A partir do ano que vem, o governo não comprará mais computadores ou softwares que não permitam auditoria pelo próprio poder público. A nova norma deve ser publicada hoje no “Diário Oficial da União”.
…
… a intenção não é promover uma troca massiva de aparelhos e programas, mas impedir que eles continuem sendo comprados sem o atendimento às novas exigências.
Dessa forma, haverá uma substituição gradual de programas tradicionais por softwares livres, como o Linux, caso não haja negociação com as grandes empresas.
…
O governo considera que, além de aumentar a segurança, a medida trará economia. O uso de softwares livres encerra a obrigação de pagar as licenças dos programas.
…
o governo estima que outra medida de segurança adotada na área de informática -a determinação da presidente Dilma Rousseff de adotar o e-mail brasileiro Expresso (Expresso Livre), do Serpro, como padrão em toda máquina pública, substituindo o Outlook, da Microsoft -vai gerar uma economia superior a R$ 60 milhões/ano.
JÚNIOR, José A. P. Lima. SARACCHINI, Marília da Silva. LIMA, Paulo de Souza. LIMA, Suzana A. G, Pádua. Educação Tecnologia e Recursos Tecnológicos na Educação: A Realidade da Escola. 67p. Monografia (Curso de Especialização em Docência Universitária) – FAE Centro Universitário. Curitiba, 2012
O objetivo deste trabalho é abordar, de maneira prática, o real conhecimento de professores e alunos com relação às tecnologias de informação aplicadas às atividades de ensino e aprendizagem. Através da determinação de uma série de recursos tecnológicos que podem ser aplicados diretamente a essas atividades, divididos nas categorias “infraestrutura”, “software”, “padrões e inclusão digital” e “questões legais”, aplicou-se um questionário a professores e alunos, com o objetivo de determinar o quão distante seu conhecimento geral sobre tecnologias está do que seria minimamente necessário para a sua efetiva utilização para fins de ensino-aprendizagem. O trabalho mostra que há uma grande lacuna entre a percepção pessoal sobre a tecnologia aplicada à educação e as reais potencialidades dos recursos tecnológicos à disposição. Também há uma disparidade entre os recursos que alunos, professores e instituições pensam ser o mais próximo do ideal. Há uma forte tendência para a utilização de softwares ilegais, bem como na utilização de padrões fechados de documentos, impróprios à inclusão digital.O trabalho mostra que há uma grande necessidade de atualização tecnológica para docentes, que pode ser atendida através do desenvolvimento de cursos de extensão específicos.
JÚNIOR, José A. P. Lima. SARACCHINI, Marília da Silva. LIMA, Paulo de Souza. LIMA, Suzana A. G, Pádua. Educação Tecnologia e Recursos Tecnológicos na Educação: A Realidade da Escola. 67p. Monografia (Curso de Especialização em Docência Universitária) – FAE Centro Universitário. Curitiba, 2012
This paper has the goal to address, in a practical manner, the real knowledge of teachers and students about information technologies used for teaching-learning activities. By pointing a number of technological resources that can be directly applied to those activities, split into the categories “infrastructure”, “software”, “standards and digital inclusion” and “legal issues”, a poll was performed to teachers and students, in order to evaluate how distant their general knowledge on technologies is from what would be necessary at least for its effective usage in teaching-learning activities. This paper shows that there is a large gap between personal perceptions and the real potentials of available technological resources for education purposes. There are also great disparities between what students, teachers and education institutions think about what is better in terms of resources. There is a great trend for the use of illegal software, and for the use of private document standards, improper for digital inclusion.This paper also shows there is a demand for technological updating for teachers, which can be addressed through the development of specific extension training courses.
Keywords: Technology; Education; Open Document Standards; Free software; Proprietary software; Digital inclusion; Digital education.
“Hoje, a questão relevante não é por que ou quando você deve utilizar o Linux, é onde você deveria estar utilizando o Linux. Empresas que não consideram ativamente o Linux como a base das suas iniciativas de transformação ou modernização de data center correm o risco de ficar para trás em termos financeiros e tecnológicos” – Michael Miller, vice-presidente de marketing e alianças globais da SUSE.
O vídeo abaixo, de autoria do Infowars.com, mostra bem didaticamente como cada cidadão pode filtrar e entender as entrelinhas das notícias que saem na grande mídia e na mídia alternativa.
Recentemente, o Pentágono informou que um grande número de informações sobre as principais armas utilizadas pelos EUA foi roubada por ciber-espiões chineses. Dois canais de notícias, o rt.com representando a mídia alternativa, e o Washington Post representando a grande mídia corporativa apresentaram a mesma notícia de formas completamente diferente. Continue lendo »
Membros da Hispalinux, uma organização espanhola que reúne cerca de 8 mil usuários de Linux e GNU, entraram com uma ação na justiça na Comissão Europeia (EC), reclamando que a Microsoft está impedindo os usuários de mudarem para o Linux ou outro sistema operacional com a tecnologia UEFI Secure Boot no Windows 8.
Em resposta, a gigante de software norte-americana argumentou que o UEFI Secure Boot é simplesmente uma tecnologia de segurança, mas prometeu cooperar com qualquer investigação.
No início do mês, a Microsoft foi obrigada a pagar €561 milhões (R$1.469,82 milhões) por não cumprir com um acordo de 2009 que exigia que fosse dada liberdade de escolha de navegadores no Windows 7.
Já não passamos por aqui antes?
A Hispalinux é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1997. Da acordo com a Reuters, na Terça-feira o líder do grupo Jose Maria Lancho apresentou uma reclamação de 14 páginas no escritório espanhol da EC, na qual ele chama o UEFI Secure Boot do Windows 8 de “mecanismo de obstrução”, desenhado para impedir os usuários de mudar para um sistema operacional alternativo. Continue lendo »
Julian Assange, em entrevista ao Russia Today, explica como a CIA e o governo dos EUA monitoram e gravam cada passo, de cada internauta no mundo. Não acredita? Ouça a entrevista (Em Inglês) ou leia a tradução transcrita (via Google Translate).
Vivo dizendo que não existem teorias conspiratórias. Você é que ainda não acordou pra realidade.
Sou o prefeito eleito de Bom Despacho-MG. Tenho interesse em instalar vários softwares livres aqui na prefeitura (e-ISS, Redeca, i-EDUCAR, SPED, ouvidoria e outros).
Os interessados em prestar serviços de instalação, configuração, suporte, treinamento, favor enviar mensagem parafernandojosecabral@gmail.com
Interessados em vender pacotes proprietários não devem fazer contacto.
Estou terminando minha pós-graduação em Docência no Ensino Superior na FAE de Curitiba. Nosso Trabalho de Conclusão de Curso é uma pesquisa sobre conhecimentos de professores e alunos a respeito de padrões e recursos tecnológicos que podem ser aplicados à educação.
Se você é estudante universitário (graduação e pós-graduação), ou professor (principalmente de áreas NÃO relacionadas à tecnologia de informação), e puder nos ajudar respondendo a um pequeno questionário que tomará cerca e 5 minutos do seu tempo, ficaremos muito agradecidos, e sua colaboração será muito importante para o nosso trabalho.
Assim que estiver pronto, o trabalho será disponibilizado para download neste blog e poderá ser útil para definir programas de treinamento e capacitação tecnológica para docentes.
Uma solução simples e eficiente para fazer um inventário de software na sua máquina para reinstalação após uma formatação ou “upgrade” do sistema. O comando de “backup” não faz um backup real, mas gera um arquivo com a lista de pacotes instalados. Após uma eventualidade em que seja necessária a restauração dos pacotes, o comando de “restore” vai baixá-los e instalá-los novamente.
Apenas um detalhe: Se você utiliza repositórios de terceiros, vai precisar fazer um backup do arquivo “/etc/apt/sources.lst“, também. Quando reinstalar o sistema, copie as linhas desses repositórios de terceiros para o novo “/etc/apt/sources.lst” e, somente depois, rode o comando de “restore”.
Esse é o típico exemplo do porque softwares de código aberto e hardwares igualmente abertos poderiam ter evitado muita dor de cabeça.
Esse artigo saiu no site do IDGNow! dia 01/10/2012 e informa que milhões, repito, milhões de modens 3G, fornecidos pelas operadoras de telefonia celular no Brasil, apresentavam uma falha de firmware (o software que vem pré-instalado nos dispositivos), que permitiu que crackers invadissem o dispositivo e o alterassem para que a navegação destinada a determinados fosse direcionada a outros com conteúdo malicioso.
Segundo o artigo:
O expert disse que o ataque em massa foi o resultado de uma “tempestade perfeita”, provocada pela omissão de uma variedade de elementos-chave, incluindo provedores, fabricantes de modem, e da Anatel, agência que aprova os dispositivos de rede, mas não testou a segurança de qualquer um dos modems (no entanto, não é atribuição da agência fazer essa verificação).
As causas desse enorme problema são:
Os fabricantes sabiam da falha, mas se calaram e expuseram os usuários brasileiros aos bandidos.
As operadoras sabiam do problema e se calaram, vendendo produtos defeituosos potencialmente perigosos ao público brasileiro.
Tanto o hardware, quanto o software, utilizados nesses dispositivos são proprietários, ou seja, não se tem acesso ao código fonte e, portanto, não há como auditá-los sem a permissão do fabricante.
A Anatel não cumpriu seu papel de se assegurar de que os dispositivos comercializados no Brasil sejam seguros.
É bom entender que o desvio para um site malicioso que instala um código para máquinas com o sistema operacional Microsoft Windows. Em sistemas operacionais Linux esse problema não acontece porque, mesmo que o modem seja invadido, os softwares maliciosos desenvolvidos para Windows não são capazes de se instalar em sistemas Linux.
Software Anti-Vírus para Android: Está Faltando Confiabilidade
Publicado em 07-03-2012 14:30
Por causa dessa epidemia de amostras de malware emergindo, e perturbando a tranquilidade dos usuários de sistemas operacionais e principalmente de dispositivos móveis, foi realizado um teste de segurança, para saber qual o nível de eficácia das soluções anti-vírus disponíveis no mercado. Com apenas sete produtos alcançando uma taxa de detecção de 95% ou um pouco mais, e 24 produtos apresentando taxas de detecção inferiores a 65%, os testes realizados pela AV-Test mostraram que o software antivírus para o Android ainda precisa percorrer um longo caminho, para atingir a confiabilidade que existe em software anti-vírus para ambientes desktop.
De forma paralela, a explosão dos aplicativos anti-vírus está equiparada com a quantidade de malware parasmartphones Android. Esse cenário de ameaças e pragas virtuais, inclui trojans bancários online (cada vez mais perigosos), discadores de tarifa majorada e spyware. Nesse contexto, a AV-Test avaliou as taxas de detecção de 41 aplicativos anti-vírus para smartphones Android, utilizando um total de 618 amostras demalware.
Compondo este programa de testes com software anti-vírus, estavam as empresas Avast, Dr. Web, F-Secure, Ikarus e Kaspersky. Assim, foi detectado mais de 95% das amostras de malware, com os especialistas Lookout e Zoner ficando abaixo desse percentual. Outros dez produtos, detectaram pouco mais de 65% da amostra. Mas fornecedores como BullGuard, Commodo, G Data e McAfee, (renomados no mercado de desktops), estiveram entre os produtos que detectaram menos de dois terços das amostras de malware que foramtestadas. Os testers foram incapazes de identificar qualquer funcionalidade de detecção em um total de seis produtos, incluindo Android Anti-Virus e Android Defender.
Cada software anti-vírus testado, tem a habilidade de detectar a presença de malware principalmente através do uso de assinaturas. Os usuários não devem esperar algoritmos de detecção mais sofisticados, a partir de análise heurística e detecção de comportamento. Isso causaria uma limitação, na proteção contra os tipos demalware já conhecidos.
Este texto foi publicado originalmente na Revista A Rede, ano 7, n.74, Outubro 2011
Sérgio Amadeu da Silveira
Em 2007, o presidente da Microsoft do Brasil procurou o embaixador norte-americano em Brasília para acusar o governo brasileiro de fazer uma campanha mundial pela consolidação de um padrão aberto, o chamado Open Documento Format (ODF) . O relato do encontro faz parte dos documentos encontrados no CableGate, os vazamentos de mensagens trocadas entre o governo norte-americano e suas embaixadas, divulgados pelo Wikileaks.
Para quem não conhece, mas gostaria de dar uma olhada em como seria trabalhar com o Linux Ubuntu 11.10, pode-se ter uma pequena amostra (muito pequena mesmo). A página http://www.ubuntu.com/tour/ oferece uma visão interativa da aparência e da funcionalidade de um desktop Ubuntu. Não se trata do sistema operacional e do ambiente gráfico real. Trata-se, apenas, de uma página que exibe o design e algumas funcionalidades para quem ainda não conhece.
Recebi de @faconti um link para um post sobre as estatísticas do Windows 7, informando que em Outubro de 2011, este tornou-se “o Sistema Operacional mais utilizado no mundo.”
Dizem que a matemática é uma ciência exata, e que a estatística é a matemática do que não pode ser exato. Em outras palavras, se com a matemática os resultados são sempre contundentes, na estatística, eles podem ter a aparência que o freguês quiser. Pode até ser verdade que o Windows 7 tenha se tornado o S.O. mais utilizado no mundo mas, por trás dos gráficos coloridos e chamativos do post, há vários problemas que apenas uma pessoa que tenha algum conhecimento de estatística pode perceber. Vamos dar uma passada de olhos sobre eles:
No software livre descobre-se uma nova possibilidade a cada dia. Com este post vou inaugurar uma série “Coisas legais que dá pra fazer com Software Livre“, onde vou colocar soluções para problemas cotidianos que podem ser resolvidas rápida e facilmente no Linux e e utilizando Software Livre.
O primeiro post da série será:
Backup com controle de versão para usuários domésticos e pequenas empresas
Desde que conheci e comecei a utilizar serviços online de backup com controle de versão, como o Dropbox, Ubuntu One, SlideShare, Zumodrive, Wuala, entre outros, uma coisa sempre me incomodou: a dependência de um provedor. Se você não estiver satisfeito com seu provedor, terá um trabalho considerável para transferir seus arquivos de um provedor para outro. Instalar um novo cliente, adaptar-se às limitações e características do novo serviço, etc. Se precisar de mais espaço do que os parcos 1 a 5 GB que oferecem para contas gratuitas, você tem três opções: ou paga a franquia, ou abre mais de uma conta, ou abre várias contas em provedores diferentes. Cada um desses métodos tem sua vantagem e uma série de desvantagens.
O ConvertePST é uma ferramenta desenvolvida em Java que permite a navegação (leitura) de arquivos Personal Storage Table (PST) do Microsoft Outlook 2000/2003 com a possibilidade de exportação de mensagens armazenadas neste formato para o formato aberto de E-Mail descrito em RFC podendo ser importado em qualquer ferramenta de Correio Eletrônico.
O ConvertePST foi desenvolvido inicialmente para tratar do legado existente na Caixa Econômica Federal (CEF), durante a migração de sua infraestrutura de correio eletrônico do Microsoft Outlook / Exchange 2003 para a ferramenta de e-groupware Expresso Livre pela 4Linux Free Software SolutionsePrognus Software Livree agora esta sendo disponibilizado livremente sobre a GPLv3.
Para baixar a última versão do Código-Fonte através do Git
O que você faria se tivesse uma ideia capaz de criar quatro milhões de novos empregos de tecnologia, reduzir a quantidade de energia utilizada pelos computadores, fazer os sistemas mais fáceis de serem usados, reduzir a quantidade de lixo despejada no ambiente, oferecer redes sem fio gratuitamente para as pessoas e criar um enorme supercomputador para universidades e negócios, de graça ou quase de graça, para projetos que precisam de uma grande quantidade de processamento de CPU, fazendo tudo isso com dinheiro do setor privado de uma forma que seja autossustentável?
Em tempos de grande desemprego e tensões governamentais, você manteria essa ideia para si mesmo no desejo de ganhar dinheiro, ou a divulgaria publicamente de qualquer maneira?
Wikileaks: Microsoft recorreu à diplomacia americana para barrar a adoção do ODF no Brasil.
06/09/2011
Entre 2007 e 2008 houve uma disputa, no Brasil, em torno de qual formato de documentos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) iria adotar como norma para os documentos eletrônicos no país. De um lado da disputa estava o padrão ODF (Open Document Format), um formato aberto e público. Do outro, o padrão OXML, proposto pela Microsoft para garantir a compatibilidade com os formatos anteriores usados por seus programas, como o Word e o Excel.
A ABNT escolheu o ODF e a versão final da tradução da norma ISO/IEC 26300 foi aprovada em 2008. Esta aprovação era o último passo para a adoção do ODF como Norma Brasileira. Antes disso, porém houve uma enorme briga de bastidores na qual a Microsoft tentou fazer prevalecer seu padrão. Um dos 251 mil despachos das embaixadas americanas em todo o mundo, vazados pelo Wikileaks, mostra como o presidente da Microsoft, Michel Levy, recorreu ao embaixador americano no Brasil e argumentou em favor de sua posição, acusando o governo brasileiro de ser “anti-americano” e contrário à propriedade intelectual e os royalties.
É incrível a falta de respeito e de boa fé de certos fabricantes de computadores. Enquanto alguns têm iniciativas sérias de oferecer alternativas com o Linux, testadas, homologadas e confiáveis, outros preferem oferecer verdadeiras bombas relógio para seus clientes. Eu já havia tido uma experiência ruim com a Philco no passado, conforme descrevi no post https://almalivre.wordpress.com/2009/09/22/netbooks-philco-phn-10001/. E uma outra experiência, dessa vez melhor, com o mesmo produto, quando instalei um Ubuntu 10.04 no Flisol de 2010, em Curitiba, que funcionou muito bem (apesar da baixíssima qualidade do áudio, devido aos precários alto-falantes embutidos).
Só que, dessa vez, a experiência não foi apenas ruim, a experiência me mostrou o tamanho da má fé do fabricante, quando oferece produtos com Linux instalado. O que vou descrever abaixo, não foi alguém que me contou, mas uma experiência própria, pelejando durante vários dias seguidos, sem sucesso. Estou falando no notebook Philco PHN 14511, descrito na página http://www.philco.com.br/Notebooks.aspx?cn=179&p=437.
CPBR11 – (Software livre) Sim, Eu sou um pirata e você? #CPBR11
Esta palestra pretende levantar uma discussão sobre a ética e os direitos do cidadão. Pretende definir de forma bem clara, o que realmente é ou pode ser considerado crime, e o que é direito seu, e que corporações e associações visando unicamente seu beneficio próprio e manutenção de seus domínios, se utilizam da imprensa, de governos e de todo tipo de artifício, para subverter direitos dos cidadãos.
Palestrante:
Alberto José Azevedo — Cursou Tecnologia da Informação no CEFET-PR e possui mais de 14 anos de experiência em TI. É lider do projeto Security Experts Team e atua como Consultor de Segurança em todo o Brasil.
A capacidade criativa desses coletivos de desenvolvedores de tecnologia precisa ser incentivada, pois pode nos gerar inovações importantes
Image via Wikipedia
À medida que o acesso à internet se torna realidade em todas as camadas sociais, milhões de novos usuários desfrutam de suas facilidades e de seu potencial transformador. Ao mesmo tempo, aumenta a dependência da sociedade em relação à rede. Atualmente, mais de um terço das operações financeiras são feitas de modo virtual, e serviços essenciais de energia, de trânsito e de comunicações dependem cada vez mais dela.
Esses setores podem sofrer ataques cibernéticos com consequências imprevisíveis, e também o Estado brasileiro precisa se precaver. Por isso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Ministério da Defesa estão trabalhando juntos para o desenvolvimento de tecnologias que permitirão prevenir, defender ou restabelecer serviços essenciais afetados por ataques dos chamados crackers.
Os crackers são criminosos, muitos dos quais nem mesmo sabem programar, sendo usuários avançados de softwares que não necessariamente desenvolveram.
Já os hackers são decifradores, desenvolvedores de softwares e hardwares que permitem adaptação ou construção de novas funcionalidades. Em geral, são jovens autodidatas e criadores de soluções inovadoras para a utilização de tecnologias da informação.
Boa tarde gente,Seguimos em frente com o lançamento de mais uma edição da Revista Espírito Livre. A edição n. 28 apresenta mais um assunto bastante comentado nos últimos meses e que não podia faltar na Espírito Livre: LibreOffice.A edição n. 29, referente ao mês de Agosto já está sendo feita e vem com a temática sobre Redes e Servidores. A deadline já foi mas mesmo assim, se você ainda não mandou o seu artigo, material ou dica, envie-nos o quanto antes. A Revista Espírito Livre está sempre aberta a receber materiais inéditos e irão agregar ainda mais conhecimentos a nossos leitores.Novamente a edição está enorme. São 132 páginas e realmente não está fácil manter um número alto de páginas por edição, aí ficamos numa sinuca pois muita gente quer seus textos publicados e se o fizermos em breve teremos uma edição de 200 páginas…rs Loucura loucura.Peço que, aqueles que puderem e quiserem ajudar com a divulgação desta e de outras edições, sugiram para seus leitores que recorram a nosso site oficial para o download afim de manter os leitores sempre por dentro das novidades e também termos estatísticas o mais próximo da realidade. Peço ainda que aqueles que puderem votar na Revista Espírito Livre, que o façam. Este prêmio nos ajudará a manter o projeto, que a cada dia fica mais e mais complexo. Link para votação: http://premiofrida.org/por/projects/view/1418
Abaixo reproduzo trecho do nosso editorial dessa edição. A capa, novamente, é de autoria de Carlos Eduardo:
Ainda recuperando do tombo do mês passado, cá estamos novamente. A edição deste mês apresenta um tema que por muitos é considerado polêmico por justamente ir contra a alguns conceitos enraizados em nossa sociedade, de que só é possível aprender diante de um professor e se transpormos essa ideia para o universo real significaria dizer que a educação, de um modo geral, só se dá através de alguém sentado, frente a um professor, real e físico. Mas o tutor a distância e o professor que estão a distância não são físicos e reais? E as aptidões? Eles as têm? E se não as têm como verificar estando a distância? Os alunos aprendem, ou fingem aprender só para alcançar a tão sonhada “nota”? Ele vai “colar”, já que o professor “não está vendo”? Como avaliar, medir e constatar se houve absorção e troca de conhecimento? As dúvidas e questionamentos continuam, já que a EAD, apesar de não ser tão nova assim (desde o século XIX já se praticavam metodologias neste sentido). O ensino por correspondência, tele-aula, vídeo-aula, manuais, ensino pelo rádio, e tantos outros métodos já foram utilizados (e em alguns lugares ainda continuam sendo), mas com a ressalva de que agora a tecnologia envolveu-os de novas possibilidades, além de diminuir os custos e as distâncias. O EAD proporciona, mesmo a distância, o que nem sempre conseguimos compreender presencialmente: a soma de nossas experiências pode resultar em uma terceira experiência, e o meio digital é propício para isso, dada a quantidade de novos recursos disponíveis, dentro e fora dos ambientes de estudo.
Patentes de Software Desestimulam o Progresso, Mostra James E. Bessen da Universidade de Boston.
Publicado em 26/06/2011 às 11:49 por Dr. Roy Schestowitz
Resumo: Mais pesquisas demonstram o que sempre tivemos certeza — que as patentes de software são uma contribuição negativa e mais provas apareceram depois que a Apple aumentou a pressão sobre a extorsão que tem feito sobre o Android (Linux).
11º dia: Avaliando o LibreOffice como alternativa ao Microsoft Office
Por Tony Bradley, PCWorld
Bem vindo de volta. Para o post de hoje da série “30 Dias com o Linux Ubuntu”, vou dar uma olhada no LibreOffice — o pacote de produtividade de código aberto que vem instalado por padrão no Linux Ubuntu. Eu examinei como ele funciona, comparado ao Microsoft Office, e com minha experiência no último mês “Usando o Google Docs por 30 Dias”.
Antes de começarmos, no entanto, há algumas coisas que eu gostaria de esclarecer. Primeiro — Eu passei mais ou menos uma década usando o Microsoft Office, e trinta dias usando o Google Docs. Meu exame do LibreOffice é só uma faceta da minha experiência mais ampla com o Linux Ubuntu, portanto, não terá o mesmo nível de detalhes. Ou seja, o fato de que eu esteja escrvendo sobre o LibreOffice hoje não implica em que eu tenha começado a utilizá-lo hoje, ou que hoje seja a soma total da minha experiência com o LibreOffice.
Crowdsourcing é uma nomenclatura recente para algo que todos conhecemos bem. A construção colaborativa através da rede já vem sendo feita a muito tempo. Vários projetos de código aberto foram produzidos e se tornaram o que são justamente por causa da construção coletiva de vários entes, vários nós, pontos interligados em uma grande teia. E o que antes era um passatempo nerd, se tornou o motor de muitos projetos.
Alguém aí já pensou em como seria as nossas vidas sem a construção coletiva, responsável por exemplo, pela criação, manutenção e crescimento da Wikipédia? E as mobilizações que hoje são feitas através das redes sociais com os mais diversos propósitos? Projetos são criados, mantidos, remunerados e atingem maturidade através de vários pares de mãos, dezenas de dedos, milhares de IPs, espalhados mundo a fora. Compartilhar e constribuir com o outro são valores que aprendemos desde criança. “Reparta o seu lanche com o seu coleguinha”, ou “divida o seu biscoito com seu amigo”; você certamente já ouviu estas frases proferidas por entes queridos, pessoas que se importavam com você. Uma pena que tais valores, com o passar do tempo foram sendo esquecidos. Em uma sociedade como a nossa, o inteligente não é quem compartilha, mas sim aquele que esconde. Convido-o a reflitir os novos valores da sociedade…
Onde erramos?! Erramos? Ou tudo não passa de uma evolução (ou regressão)? Devaneios que esta edição apresenta em diversos artigos, ora técnicos, hora reflexivos e que nos leva a pensar, tentar entender o que hoje vivemos. E para nos ajudar a entender um pouco mais sobre este tema conversamos com Carl Esposti, criador do site Crowsdsourcing.org. Esposti clarifica o termo, com exemplos reais e palpáveis. Outros colaboradores como Alexandre Oliva, João Carlos Caribé, Ana Brambilla, entre outros, igualmente tratam o tema, com rigor e foco. Além do tema em questão, contribuições diversas e que merecem destaque!
A partir desta edição a Revista Espírito Livre também incluirá uma seção exclusiva sobre LibreOffice, a suíte de escritório líder e que certamente você utiliza. Se ainda não a instalou, não perca tempo. Existem versões para GNU/Linux e outros sistemas operacionais disponíveis no mercado. Diversas distribuições GNU/Linux, como Ubuntu, Fedora, OpenSuSE, Linux Mint, Debian e tantas outras já trazem o LibreOffice ou em suas mídias de instalação ou repositórios, bem como várias empresas que também sinalizaram positivamente quanto a suas migrações para o LibreOffice, logo, nada mais natural acompanharmos tal ascensão.
Partimos rumo ao terceiro ano, com a ajuda de muitos colaboradores dedicados, parceiros que nos ajudam de alguma forma e dos leitores que sempre estão nos acompanhando. Um abraço a todos que ajudam a construir esta incrível publicação.
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—
João Fernando Costa Júnior
Coordenador GUBrO-ES – Grupo de Usuários de BrOffice.org do ES / Iniciativa Espírito Livre / Equipe Bestlinux
Linux User #422133
Ubuntu User #16167
Se você deseja comentar o texto, por favor, faça isso no blog original, no endereço acima, onde a discussão está se desenvolvendo.
Software livre não nasce em árvores: Do colonialismo ao extrativismo digital
Sei que muita gente que conheço e admiro vai ficar irritada com este artigo, mas acredito que já atingimos um nível de maturidade suficiente na comunidade de software livre brasileira para que possamos encarar de frente nossos próprios fantasmas. Sei também que o artigo é longo, mas acho que vale a pena a leitura. Cedo ou tarde vamos precisar fazer a reflexão aqui proposta.
Optei por escrever este artigo junto com um grupo de amigos experientes dentro da comunidade para evitar que ele seja classificado como sendo a opinião de uma única pessoa. Todos os amigos convidados já estão há bastante tempo na comunidade de software livre e todos eles já sentiram na pele os efeitos dos problemas aqui relatados. Optei por não listar seus nomes neste artigo, para que eles mesmo possam fazê-lo nos comentários.
Depois de tantos anos militando e trabalhando com software livre, fico impressionado em ver como as pessoas comumente usam o termo “a comunidade” como se ela fosse uma empresa ou coisa parecida. Muitas vezes vejo as pessoas falando da comunidade como se não fossem parte dela, como se não tivessem nenhuma obrigação em relação à manutenção dos projetos desenvolvidos de forma comunitária. Muita gente entende que ser usuário de redes sociais organizadas em torno de projetos de software livre seja o mesmo que ser membro de fato da comunidade do projeto em questão, além de acreditar piamente que todos naquela comunidade estão mesmo interessados em trollagens e críticas despropositadas.
Fazendo uma breve revisão do que aconteceu nos últimos anos na área de tecnologia no Brasil, vemos que nossa indústria de informática foi praticamente destruída no início dos anos 90, e passamos quase duas décadas sendo meros consumidores de tecnologia da informação, do hardware ao software. É a isso que chamo de colonialismo digital, pois tal como na época do Brasil colônia, acabamos consumindo tudo aquilo que os colonizadores nos empurravam. Vale lembrar aqui, que durante o início do século XIX, o Brasil chegou a “importar” um navio de patins para patinação no gelo da Inglaterra, uma vez que estes produtos estavam entupindo os estoques ingleses e precisavam ser desovados em algum lugar. Os historiadores contam que nesta época, as lâminas dos patins acabaram sendo utilizadas como facas e facões e assim fomos levando a vida: dando o jeitinho brasileiro para cumprir com nosso papel de colônia.
Durante quase vinte anos, fizemos a mesma coisa com produtos de tecnologia da informação e me lembro de ter presenciado algumas aberrações nesta época. De computadores que não suportavam o calor tropical brasileiro a softwares que invertiam completamente nossa lógica organizacional, vivemos décadas “dando um jeitinho” para as coisas funcionarem e não foram raros os casos em que tivemos que nos re-organizar para que pudéssemos utilizar as tecnologias “ofertadas”. Quem aí nunca encontrou um banco de dados armazenado dentro de uma planilha com milhares de linhas ou não viu uma reengenharia quase irracional acontecer na marra por conta do ERP da moda que atire a primeira pedra.
Tamanha foi nossa aceitação do papel de colonizados, que no final da década de 90 não era raro encontrar universidades que ao invés de lecionar “Sistemas Operacionais”, lecionavam “Windows NT”, ou trocavam “Banco de Dados Relacionais” por “Oracle” ou “DB2” e por aí seguia a carruagem. Fui aluno em uma dessas (que aliás é uma universidade de renome e destaque em São Paulo). Me lembro que fui voto vencido quando fui debater este assunto com a coordenação do curso, pois para eles importava ensinar “o que o mercado cobrava”. Pior do que ser voto vencido entre os coordenadores e mestres do curso, foi ter sido voto vencido entre meus colegas de turma, pois a imensa maioria deles estava tão acostumada com o fato de ter tudo mastigado nas mãos, que não se importava em não dominar de fato a tecnologia ou entender o que acontecia debaixo do capô. Estavam mais preocupados em “colocar no curriculum” o que aprenderam na faculdade. Amém !
Foi assim que formamos no Brasil centenas de milhares de profissionais de TI que não passavam de usuários avançados de ferramentas de software desenvolvidas fora do Brasil. Hoje, uma parte considerável destes profissionais são gestores de TI em diversas empresas públicas e privadas, e isso explica o principal motivo da resistência que encontramos no nosso dia a dia ao Software Livre dentro das organizações: a zona de conforto é grande e a inércia gerada por ela é muito difícil de ser quebrada.
É evidente que este modelo interessa às grandes empresas multinacionais de software, e confesso que hoje chego a achar graça das explicações dadas a eles sobre “o modelo”. Sempre que questionadas publicamente sobre este tema, vemos as empresas se defendendo com o argumento de que geram milhares de empregos diretos e indiretos no Brasil, e que fazem “transferência de tecnologia” à indústria local, principalmente através de seus parceiros e de projetos junto à universidades.
O que vemos na prática é que a imensa maioria dos empregos diretos criados por estas empresas estão focados na área comercial e nas metas de curto prazo, e que os empregos “técnicos” costumam se concentrar em seus parceiros e solution providers, que evidentemente não têm acesso às informações detalhadas, e muito menos ao código fonte, dos produtos que “suportam” no mercado. A segurança e confiança por obscuridade é o que impera nesta seara.
Quando olhamos o trabalho feito por elas junto às universidades, vemos novamente que o foco é sim formar cada vez mais usuários avançados de seus produtos, e conseguir com isso firmar a dependência tecnológica desde na base da cadeia alimentar na indústria de TI. É muito fácil comprovar isso quando vemos “versões educacionais” dos softwares comercializados por estas empresas serem distribuídos com água dentro das universidades. Encerrou o curso e tem um software completo desenvolvido: ótimo… vamos lhe enviar a fatura em 3, 2, 1…
É importante lembrar que este modus operandi não é exclusividade de uma única empresa, mas é de fato a prática de mercado de todas as multinacionais de TI (das mais fechadas e perseguidas por todos até a “mais aberta” e idolatrada pela maioria).
Foi num cenário de total colonização tecnológica como o ilustrado acima que o Software Livre cresceu no Brasil, principalmente durante os últimos 10 anos. Eu atribuo este crescimento à vontade gigantesca de conhecer tecnologia de verdade que alguns profissionais de TI no Brasil tinham, mas conforme o movimento foi crescendo, tenho a impressão de que estes profissionais cada vez mais são raros de se encontrar e o que vemos de fato hoje, é a busca pela substituição pura e simples de um software proprietário por um equivalente livre (e não quero entrar aqui na discussão filosófica por trás disso).
Considero que seja fundamental termos no Brasil uma comunidade tão militante e ativa na publicidade e no suporte às soluções de software livre, mas infelizmente isso não é suficiente, pois deixamos de ser colonizados digitais e somos hoje extrativistas digitais.
Não exagero em dizer que hoje o Brasil tem em números absolutos a maior comunidade de usuários de Software Livre do mundo, e olha que a TI ainda não chegou a tantos lares assim no Brasil, portanto temos ainda muito a crescer. O que me deixa muito chateado é constatar que ao mesmo tempo, temos uma comunidade de desenvolvedores de software livre quase inexistente (eu mesmo conto nos dedos das mãos os desenvolvedores de “código fonte” em projetos de software livre que conheço). A dita “comunidade” é a primeira a se manifestar e apontar defeitos nos muitos projetos que “participam”, mas na hora de enviar contribuições realmente significativas quase ninguém aparece.
É por isso que afirmo que vivemos hoje o extrativismo digital: encontramos uma fonte aparentemente inesgotável de recursos e estamos usando e abusando dela, sem nos preocupar com a sua manutenção. Isso pode até nos dar uma sensação de liberdade e controle do próprio nariz bem confortável, mas não nos levará a lugar algum e pior do que isso, quando a fonte se esgotar (e sim, ela pode se esgotar um dia), voltaremos à nossa vidinha de colonizados, e seremos novamente saudosistas de uma “era de ouro”, tal como nossos amigos mais velhos hoje se lembram da reserva de mercado.
O que quero com este artigo é forçar uma reflexão dentro da nossa comunidade, pois é evidente que software livre não nasce em árvores, e existem pessoas trabalhando muito escrevendo código fonte por trás dos softwares livres que utilizamos no dia a dia.
Devo reconhecer porém, que somos muito ágeis e experientes em traduzir estes softwares para nosso idioma, mas todos devem concordar comigo que isso é o mínimo do mínimo que podemos fazer. Lembre-se de que teremos alcançado o sucesso pleno quando a tradução for problema dos outros !
Não consigo me contentar com isso e por isso peço a todos que façam uma séria reflexão: Quando foi a última vez que você contribuiu de verdade com um projeto de Software Livre ?
Rodando o mundo palestrando em eventos de software livre, esta é a diferença primordial que vejo entre outros países e o Brasil. Na maioria dos países, a meritocracia funciona de verdade e o reconhecimento vem na base de muito, mas muito código fonte contribuído para os projetos. Como já contei a diversos amigos, em muitos países fora do Brasil, para que você possa “tomar uma cerveja” com os líderes dos projetos de software livre, você provavelmente já trabalhou bastante construindo e depurando código com eles.
Acho que é parte da cultura latina ser expansivo, mas não podemos deixar que nossa ânsia por fazer amigos acabe os deixando desviar tanto assim do nosso objetivo comum: Desenvolver de fato softwares livres que supram as necessidades de nosso mercado, que nos permitam dominar a tecnologia e que paguem nossas contas no final do mês.
Quando analisamos a cadeia de valor na indústria de software livre no Brasil hoje, vemos que diversos nós da cadeia são remunerados, mas que ainda não encontramos uma forma concreta de remunerar de verdade o principal nó: O desenvolvedor.
É muito fácil cair no discurso de que “quem implementa, treina e suporta também desenvolve”, mas na prática vemos o oposto disso.
O que me consola é que este problema não é exclusividade nossa, e nos últimos meses tenho visto diversos projetos de software livre desenvolvidos internacionalmente passar por sérias dificuldades por conta do mesmo problema.
Voltando ao Brasil, conheço ao menos um software livre desenvolvido aqui no Brasil e que é utilizado no país todo, além de ser suportado por centenas de empresas, mas que tem como desenvolvedores ativos apenas duas pessoas, sendo que uma delas (e talvez o desenvolvedor chave), não seja de forma alguma remunerado. Não vou dizer o nome do software aqui para não ser deselegante com as pessoas envolvidas em seu ecossistema, mas garanto que pela descrição acima você já deve ter identificado alguns softwares como potenciais candidatos.
Em uma recente discussão que tive com um dos pioneiros do Open Source mundial, ele me dizia que o modelo de subscrição nunca foi de fato compreendido pelo mercado, e concordo com ele que este modelo é o mínimo que podemos ter para garantir a manutenção dos projetos e de seus desenvolvedores. É mesmo uma pena ver que muita gente afirmar sem vergonha alguma que “subscrição é licença disfarçada”, e aqui incluo inúmeros colegas do movimento do software livre. Sinto lhes informar que não, não é, mas concordo que é muito fácil pensar assim quando seu contracheque chega no final de todo mês.
Indo mais a fundo no problema, fico extremamente chateado em ver a falta de consciência de inúmeros gestores de empresas públicas e privadas que economizam centenas de milhões de reais por ano em licenças de software, mas que não investem sequer um centavo no desenvolvimento e manutenção de projetos de software livre que utilizam no seu dia a dia.
Um exemplo gritante do que afirmo acima é o Libre Office (antigo OpenOffice ou BrOffice no Brasil), que possui atualmente centenas de milhares de cópias sendo utilizadas no país todo, economizando rios de dinheiro, e que têm no Brasil uma comunidade de “desenvolvedores de verdade” quase irrisória. O que me deixa muito mais chateado com isso, é que estes poucos heróis nacionais quase sempre levam uma vida de privações em prol da coletividade e tudo o que recebem de volta são tapinhas nas costas e nos últimos tempos ainda tem que aceitar calados, críticas injustas vindas de todas as partes. Não vou nem comentar aqui sobre a vida que levam os que decidem trabalhar com o desenvolvimento de padrões, mas posso afirmar que invejamos a vida dos desenvolvedores de software livre no Brasil.
Não quero que este seja um artigo de lamentações, e por isso eu gostaria de deixar algumas sugestões para que possamos de fato aproveitar esta oportunidade que temos nas mãos e mudar de uma vez por toda a história da TI no nosso Brasil. Muitas das sugestões vão parecer óbvias e genéricas, mas acredite, nunca foram de fato implementadas:
Empresas que utilizam softwares livres deveriam ter desenvolvedores trabalhando no desenvolvimento destas soluções ou se não puderem ter estes desenvolvedores, que exijam que as empresas que lhes prestam serviços de suporte e treinamento em software livre tenham desenvolvedores ativos nos projetos, e que comprovem suas contribuições periodicamente. Esta prestação de contas aliás deveria ser pública.
Universidades poderiam deixar de usar exemplos genéricos e trabalhos “inventados pelos professores” nas disciplinas de desenvolvimento de software e ter como meta a cada semestre otimizar um trecho de código fonte existente ou implementar uma melhoria ou nova funcionalidade em um software livre existente. O mesmo vale para outras disciplinas como marketing e design. Uma simples mudança da atitude como esta daria aos envolvidos uma experiência prática no mundo real com projetos concretos, ao mesmo tempo que lhes permitiria alcançar os mesmos objetivos didáticos (já imaginou onde chegaríamos com isso ?).
Já temos diversas leis, decretos e instruções normativas no Brasil recomendando ou determinando a utilização de Software Livre e de Padrões Abertos em diversas esferas governamentais, mas infelizmente os órgãos de controle e fiscalização parecem desconhecê-las. Não consigo avaliar quem é o culpado por isso, mas sei que nós como sociedade temos o dever de cobrá-los, e talvez esteja aí a grande missão de todos os membros da comunidade que não podem contribuir de forma técnica com os projetos de software livre.
Muita gente não tem conhecimento técnico para escrever código fonte e contribuir com os projetos, mas lembre-se que um software livre de sucesso não vive só de código fonte e por isso mesmo sempre existe algo não relacionado a código fonte que precisa ser feito. Se envolva de verdade com a comunidade de desenvolvedores dos softwares que você usa e por favor, contribua de forma concreta com seu desenvolvimento. Ajudar de verdade é atender a necessidade do outro e não a sua própria necessidade. A diferença entre o voluntariado e o voluntarismo é gigantesca, mas muito difícil de ser compreendida.
Não acredito em contos de fadas e também não acredito que um dia uma empresa estrangeira vai decidir do dia para a noite que o Brasil é a bola da vez para concentrar aqui o seu desenvolvimento de software. Temos que conquistar isso, temos que fazê-lo do nosso jeito e temos sim potencial para reconstruir de verdade nossa indústria nacional de software e Tecnologia da Informação. O que não podemos fazer é ficar aqui sentados esperando o milagre acontecer, imaginando que estamos no caminho certo. Pequenas correções de rota podem sim nos levar a algum lugar completamente diferente e melhor do que o nosso destino atual.
Caso você ou sua empresa queira contribuir com um projeto de software livre e não saiba como, me coloco à disposição para ajudar e orientar.
Peço que reflitam sobre o seu papel na solução do problema aqui apresentado. Temos um elefante na sala e só não ver quem não quer.
Aguardo ansiosamente os comentários e espero que possamos abrir este debate tão necessário nos dias de hoje.
O BlueProximity é uma aplicação que permite com que seu computador (Linux) seja bloqueado / desbloqueado automaticamente utilizando-se um dispositivo bluetooth, como um telefone celular. É possível configurar a distância de acionamento da funcionalidade (que é uma aproximação, já que a potência do sinal não é sempre a mesma) e o tempo de acionamento e, quando o dispositivo for levado para longe do computador, o protetor de tela é acionado e o computador bloqueado. Quando o dispositivo bluetooth está próximo, ele desbloqueia automaticamente o computador, sem a necessidade de qualquer ação. Isso é útil, por exemplo, quando utiliza-se o Linux no trabalho e seja necessário bloquear o computador automaticamente quando é preciso ausentar-se por alguns momentos, etc.
Instalando o BlueProximity e incluindo-o à lista de permissões da bandeja do sistema
Syncany é um novo programa de sincronismo de arquivos em código aberto (similar ao Dropbox, ou ao Sparkleshare). “Nããoo!!!, Outra alternativa ao Dropbox!” você poderia pensar. Bom, o Syncany é diferente e tem a chance de se tornar a melhor aplicação desse tipo. Veja só!
Além do fato de ser Código Aberto, o Syncany criptografa os dados na sua máquina para que fiquem seguros. Akém disso, o Syncany é extensível através de plugins, portanto, será fácil adicionar novos protocolos. O Syncany suporta, atualmente, FTP, Box.net, Amazon S3, Google Storage, IMAP(por exemplo: é possível utilizar o Gmail ou outro serviço que ofereça IMAP para sincronizar seus arquivos), Local, Picasa e Rackspace Cloud Files. O Windows Share e outros protocolos serão incluídos no futuro.
O linuxacessivel.org agora também fala espanhol. Graças ao amigo paraguaio Mario Bentiz e ao Latinoware 2010, temos o sitio satisfatoriamente traduzido e uma primeira imagem para o idioma de nossos vizinhos latinos americanos; onde esperamos que estes venham a somar em nossa comunidade e assim evoluirmos para uma melhor regionalização. Para tanto pedimos imensamente que divulguem o linuxacessivel.org para nossos irmãos da América Latina e outros países de idioma espanhol. Continue lendo »
Há vinte anos, Linus Torvalds fez um corajosa decisão de compartilhar seu sistema operacional com o mundo. Não muito tempo depois ele resolveu disponibilizar o Linux sob a licença GPL (General Public Licence). A partir disso, o mundo da computação nunca mais foi o mesmo.
O Linux é o maior projeto de desenvolvimento colaborativo da história da computação, o que significa que o 20ª aniversário do Linux é uma oportunidade para a comunidade celebrar essa grande história de sucesso e de quebra ajudar a definir os próximos 20 anos.
Hoje em dia, o Linux está literalmente em todos os lugares: no celular, na tevê, no seu desktop, no cinema, no seu carro, e em muitos outros lugares.
A defesa de uma Internet livre e combativa é um dos principais pontos da entrevista de Sérgio Amadeu da Silveira, um dos grandes nomes na luta nacional pela inclusão digital e software livre no país, e para quem “Internet é um direito humano à comunicação”.
Amadeu expõe temas na ordem do dia do universo digital como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a pressão do mercado e das operadoras de Telecom e a lei de copyright – esta última, o estopim que colocou o Ministério da Cultura (MinC) recentemente no centro de grandes polêmicas.
Com algumas horas de atraso, mas garantindo a liderança, aí está edição n. 24 da Revista Espírito Livre. São 99 páginas de muita informação, graças aos senhores e aos tantos que de alguma forma contribuem. Meu muito obrigado.
Abaixo reproduzo trecho do editorial.
Aqueles que quiserem (e puderem) publicar o anúncio do lançamento em seus blogs e sites/planetas/listas, queiram por gentileza solicitar que o leitor se dirija ao site oficial da revista ou ainda através deste link curto, pra facilitar:
Lançada edição n. 24 da Revista Espírito Livre: http://va.mu/BTQ
A intenção do projeto é economizar no pagamento de licenças de programas de computador. Segundo Erundina, o governo gasta cerca de 2 bilhões de dólares por ano com essas licenças.
Arquivo – J. Batista
Luiza Erundina: um dos objetivos é diminuir o gasto público com programas de computador.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou hoje proposta que garante preferência para softwares livres na contratação de bens e serviços de informática pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. A medida consta de substitutivo da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ao Projeto de Lei 2269/99, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), e outros seis apensados
Tramitação em conjunto. Quando uma proposta apresentada é semelhante a outra que já está tramitando, a Mesa da Câmara determina que a mais recente seja apensada à mais antiga. Se um dos projetos já tiver sido aprovado pelo Senado, este encabeça a lista, tendo prioridade. O relator dá um parecer único, mas precisa se pronunciar sobre todos. Quando aprova mais de um projeto apensado, o relator faz um texto substitutivo ao projeto original. O relator pode também recomendar a aprovação de um projeto apensado e a rejeição dos demais..
Pelo texto, software livre é aquele que garante a qualquer usuário, sem custos adicionais: a execução do programa para qualquer fim; a redistribuição de cópias; o estudo de seu funcionamento, permitindo a sua adaptação às necessidades do usuário, seu melhoramento e a publicação dessas melhorias; e o acesso ao código fonte.
Para a relatora, a adoção de software livre possui três objetivos: aumentar a competitividade da indústria nacional de software, oferecer condições de capacitação para trabalhadores do setor e diminuir o gasto público com o licenciamento de programas de computador. “Estima-se que o Estado, em todos os seus níveis, gaste cerca de 2 bilhões de dólares por ano com pagamento de aluguel de licenças de programas-proprietários”, afirma Erundina.
Está em todo lugar. Grandes empresas tentando obter o controle de nossas ferramentas de comunicação, alegando preocupações com com direitos autorais. Com frequência, elas têm a ajuda de políticos pouco amigáveis, que aspiram pelo mesmo tipo de controle, alegando preocupações com o terrorismo ou alguma outra palavra MaCarthista da moda, que evoque o medo. Deveríamos observar isso pela perspectiva das revoltas que ocorrem, neste momento, no mundo árabe.
Temos, hoje, a SonyBMG obtendo controle a nível de administrador de milhões de computadores de seus clientes para evitar a simples cópia de música. Autoridades européias obrigando facilidades de escuta telefônica em todos os equipamentos de telecomunicações. Fabricantes de veículos instalando chaves de destruição remota. A Microsoft incorporando o mesmo tipo de chaves de destruição em seus softwares, assim como a Apple e a Google fazendo o mesmo em nossos telefones. A Intel incorporando as mesmas chaves de destruição nos processadores. A Amazon apagando livros de nossas bibliotecas virtuais.
Quase que não consigo, mas aí está a Revista Espírito Livre – Ed. #023 – de Fevereiro de 2011.
Aqueles que quiserem contribuir divulgando em seus blogs recomendo o solicitarem aos internautas que visitem o site oficial da revista para efetuar o download. De qualquer forma também tem um link curto: http://va.mu/AOY
Hoje, um amigo me chamou no Gtalk, injuriado porque um colega de trabalho dele o estava pedindo para ensinar como instalar uma impressora no Linux. O referido colega, inclusive, já havia feito um curso de Linux, mas aparentemente se encontrava em sua “zona de conforto”.
Afinal, o importante não é saber como fazer, mas ter os contatos de quem sabe fazer, não é mesmo?
Por fim, depois de tanto insistir, ele conseguiu a resposta que queria do meu amigo:
Eu não conhecia a página “Let me Google that for you” ou, em português, “Deixe-me usar o Google para você”, mas achei h-i-l-á-r-i-a. Vai ter muita utilidade para mim.
Se quiser experimentar, basta você entrar na página principal:
Digitar a chave de busca e clicar em “Pesquisa Google”. O site cria um pequeno video, cujo link fica disponível no campo “Compartilhe o link abaixo”, mostrando o que você fez, e caindo direto na página com as respostas do Google.
Agora você pode enviar o link com todas as respostas possíveis para a dúvida de seu amigo.
Ideal para pessoas com uma certa tendência à ironia e ao sarcasmo, como eu. =D
Saiba quais os projetos desenvolvidos pela Comunidade BrOffice e como encontra a sua forma de contribuir. Saiba mais em Encontre seu lugar na comunidade.
A Comunidade do Debian lançou ontem, dia 6 de Fevereiro, a versão 6 do Sistema Operacional Linux Debian, apelidado de Squeeze, após 24 meses de desenvolvimento. A distribuição Debian é reconhecida pela sua estabilidade e confiabilidade, e é a distribuição “mãe” de outras distribuições, como o Ubuntu.
E 2011 chega e com ele, um turbilhão de coisas para fazer. Mês de janeiro, então, é típico e comum em todos os anos: um mês que para alguns é férias, e para outros é o oposto, afinal alguém tem que cuidar das tarefas enquanto outros se divertem em suas férias. É mês de estudo, onde muitos se reservam para estudar, se reciclar, se aperfeiçoar, já que durante o ano, isso quase sempre é impossível para certas pessoas. Janeiro também é um ano que, para tantos outros, se programar, se agendar. Mês de promessas, de dietas, um mês que serve para analisarmos os pontos positivos do ano que passou e fazer novos planos, mesmo que não dê tempo para fazer tudo. Para nós, da Revista Espírito Livre, também não seria diferente. Aguardem que coisa boa está por vir…
A edição de janeiro da Revista Espírito Livre apresenta ao leitor, um tema bastante recorrente em sites especializados e que alguns simplesmente tentam ignorar: Software Livre nas empresas. O software livre já é uma realidade em grande parte das empresas, e aquelas que, dizem não usar, muito provavelmente acabam usando, seja na hospedagem de seu site, seja no framework utilizado para criar uma solução web, seja para navegar, já que a própria Internet tem como pilares, softwares de código-aberto. Neste contexto, fomos conversar com Arvind G. S., um indiano, responsável pelo Projeto Fedena, uma suite para gestão escolar.
Além disso, a edição apresenta várias outros artigos que ajudam a compor o tema do mês. Albino Biasutti apresenta um pequeno case de sucesso de implantação de software livre em uma empresa hospitalar, Estefânio Luiz Almeira fala sobre o MySQL e como ele pode ser uma boa solução empresarial, no que diz respeito a Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados. Evaldo Júnior, que andava sumido, mas que retoma suas contribuições junto a revista, fala sobre um case de implantação de software livre em uma micro empresa. Gilberto Sudré, deixa claro em seu artigo, que o software livre já está maduro para o mercado.
A edição ainda leva o leitor a conhecer um pouco mais sobre as vantagens do software livre no desktop, apresentadas por Marcelo Menezes. Walter Capanema aborta um tema polêmico sobre o WikiLeaks e o direito a informação.
Esta edição ainda traz um fascículo especial, que se encontra ao final da revista. Na verdade, este fascículo trata-se de uma republicação dos “Cadernos da Liberdade”, de autoria de Djalma Valois Filho, um grande parceiro da comunidade de software livre no Brasil. Os quadrinhos datam de 2004, mas ainda continuam bastante atuais, como os leitores poderão comprovar.
Assim, como em outros meses, a edição de número 22 está repleta de material interessante e que atende a uma demanda bem diversificada de leitores.
Aproveito para agradecer a todos os colaboradores e envolvidos na produção desta e de outras edições. A publicação é um esforço conjunto e que só se concretiza com a participação de uma equipe empenhada em levar ao leitor um material de qualidade.
E para os leitores da Revista Espírito Livre, o nosso muito obrigado por nos acompanhar. E que venha 2011.
É ótimo ver como gente jovem aprendendo a fazer coisas legais com o Linux. Esse é o caso do Lucas Villela Canôas, que na semana passada publicou um no Dicas-l (http://www.dicas-l.com.br/arquivo/descobrindo_computadores_da_rede.php). O autor tem 17 anos e é estudante de nível médio.
Abaixo reproduzo o post, mas lembro que o netdiscover não é instalado por padrão no Ubuntu, portanto é preciso instalá-lo antes, utilizando o Synaptic, a Central de programas ou o apt-get. O netdiscover é especialmente útil, se você quer descobrir se alguém está utilizando sua rede sem fio sem sua autorização.
Descobrindo computadores da rede
Colaboração: Lucas Villela Canoas
Data de Publicação: 28 de janeiro de 2011
Quando estamos numa rede, algo muito útil em diversas situações é ver quais computadores existem nesta rede. Há vários maneiras de se fazer isso. Hoje irei ensinar como fazer isso usando o netdiscover, que é bem simples.
A equipe de organização do IV FTSL – Fórum de Tecnologia em Software Livre de Curitiba, em parceria com a Crialivre, abriu um concurso para a criação da nova identidade visual do Fórum. O concurso ocorrerá entre os dias 1º e 15 de fevereiro de 2011, até as 18h, e é aberto a todos os profissionais que fazem uso de tecnologias livres e tenham vontade de colaborar e interagir com outros membros da comunidade do IV FTSL.
Os requisitos para a inscrição dos trabalhos serão, necessariamente, colocar em evidência a cidade de Curitiba, destacar o evento como um novo polo agregador e fomentador de negócios que envolvam software livre, e permanecer disponível para uso em outras edições do evento. A logomarca será utilizada em todos os materiais que identifiquem o fórum, como cartazes, folders e sítios da web.
Os trabalhos, para terem suas inscrições validadas, deverão obedecer às seguintes especificações:
Arquivo lacrado em formato PNG com até 800px de largura;
Arquivo fonte (SVG) contendo a fonte utilizada na confecção da proposta;
Arquivo texto contendo manual de uso da logomarca;
Arquivo texto contendo a licença da proposta, que deverá ser obrigatoriamente Creative Commons;
Arquivo texto contendo nome do programa utilizado na execução da proposta, sendo que propostas submetidas com softwares proprietários serão automaticamente descartadas.
Uma proposta por participante será aceita, e esta poderá ser alterada conforme o interesse da organização. O vencedor automaticamente cederá os direitos de imagem e uso sobre a proposta ao evento e seus prepostos, também conforme o interesse dos organizadores.
Sobre o FTSL – O Fórum de Tecnologia em Software Livre de Curitiba é um evento realizado desde 2007 na capital paranaense. Nas edições anteriores, o evento foi realizado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro, recebendo palestrantes dos mais diversos segmentos da sociedade e oferecendo minicursos para a comunidade de software livre participante.
A premiação ainda não está definida, e a equipe organizadora está buscando patrocinadores para o concurso, em troca da exposição da marca durante todo o período de desenvolvimento do Forum, que terá alcance internacional.
Todas as propostas devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico: concursoFTSL@crialivre.com.br com nome completo e telefone para contato.
Eu tenho mais ou menos 25 anos de profissão. Sou técnico em eletrônica, e trabalhei metade da minha carreira na área de telecomunicações e a outra metade na área de TI, e por vezes, trabalhei na linha divisória entre as duas áreas. Eu tive meus primeiros contatos com computadores por volta de 1984, rodando simuladores de vôo em computadores TK-82 (processadores Z80 com 4kbytes de memória), que vinham em fitas k7, ou em DGT1000, nos laboratórios do CEFET-MG, programando Z80 em Assembler. Pouco depois, eu era um dos raros profissionais de BH que tinha um curso do Intel 8086/8088, e isso me garantiu a oportunidade de ser um dos poucos, na época, com a competência técnica para reparar computadores PC-XT a nível de componente. Sim, eu consertava placas mãe e controladoras com um multímetro e um osciloscópio, além de vários disquetes de teste. Eu também fazia alinhamento de drivers de disquete, consertava impressoras e todo tipo de equipamento que quase ninguém conhecia, como terminais VT-100, cujo maior problema eram as portas seriais RS-232 que queimavam com frequência. Na época em que me formei, não existiam cursos de informática, cursos de graduação em “TI” e coisas assim. Nós aprendemos tudo na prática.
Comissão aprova prioridade para software livre na administração pública
A intenção do projeto é economizar no pagamento de licenças de programas de computador. Segundo Erundina, o governo gasta cerca de 2 bilhões de dólares por ano com essas licenças.
Arquivo – J. Batista
Luiza Erundina: um dos objetivos é diminuir o gasto público com programas de computador.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática aprovou hoje proposta que garante preferência para softwares livres na contratação de bens e serviços de informática pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. A medida consta de substitutivo da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ao Projeto de Lei 2269/99, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), e outros seis apensados.
Pelo texto, software livre é aquele que garante a qualquer usuário, sem custos adicionais: a execução do programa para qualquer fim; a redistribuição de cópias; o estudo de seu funcionamento, permitindo a sua adaptação às necessidades do usuário, seu melhoramento e a publicação dessas melhorias; e o acesso ao código fonte.
Para a relatora, a adoção de software livre possui três objetivos: aumentar a competitividade da indústria nacional de software, oferecer condições de capacitação para trabalhadores do setor e diminuir o gasto público com o licenciamento de programas de computador. “Estima-se que o Estado, em todos os seus níveis, gaste cerca de 2 bilhões de dólares por ano com pagamento de aluguel de licenças de programas-proprietários”, afirma Erundina.
Licitações
O substitutivo altera a Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Segundo a lei, para a contratação de bens e serviços de informática, a administração deve adotar obrigatoriamente a licitação do tipo “técnica e preço”. A proposta estabelece que, adicionalmente, a administração deverá observar a preferência a programas de computador livres e com formatos abertos de arquivos.
Conforme o texto, formato aberto de arquivo é aquele que: possibilita a comunicação entre aplicativos e plataformas; pode ser adotado sem quaisquer restrições ou pagamento de direitos; pode ser implementado de forma plena e independente por distintos fornecedores de programas de computador, em múltiplas plataformas, sem qualquer remuneração relativa à propriedade intelectual.
A contratação de programas-proprietários só ocorrerá no caso de “justificada inadequação” do software livre. Neste caso, a avaliação das propostas deverá considerar os custos totais, incluindo instalação, licenciamento, instalação e suporte.
Programa do governo
Desde 2003, o governo já promove ações para estimular o uso do software livre pela administração pública. Assim, deixou de gastar R$ 370 milhões com a compra de softwares. Levantamento realizado pelo Comitê de Implementação do Software Livre no Governo Federal em cerca de 130 órgãos da administração pública mostrou que, até maio, 56% deles já utilizavam software livre em seus servidores e 48% implementavam software livre em sistemas de informação. Os dados estão disponíveis no Portal do Software Público Brasileiro (www.softwarelivre.gov.br), mantido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão desde 2007.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será apreciada ainda pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Esse post não é meu. É de um blogueiro indiano chamado Narendra Sisodiya http://blog.narendrasisodiya.com/. O post abaixo retrata as dificuldades de várias entidades e de muitos usuários comuns quando tentam migrar para o GNU/Linux e o FOSS, e mostra algumas das iniciativas indianas para promover a sua adoção.
Deixem-me falar sobre a maior dificuldade na adoção do Software Livre.
Esse obstáculo são os “Drivers Proprietários de Hardware“.
Na Índia recenttemente aprovamos uma “Política de Padrões Abertos”. É uma grande vitória para as comunidades de Software Livre e nossos líderes.
Da mesma forma, precisamos de uma política de venda de Hardware. Essa política deve especificar que “Qualquer hardware que o governo compre deve ter uma especificação de drivers aberta.”
Por que isso é importante ?
Deixem-me explicar através de um exemplo.
Uma escola da minha cidade comprou um hardware a um ano atrás. Na época da compra, eles não conheciam o Linux. Agora, mesmo que queiram migrar para o Linux, ele precisam contratar uma consultoria para isso. Isso porque muitos dos dispositivos de hardware têm uma certa dificuldade de funcionar com o GNU?Linux, isso porque o GNU/Linux não possui os drivers proprietários desses dispositivos. Por exemplo, algumas webcams não funcionam no GNU/Linux, ou a maioria dos lousas interativas, que são uma tendência nas escolas, etc.
Estimados defensores do Software Livre, vocês precisam se lembrar que vocês podem visitar uma escola, ou universidade, e tentar instalar o GNU/Linux, MAS, vocês não podem alterar o hardware de um sistema. Temos de ter uma política clara que especifique que diga: “todo dispositivo deve ter uma especificação ou drivers disponíveis para todos os sistemas operacionais do mercado”.
Precisamos seriamente criar uma lista negra de drivers proprietários e de hardware e impedir sua comercialização.
Hardware proprietário é um monopólio tão perigoso quanto, ou mais do que o software proprietário.Aqui está uma lista das coisas perigosas e antiéticas:
Patentes de software (O maior perigo)
Drivers e Hardware proprietário
Padrões proprietários
Software proprietário (o menor perigo dessa lista)
O motivo de pelo qual dei uma classificação de perigo menor para o software proprietário é porque é fácil obter uma equivalente (por exemplo, um software livre). Por exemplo, o Firefox e o Chrome podem substituir o IE, porque ambos funcionam com o HTML.
Mas é complicado conseguir uma adaptação equivalente de um padrão proprietário largamente adotado. Por exemplo, doc x odt.
De maneira parecida, será difícil difundir o GNU/Linux por toda a Índia por causa do perfil de hardware e dos hardwares e dos seus drivers proprietários.
Por – Narendra Sisodiya
Isso me faz lembrar nossas dificuldades discutidas infinitamente nos fórums e listas de discução do SL em nosso país. Nossa dificuldade não é só nossa. Nossa dificuldade não é “proprietária”.
Publicado em 07-03-2012 14:30
Por causa dessa epidemia de amostras de malware emergindo, e perturbando a tranquilidade dos usuários de sistemas operacionais e principalmente de dispositivos móveis, foi realizado um teste de segurança, para saber qual o nível de eficácia das soluções anti-vírus disponíveis no mercado. Com apenas sete produtos alcançando uma taxa de detecção de 95% ou um pouco mais, e 24 produtos apresentando taxas de detecção inferiores a 65%, os testes realizados pela AV-Test mostraram que o software antivírus para o Android ainda precisa percorrer um longo caminho, para atingir a confiabilidade que existe em software anti-vírus para ambientes desktop.
De forma paralela, a explosão dos aplicativos anti-vírus está equiparada com a quantidade de malware parasmartphones Android. Esse cenário de ameaças e pragas virtuais, inclui trojans bancários online (cada vez mais perigosos), discadores de tarifa majorada e spyware. Nesse contexto, a AV-Test avaliou as taxas de detecção de 41 aplicativos anti-vírus para smartphones Android, utilizando um total de 618 amostras demalware.
Compondo este programa de testes com software anti-vírus, estavam as empresas Avast, Dr. Web, F-Secure, Ikarus e Kaspersky. Assim, foi detectado mais de 95% das amostras de malware, com os especialistas Lookout e Zoner ficando abaixo desse percentual. Outros dez produtos, detectaram pouco mais de 65% da amostra. Mas fornecedores como BullGuard, Commodo, G Data e McAfee, (renomados no mercado de desktops), estiveram entre os produtos que detectaram menos de dois terços das amostras de malware que foramtestadas. Os testers foram incapazes de identificar qualquer funcionalidade de detecção em um total de seis produtos, incluindo Android Anti-Virus e Android Defender.
Cada software anti-vírus testado, tem a habilidade de detectar a presença de malware principalmente através do uso de assinaturas. Os usuários não devem esperar algoritmos de detecção mais sofisticados, a partir de análise heurística e detecção de comportamento. Isso causaria uma limitação, na proteção contra os tipos demalware já conhecidos.
Saiba Mais:
[1] AV-TEST http://www.av-test.org/en/tests/android/