípios brasileiros que passaram por migração recente para software livre e BrOffice.org, além de análises, gráficos e entrevista que não deixam dúvidas sobre a importância e aceitação da suite BrOffice.org nas instituições brasileiras que em muitos casos passam primeiro pelo BrOffice.org antes de fazer uma migração total. Na seção Como Nós, Willian Colen faz um breve relato histórico e atualiza o processo de produção do CoGroo. E ainda, dicas e tutorial para o leitor que quer se aprofundar no uso diário do BrOffice.org. Boa leitura!
Já participei de vários projetos de utilização do BrOffice é um dos principais
problemas é a questão do suporte.
Muitas instituições apenas instalam o programa e deixam o usuário
abandonado. Outras dão algum tipo de treinamento, mas depois deixam os
usuários sem nenhum auxílio, achando que ter treinado resolve tudo. Algumas
poucas se preocupam com o suporte por algum tempo e depois também deixam os
usuários de lado.
Como sofro muito ao ver esta situação, tomei a iniciativa de criar uma Barra
de Ferramentas Comunitária que possui uma série de recursos podem auxiliar em
muito os administradores de sistemas que estão vivenciando o uso do BrOffice
em suas instituições. O propósito não é substituir o suporte, mas dar aos
usuários mais uma fonte de ajuda num caso de necessidade.
Ela funciona nos principais navegadores utilizados (IE, Firefox e Safari)
e possui recursos como:
– Twitters sobre OpenOffice e BrOffice
– Links úteis de sites com informações, apostilas e sites com dicas
– Notícias sobre tecnologia
– Chat Online com A comunidade BrOffice para tirar dúvidas online
Outros recursos podem ser adicionados e os que já estão podem ser
modificados. Espero que dêem suas sugestões.
Espero muito ver toda a comunidade participando. Sempre que a comunidade se
engaja as coisas vão para frente.
Instalem a barra em todo os computadores de sua instituição e incentivem os
usuários a recorrerem a ela caso precisem.
O Chat Online é o principal recurso disponível e espero que todos ajudem.
Esse post é para aqueles que insistem em agir como a “turma do deixa disso”, sempre entrando em discussões com expressões do tipo “não entendo todo esse ódio à Microsoft” ou “o melhor software é aquele que mais gostamos”. Isso é pra mostrar que nenhuma grande empresa, principalmente se for monopolista no seu ramo de atividades, é boazinha ou está preocupada com seus clientes, aos quais chama de “consumidores”. O objetivo de todas elas, sem excessão, é o lucro a qualquer preço e ilude-se quem defende essas empresas apaixonadamente, sem conhecimento dos fatos.
Este também é um post para os que lutam por uma sociedade mais justa e mais humana, que tenha por objetivo o desenvolvimento humano e a valorização das pessoas, em detrimento do poder econômico.
Open Document Format - Formato Aberto de Documentos
Enquanto nas listas de discussão, fóruns e comunidades das redes de relacionamento ainda se discute apaixonadamente questões como “quem é melhor, Linux ou Windows”, nos grandes organismos internacionais verdadeiras batalhas para definir o que eu, você e o resto dos pobres mortais do planeta usaremos ou deixaremos de usar em nossos computadores num futuro muito próximo. Nestes locais pode-se encontrar gente muito jovem e trabalhadora como Jomar Silva, Alexandre Oliva, César Taurion, Rubens Queiroz entre muitos outros, mas também encontra-se gente muito velhaca e mal-intencionada. Acompanhando os posts sobre a guerra de bastidores entre os padrões ODF e OpenXML no blog do Jomar Silva, começamos a entender por que as coisas são do jeito que são, e também começamos a entender por que as pessoas são manipuladas a tal ponto, que defendem cegamente uma corja de sacanas, cujo único objetivo é manter seus lucros e de seus patrões o maior tempo possível no ponto mais alto possível. Continue lendo »
Open Document Format - Formato Aberto de Documentos
“Aconteceu após o tsunami de dezembro de 2004 que destruiu regiões costeiras e vitimou centenas de milhares de pessoas e animais na Ásia. As várias equipes internacionais de resgate que foram auxiliar as vítimas tiveram sua ação prejudicada, pois muitos dos documentos que tinham que ser lidos e trocados eram incompatíveis. Diversos programas editores de texto e de planilhas eram usados. Especialmente editores proprietários e fechados. Ficou muito difícil trocar arquivos tanto entre versões antigas e atuais do mesmo programa (Exemplo: entre Word 2002 e Word 6), quanto entre programas diferentes (Exemplo: entre Word e WordPerfect). Muito tempo foi perdido para resolver esse problema tecnológico. E, quanto mais o tempo passava, muitas vidas, humanas e não humanas, eram ceifadas”.
Este trecho foi copiado de um ótimo artigo escrito por Fátima Conti, e publicado no site Dicas-L, em 29/07/2009. Fátima mostra porque a adoção de padrões abertos na indústria de software é tão importante e porque a imposição de formatos proprietários (leia-se “MsOffice”) prejudica empresas, governos e pessoas.
aconteceu após o tsunami de dezembro de 2004 que destruiu regiões costeiras e vitimou centenas de milhares de pessoas e animais na Ási”Aconteceu após o tsunami de dezembro de 2004 que destruiu regiões costeiras e vitimou centenas de milhares de pessoas e animais na Ásia. As várias equipes internacionais de resgate que foram auxiliar as vítimas tiveram sua ação prejudicada, pois muitos dos documentos que tinham que ser lidos e trocados eram incompatíveis. Diversos programas editores de texto e de planilhas eram usados. Especialmente editores proprietários e fechados. Ficou muito difícil trocar arquivos
tanto entre versões antigas e atuais do mesmo programa (Exemplo: entre Word 2002 e Word 6), quanto entre programas diferentes (Exemplo: entre Word e WordPerfect).
Muito tempo foi perdido para resolver esse problema tecnológico. E, quanto mais o tempo passava, muitas vidas, humanas e não humanas, eram ceifadas.”
a.
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