Eu entendo que a senhora esteja irritada com meu país, os Estados Unidos da América, porque uma de nossas agências, a Agência de Segurança Nacional (NSA), vem armazenando suas comunicações privadas, lendo seu e-mail e espionando a senhora, além de outros brasileiros.
Me desculpe por falar isso, mas… “eu avisei”.
Desde 1996 tenho ido ao Brasil para falar sobre GNU/Linux e Software Livre e de Código Aberto em geral. Depois dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001 e a aprovação do que ficou conhecido como “USA Patriot Act of 2001” (Ato Patriota dos EUA de 2001), comecei a sentir um frio na espinha. Eu sabia que poderes de longo alcance, sem supervisão, não eram exatamente o que os patriotas que fundaram nosso país pretendiam… Na verdade, muito pelo contrário.
O Comitê Técnico de Implementação de Software Livre está finalizando um documento onde vai sugerir mudanças na IN nº 4, que rege as compras governamentais. Na proposta, dois pontos centrais: a imposição de um maior rigor à guarda dos dados brasileiros e um processo mais criterioso com auditoria prévia, antes da aquisição cde software proprietário, revela em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, Deivi Kuhn, secretário executivo do CISL.
O BlueProximity é uma aplicação que permite com que seu computador (Linux) seja bloqueado / desbloqueado automaticamente utilizando-se um dispositivo bluetooth, como um telefone celular. É possível configurar a distância de acionamento da funcionalidade (que é uma aproximação, já que a potência do sinal não é sempre a mesma) e o tempo de acionamento e, quando o dispositivo for levado para longe do computador, o protetor de tela é acionado e o computador bloqueado. Quando o dispositivo bluetooth está próximo, ele desbloqueia automaticamente o computador, sem a necessidade de qualquer ação. Isso é útil, por exemplo, quando utiliza-se o Linux no trabalho e seja necessário bloquear o computador automaticamente quando é preciso ausentar-se por alguns momentos, etc.
Instalando o BlueProximity e incluindo-o à lista de permissões da bandeja do sistema
“Internet está a ponto de ver todo seu potencial reduzido a pó”
José Alcántara, acadêmico e ativista do software livre, acaba de lançar La Neutralidade de La Red, um livro que evidencia as razões pelas quais a rede tem que ser protegida. Confira entrevista.
Por Marcus Hurst
[21 de janeiro de 2011 – 11h42]
Você já tentou se conectar a internet em um desses espantosos cybercafés que a gente encontra nos aeroportos? Esses que cobram 10 euros por 10 minutos de acesso a internet e só te deixam acessar as páginas pré-instaladas no sistema. A empresa dona do computador se aproveita da escassez para oferecer um serviço claramente abusivo e restritivo, sabendo que não existem mais opções ali.
Agora, o que acontece se deslocamos esta situação para o dia-a-dia do consumo de internet, onde a qualidade do serviço oferecido pelas operadoras está de acordo ao quanto você pode pagar e, em função disto, temos acesso a um bom conteúdo ou não? Os mais favorecidos acessam a rodovia de 4 pistas enquanto os que têm menos poder aquisitivo acabam circulando por uma estrada nacional cheia de buracos.
Este é só um exemplo do tipo de situação que pode existir se não atuarmos para proteger a neutralidade da rede, segundoJosé Alcántara.
Este acadêmico e ativista do software livre acaba de lançar La Neutralidade de La Red, um livro que busca esclarecer a confusão que ronda esta discussão e, também, deixar bem claro as razões pelas quais a rede tem que ser protegida.
As conseqüências de não o fazermos, segundo o autor, seriam demasiado danosas para a sociedade. “Não pode ser que o advento com mais possibilidade de avanço social e global desde o telégrafo esteja a ponto de ver reduzido a pó todo o seu potencial. Ninguém sairia ileso de uma catástrofe como esta”, explica.
Conversamos com Alcántara sobre os principais pontos do livro. O download do livro em espanhol pode ser feito de forma gratuita aqui.
Parece que existe muita confusão com o termo “neutralidade da rede”. O que ele significa exatamente? Por que é desejável protegê-la?
A neutralidade da Rede é o princípio que a rege, aquele que nos diz que nenhum ponto pode exercer veto às conexões entre dois pontos outros da Rede. É o espírito que faz da internet uma rede distribuída e diversa, com toda a potência de desenvolvimento do conhecimento, de novas formas de negócio e de aquisição de autonomia pessoal.
Protegê-la é importante porque até agora, na Rede, um bit é sempre um bit, sem importar a peça maior de informação – mensagem, notícia, obra cultural ou de ócio – da qual ele é parte. Destruir isso enquanto temos oportunidades de progresso e desenvolvimento, dando tudo isto de bandeja a uma pequena minoria de monopólios ou oligopólios que não necessitam da internet para ter acesso a todos os mercados, porque têm poder financeiro para fazê-lo à moda antiga.
Os desenvolvedores do Diaspora acabam de liberar o código-fonte e as capturas de tela de seu software aberto de rede social. Por sinal, o projeto já tem acumulado mais de US$ 200 mil em doações desde a última primavera. Para quem ainda não conhece, o Diaspora é uma rede social baseada em peer-to-peer com configurações de privacidade altamente específicas. Ela foi projetada como uma alternativa para redes sociais como Facebook e MySpace, que são controladas por provedores centrais. Você pode conhecer o site do projeto clicando aqui.
Como funciona? Esses computadores da rede Diaspora são conhecidos como seeds (ou sementes), que serão de propriedade do usuário, sendo hospedado por eles, diretamente, ou de forma indireta, através de um servidor alugado. Essa semente então irá agregar informações de outras redes sociais como Facebook e Twitter.
Os fundadores discutiram uma rede social com foco voltado para o compartilhamento contextual. Eles afirmaram que “Nós vivemos nossas vidas reais em contexto, falando sobre quaisquer assuntos de nossas vidas para as pessoas que conhecemos a nossa volta”, e completaram “Deixar o código nas mãos dos desenvolvedores será nosso primeiro experimento em criar uma ferramenta simples e funcional para o compartilhamento contextual”.
O Diaspora também apresentou alguns screen shots do seu serviço, que se assemelha e muito ao próprio Facebook. E vem dessa semelhança, o termo cunhado para se referir ao Diaspora como “matador de Facebook”. Afinal, uma das táticas mais básicas de se tirar os “clientes” da concorrência, é prover um serviço alternativo, similar não somente em funcionalidade, mas em aparência e comportamento. Claro que o Diaspora vai muito além de ser um mero “pseudo-clone” do Facebook.
O plano dos desenvolvedores do Diaspora, é lançar sua operação ainda em outubro desse ano de 2010, como uma versão alpha de seu software. O mais interessante é que o Diaspora virá embarcado com a capacidade de acessar dados de usuários do Facebook, e integrá-los ao pool de dados armazenados em um nó de rede. As notificações, aparentemente, também poderão ser reintegradas ao Facebook caso seja necessário.
Isso significa que os usuários do Facebook que desejem migrar seus perfis para a rede social Diaspora, poderão fazê-lo sem muito esforço.Com certeza, essa funcionalidade será capaz de abalar (nem que seja temporariamente) o fluxo de crescimento de usuários da maior rede social do mundo. E se o Diaspora se mostrar “bom o suficiente”, quem sabe veremos um império inteiro ruir? Está certo que o Diaspora não roubará de forma direta os usuários de outras redes, mas pode contribuir para tirar o foco dos seus usuários.
Por sinal, é essa também é a principal funcionalidade que distingue o Diaspora de outras redes sociais privadas em atividade como a Buddypress, que permitem a criação e o controle de redes sociais por grupos fechados, mas que não oferecem qualquer interoperabilidade c om outros serviços. E o projeto de código do Diáspora está sob uma licença aberta, como a Affero General Public License version 3 (AGPLv3), e pode ser encontrado no repositório GitHub.
Aqueles que tiverem interesse em acompanhar as notícias sobre o desenvolvimento do Diaspora, poderão acessar seu Twitter ou Identi.ca, além de participar de sua lista de discussão.
A maioria das pessoas vai passar batido por esse post. Afinal de contas, o que os olhos não veem, não é problema deles, enquanto não doer no bolso. Assim como vírus, espionagem de dados, entre outras coisas que as pessoas estão diariamente expostas, uma me chama a atenção porque não é privilégio de quem ainda usa um dos sistemas “queijo suíço” da Microsoft. Não se trata de um vírus, mas de uma característica da tecnologia flash que permite que sites monitorem as atividades dos visitantes independente do sistema operacional utilizado, desde que tenha o flash plugin instalado.
USUÁRIOS DE LINUX podem banir definitivamente os cookies do Flash Player da Adobe, o que pode ser uma boa ideia, porque, como é um cookie do plugin do Flash, ele não respeita as configurações de privacidade do navegador.
Eu li o artigo e vi que ele faz todo o processo através de comandos do terminal, o que não é exatamente um método apropriado para os inciantes. Então resolvi fazer a mesma coisa, mas utilizando o modo gráfico. Vamos lá:
Brasil é líder em vírus que roubam dados bancários, diz pesquisa
Por Renato Rodrigues, do IDG Now! – Publicada em 24 de agosto de 2010 às 17h52
Dados da empresa de segurança Kaspersky Lab apontam que cibercriminosos nacionais são responsáveis por 36% dos trojans bankers no mundo.
O Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário mundial do cibercrime. De acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça (24) pela empresa de segurança online Kaspersky Lab, o país é um dos líderes em produção de vírus especializados no roubo de dados bancários – conhecidos como trojan bankers.
Isso não me parece uma novidade e não surpreende.
Além disso, o Brasil é responsável por algo entre 3% a 8% dos cerca de 3 500 novos vírus criados no mundo diariamente – o pico de participação é na época do Natal, devido ao crescimento das compras na web.Já entre os trojans bankers a fatia é muito maior – quase quatro de cada 10 vírus do tipo são criados aqui.
Já isso é interessante: 40% dos vírus para roubo de senhas bancárias são feitos aqui.
Ótima matéria no IDG Now: http://idgnow.uol.com.br/seguranca/2010/07/05/por-que-confiamos-tanto-na-google/. Paul Venezia nos leva a pensar sobre o que aconteceria se, de repente, a empresa mudasse de ideia e resolvesse agir diferente. O estrago seria enorme, já que eles já possuem as informações sobre metade da humanidade. Há cerca de 25 anos, o sentimento com relação a uma outra empresa bem conhecida era semelhante. Deu no que deu. Não há nada que impeça o Google de se tornar um problema pior do que a outra empresa…
Na madrugada passada li uma notícia no IDG Now! que considerei ser a mais idiota, burra, sem pé nem cabeça opinião que vi na internet nos últimos tempos. Recomendo que leiam a matéria original e deixem lá sua opimião. Abaixo eu deixei algumas considerações sobre trechos da matéria:
Microsoft propõe ‘taxa de uso da internet’ para combater malware
Por Computerworld/EUA
Publicada em 03 de março de 2010 às 07h05
Atualizada em 03 de março de 2010 às 08h44
Para o vice-presidente de Computação Confiável da empresa, taxa poderia financiar ações de combate a pragas virtuais, como vírus e botnets.
Como poderemos combater os cibercriminosos que infectam computadores em todo o mundo? O chefe de segurança da Microsoft lançou diversas sugestões na terça-feira (2/3), incluindo uma possível taxa de uso da internet, que seria paga em troca de serviços de inspeção e de quarentena das máquinas.
Vice-presidente de “Computação Confiável” da Microsoft, me parece um enorme paradoxo, mas enfim, a resposta me parece óbvia: Utilizando softwares bem feitos, seguros, e de boa qualidade, além de ter atitudes seguras quando navegamos na internet. Agora, taxar todo internauta por um problema sistêmico de um sistema operacional e outros softwares, me parece uma tentativa de se eximir da responsabilidade pelos problemas do software que a Microsoft fornece.
Por que eu (e muitos outros) que uso GNU/Linux, cuja máquina não tem um único malware, e que ainda procuro concientizar meus leitores a respeito do assunto neste blog, deveria pagar para minimizar um problema que é potencializado propositalmente pela Microsoft?
Pragas que usam redes sociais como o Koobface, e roubam senhas, como o Zeus, estão em alta entre os cibercriminosos em 2009, afirma empresa.
Pragas enviadas via redes sociais e comunicadores instantâneos, ataques de distribuição de serviço (DDos) e 419 golpes diferentes estão entre as principais armas dos cibercriminosos em 2009, aponta o estudo anual de segurança da norte-americana Cisco Systems, divulgado nesta terça-feira (8/12).
Publicada em 08 de dezembro de 2009 às 14h26
Atualizada em 08 de dezembro de 2009 às 16h39
Volume de mensagens indesejadas que partiram do Brasil quase triplicou entre 2008 e 2009, superando Estados Unidos, informa pesquisa da empresa.
Em 2009, o Brasil tornou-se o maior emissor de e-mails indesejados (spams) do mundo, superando os Estados Unidos, informa o relatório anual de segurança da Cisco Systems, divulgado nesta terça-feira (8/12).
Foi publicado exclusivamente nesta semana na revista WIRED, a revelação de que a In-Q-Tel, uma empresa investimentos da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), acaba de fazer grandes investimentos em um negócio dedicado a monitorar a Internet e as redes sociais. Esta empresa, Visible Technologies, vigia a cada dia mais de meio milhão de sítios da internet, revisando mais de um milhão de conversas, posts em diferentes blogs, foruns online, Flickr, YouTube, Twitter e Amazon. Os clientes de Visible Technologies recebem informação em tempo real sobre o que se está dizendo e fazendo no ciberespaço, baseada em uma série de palavras chaves.
Começa a parecer que é de propósito. A Microsoft liberou duas extensões para o Internet Explorer e Mozilla Firefox com vulnerabilidades graves. Uma dessas extensões, lançada em fevereiro, também enviava informações do usuário para a Microsoft, sem o seu conhecimento ou consentimento. Continue lendo »
Guilherme Pavarin, de INFO Online
Segunda-feira, 05 de outubro de 2009 – 15h25
Divulgação
Jorge Machado e Guilherme Bellia, do Partido Pirata: dupla explica as propostas da agremiação que foca na internet e na política colaborativa
SÃO PAULO – Eles defendem o software livre nas escolas, a transparência política e a privacidade na internet. O Partido Pirata do Brasil já existe, sim. Continue lendo »
Danielle Pereira entrevistou o senador Eduardo Azeredo, autor do projeto de lei sobre crimes na internet e, apelidado de AI-5 Digital. Ela também entrevistou o outro lado, o sociólogo Sérgio Amadeu, uma das vozes contra o projeto de lei. Confira as entrevistas no blog D.A.P- devaneios altamente (des)propositados, de autoria de Danielle e ouça as entrevistas aqui:
Está com problemas em configurar seu modem no Linux?
Tem problemas de conexão e sinal baixo? Se você mora na região de Curitiba, eu posso ajudar.
Deixe um comentário neste post que entrarei em contato.
Eu já postei aqui opiniões sobre o que acho a respeito de grandes empresas e monopólios, e porque optei por software livre. Não acho que o software livre seja uma panacéia universal que vai resolver todos os problemas da humanidade, mas que pode ajudar, isso pode. Mas tem coisas que nem o SL pode bloquear. Este aqui é um caso:
Isso é pra mostrar o quanto estamos vulneráveis, desde o momento em que nascemos até muito depois de nossa morte, desde que os sistemas de informação se tornaram indispensáveis à vida moderna. Não importa se você nunca usou a internet. Se você tem um nome e uma certidão de nascimento, já basta pra estar no “sistema” e ser monitorado. Parece exagero e teoria da conspiração, mas não é. Já está acontecendo faz tempo e a cada dia o sistema se torna mais “inteligente”.
Está com problemas em configurar seu modem no Linux?
Tem problemas de conexão e sinal baixo? Se você mora na região de Curitiba, eu posso ajudar.
Deixe um comentário neste post que entrarei em contato.
Fiquei admirado em ler um texto nesta semana, dizendo que a oposição ao projeto de crimes digitais do Senador Azeredo não passa da cultura do contra, levada a frente por interesses pessoais e vaidades dos envolvidos. Mais admirado ainda em ver a “comunidade de software livre” sendo colocada como a base da oposição, como se os membros da comunidade não tivessem capacidade intelectual de saber o que é bom ou ruim para eles mesmos.